Povos isolados querem mais voz
Entre as medidas de Lula - a ser diplomado hoje no TSE - para reconstruir o país destruído está a reestruturação da política indigenista, sobretudo voltada aos 114
grupos isolados (foto) registrados no país – até agora sem especialistas nos grupos de
transição.
Esse é um dos principais recados do relatório “Proposta de Reestruturação e Consolidação da Política
Indigenista para Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato”, de 107 páginas, recém divulgado pelo Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas.
O texto demonstra como o atual governo desdenhou da questão indígena e pôs em risco
a sobrevivência de diferentes grupos indígenas isolados.
“Eu convido o presidente Lula a visitar o Vale do Javari, uma vez que, com tudo o que aconteceu, nenhuma autoridade, além das forças policiais, esteve lá”, disse ao Globo Beto Marubo, líder indígena do Javari e amigo do indigenista Bruno Pereira, assassinado com o jornalista Dom Phillips.
Eliésio Marubo, advogado da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, descreve o que restou desse povo, que mantém a mesma insegurança, quase seis meses após os crimes.
“Somos 26 Povos Originários – 19 isolados, e dois de recente contato –
vivendo na Terra Indígena Vale do Javari, a segunda em extensão do Brasil, com
8,5 milhões de hectares.”
O relatório cita as vulnerabilidades epidemiológica, demográfica,
territorial, política, sociocultural e jurídica, que ajudam a turbinar os riscos dos indígenas isolados.
E sugere que seja seguido o ordenamento jurídico sobre a
consulta e o consentimento, com ações de segurança sanitária, participação indígena na Funai e inclusão de representantes dos povos isolados no Ministério dos
Povos Originários.
O Brasil reúne o maior número conhecido de povos indígenas
isolados do mundo, com 28 confirmados (todos na região amazônica) no universo
de 114 registros.
A ausência de memória imunológica para resistir até às mais
simples gripes aumenta os riscos dessa população ser dizimada se os
vírus chegarem a suas aldeias.
O relatório se queixa ainda da forma como a Funai tentou “desmontar
e desmobilizar” as áreas de Restrição de Uso, enquanto passavam as boiadas bolsonarianas.
A meta do bozonazi era exterminar os povos indígenas, que não tinham utilidade nenhuma e ainda atrapalhavam o garimpo o desmatamento.
ResponderExcluirArnaldo Moreira
ResponderExcluirVão ser tratados com respeito no governo Lula
Certamente!
ExcluirFátima Figueira
ResponderExcluirUrgente temos que salvar nossos Irmãos Índios.
Cláudio Aguiar
ResponderExcluirUma dívida humanitária aos povos originários do Brasil
Luis Carlos Martins Bahiense
ResponderExcluirCompartilho!