SOS destruição
Para quem até já
garimpou na Bahia nos tempos de Exército, e se orgulha de ter “sangue de
garimpeiro”, o Presidente nunca escondeu de que lado ele está, independente das
fortes críticas internacionais. Porém, o que o Observatório do Clima constatou
é estarrecedor: desmatar dá votos.
O capitão venceu no
primeiro turno em oito das dez cidades mais desmatadas no ano passado. Sua
quarta maior votação aconteceu em Novo Progresso (PA): 79,6% dos votos. Em 2018
já tinham sido 72,7% de votos na mesma cidade.
Foi lá que
aconteceu o “dia do fogo”, em que empresários, fazendeiros e madeireiros
incendiaram uma grande área simultaneamente, em agosto de 2019.
Outras cidades que
seguiram a mesma tendência, todas alvos de muita destruição, foram Altamira
(PA), que passou de 54,3% em 2018 para 57,7% no primeiro turno; São Félix do
Xingu (PA), de 52,7% para 63,1%; Itaibuna (PA), de 47,5% para 57,8%; Apuí (AM),
de 46,4% para 58,9%; e Colniza (MT), de 62,1% para 71,1%.
Lula só venceu em Lábrea (AM), com 63,8%, menos que
Haddad, com 69,7% em 2018 e em Portel (PA), com 63,7%, onde Haddad também
liderou em 2018, com 58,2%.
O Observatório chegou a esses resultados através do
cruzamento de dados entre o TSE, o sistema Prodes – que responde pelo
desmatamento anual da Amazônia - e Inpe.
Igual absurdo já havia aparecido em 2018, quando o
capitão liderou nas cidades que mais desmataram a Amazônia de 2000 a 2017, o
que faz todo o sentido para Marcio Astrini, secretário-executivo do
Observatório do Clima:
"Quem comete crime ambiental nesse país jamais
foi tão beneficiado como agora. Qualquer um que fosse um grileiro de terras ou
madeireiro ilegal hoje em dia certamente votaria nele", disse à Folha.
Em setembro, aconteceu o que Astrini batizou de
“efeito fim de feira”, a intensificação da motosserra diante do risco do
mandatário perder as eleições. O desmatamento no período foi de 1.455 km², que
corresponde a uma cidade de São Paulo. Até então, o recorde fora de 1.454 km².
Mesmo que não ocorra a reeleição, o temor de
Astrini é o que pode ocorrer no Congresso até o início do próximo mandato:
“Dá para esperar que vão correr para colocar para
votar projetos parados no Senado, como o PL da grilagem, do licenciamento
ambiental, do agrotóxico, e os da Câmara, do marco temporal e da mineração em terras
indígenas".
Para completar, recente decreto do capitão exclui os comitês que planejam ações de demarcações de terras indígenas, o
que pode ser um golpe de morte à já moribunda Funai.
Dimas Tadeo Carvalho
ResponderExcluirVade retro,coisa ruim.
Maite karvalho
ResponderExcluirAcho que o orgulho maior é ver as florestas pegando 🔥 ♨️ 🎇 🚒 🔥 ♨️ 🎇 🚒 🔥 ♨️ 🎇
ResponderExcluirDimas Tadeo Carvalho
O Brasil tem que voltar aos SERES HUMANOS.
Eron Ferreira
ResponderExcluirbolsonaristas são cristãos obscurantistas.
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ResponderExcluir16.122 acessos, 181 likes, 14 compartilhamentos
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