Os 13 passos do golpe

 

Após quatro anos de ameaças golpistas por Bolsonaro, iniciativas bizarras coroaram o fim de seu mandado.

Não por acaso, durante a invasão ao Congresso, golpistas entoaram máximas do chefe: “Deus, pátria, família, liberdade” (gritantes incoerências) e “Nossa bandeira jamais será vermelha” (a coalisão que elegeu Lula não é vermelha). 

Abaixo, os doze passos da extrema-direita para tentar virar o jogo. Nenhuma delas exitosa.

1 – As sucessivas campanhas de Bolsonaro para desacreditar as urnas eletrônicas e o STF.

2- Decretos para armar a população (aliados).

3- "Vamos ter problema pior que os EUA", por Bolsonaro, no dia seguinte ao Capitólio.

4 - A PEC Kamikaze é aprovada pelo Congresso apesar de sua inconstitucionalidade (e os pobres só foram lembrados a dois meses da eleições, apesar dos 33 milhões de famélicos).

5 – Na eleição, a PRF intensifica operações no Nordeste para atrapalhar a votação dos potenciais eleitores de Lula.

6 – Bolsonaristas queimam três carros e cinco ônibus em protesto no DF contra a eleição de Lula (13/12).

7 – A bomba de querosene só não explodiu em caminhão próximo ao aeroporto de Brasília porque foi encontrada antes (lembra a sinistra bomba do Riocentro) (23/12).

8 – Acampamentos incham em frente aos quartéis e tornam-se “incubadoras de terroristas”.  

9 – Bolsonaro foge para os EUA para não passar a faixa.

10 – O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, também foge para os EUA antes do início de suas férias e do 8 de janeiro.

11 – Multidões de golpistas invadem e depredam as sedes dos três poderes na capital (8/01)

12– A Aneel registra, desde 8 de janeiro, sete casos suspeitos de vandalismo em torres de transmissão.

13 – A PF encontra na casa de Anderson Torres a minuta escrita com a versão jurídica do golpe, via mandato de busca e apreensão do ministro Alexandre de Moraes (12/01).

Não por acaso, Lula admitiu ontem, em entrevista à Globonews sobre o 8 de janeiro: "Fiquei com a impressão de que era o início de um golpe". Motivos não faltaram.