A vez da chantagem
Chantagem.
Essa é a palavra chave para definir o momento que vivemos. Às vésperas
da decisão final do STF sobre o orçamento secreto – decisão da qual depende desde a
aprovação da PEC da Transição ao número de ministérios – sai do foco o óbvio: o orçamento cabe ao Executivo.
O orçamento
secreto é uma anomalia decorrente de um presidente fraco, que se viu obrigado
a repassar seu poder ao Congresso – ou a Arthur Lira – para não
ser impichado.
Aquela fórmula
convencional de recursos repassados aos ministérios foi para o espaço. Como se
jamais tivesse existido. A ponto da nova versão criada pela Câmara a
toque de caixa – quando se viu deputados trabalharem numa sexta-feira? – só mexe na distribuição e promete mais transparência.
Quando na
verdade é função que não lhe cabe.
(Assim como
prometeu em novembro de 2021 à ministra Rosa Weber, mudança personificada pelo ‘usuário
externo’ que mantinha a mesma fórmula obscura.)
Quando a distribuição dos R$ 19 bilhões destinados ao orçamento
secreto em 2023 não deveria caber aos parlamentares, e sim, ao Executivo. Há
uma inconstitucionalidade na base da proposta do Congresso, como definiu Weber
antes mesmo de conhecer a nova versão.
Ou seja,
são estratégias para manter o status de Arthur Lira como um Primeiro Ministro,
embora o Brasil não seja regido pelo regime Parlamentarista.
Com isso, o
Congresso adiou para terça-feira a votação da PEC da Transição, enquanto Lula
tem de adiar a nomeação de sua equipe. Como se sabe, tanto Lira
quanto o Centrão são insaciáveis por cargos. E chantageiam.
Sobretudo
diante da perspectiva de aprovação da mudança na Lei das Estatais, para permitir
que Mercadante assuma a presidência do BNDES. A mudança da quarentena de três
anos para 30 dias abre as porteiras de tal forma que já há mais de 200 políticos
de olho em cargos dos altos escalões.
Nascida em 2016, a lei foi criada para evitar o loteamento político que culminou, por exemplo, com o Petrolão.
E a
perspectiva de 39 ministérios na nova gestão também é fruto de chantagem, para
acomodar não só nomes da frente ampla que elegeu Lula, como políticos insaciáveis, mais
interessados no próprio umbigo do que no país.
Meri Laite
ResponderExcluirEsta foto é quase obscena.
Sim, a cara do momento que vivemos
ExcluirO legado de destruição é amplo. Pensando a respeito, preocupa-me uma coisa um tanto ou quanto prosaica, mas não menos fundamental: a faxina geral do Palácio da Alvorada. Há que ser minuciosa. Inimaginável, no pior sentido, até onde poderão chegar as forças da ultra direita.
ResponderExcluirTem toda a razão
Excluir
ResponderExcluirSimone Terra
Infelizmente, enquanto esse país não passar por uma reforma política, nada será diferente. É reforma política só poderá fazer um candidato que a deseje com ampla maioria na Câmara. O Haddad quando não foi eleito tinha ela nos planos de governo. Aí elegemos o congresso mais corrupto da história do Brasil e esse presidente ignorante. Brasil desceu mais ainda a ladeira.
Airton Genaro
ResponderExcluirPois é, um país que vive na "politicagem" , chantagem, ações secretas, divisão de cargos públicos , condicionando sempre a aprovação de medidas prioritárias para o bem geral a "trocas e benesses" pessoais não vai evoluir nunca como nação... é aquela frase..." se for para o bem geral e felicidade da nação ...( não vamos fazer nada que não seja para o nosso benefício" )...
É a política Básica no Brasil eqto o povo continuar a eleger esses tipos no centrão!!
ResponderExcluirDenise Grecco Valente
ResponderExcluirEsse Lira é podre.
Daniel S. Lecuona
ResponderExcluirFala sério! Qual a novidade?
Fala sério, novidade só amanhã! É apenas uma análise dos fatos
ResponderExcluir3.322 acessos, 75 likes e 8 compartilhamentos no Linkedin
ResponderExcluirAna Inez Rodrigues
ResponderExcluirTomou bandido, agora você sabe que não é tão poderoso como pensa que é
Christina Castello
ResponderExcluirQue horror! Esse pesadelo não acaba