Desmatamento & regeneração

 


Como se sabe, o governo Lula assumiu o compromisso do desmatamento zero. Os números, porém, continuam assustadores, bem distantes da promessa.

Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), os 325 km² de desmatamento na Floresta Amazônica em fevereiro foram os piores de sua série histórica, iniciada há 16 anos.

Só que ainda é resultado da herança maldita do capitão. E atende pelo nome de 'narcoecologia', cunhado pelo  geógrafo Aiala Colares Couto, professor da Universidade do Estado do Pará. Vem do liberou geral.  

Ou seja, da atuação das facções que controlam o tráfico de drogas na Amazônia, que influenciam no aumento de crimes ambientais na região, como desmatamento, grilagem e garimpo, segundo a BBC.

A devastação apontada pelo Imazon é semelhante à do sistema DETER, operado pelo Inpe, que aferiu a derrubada de 321,9 km² de floresta em fevereiro.

A comparação anual também assusta: a destruição passou de 96 km2 em fevereiro de 2022 para 157 km2 no mesmo mês de 2023, um aumento de 64%.

A ligação desses números com o crime fica ainda mais clara se comparada aos resultados já observados nas terras Yanomami, onde houve uma redução de 62% nas queimadas entre janeiro e fevereiro em relação a igual período de 2022.

Os números, recém divulgados pelo MapBiomas em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), são do Monitor do Fogo, que registra o volume de queimadas no país com imagens de satélite.

A redução deve-se à retomada da presença do Estado na região, após a negativa repercussão internacional da crise vivida por aqueles povos indígenas.

A boa notícia, da Revista Nature, é que as regiões em recuperação nas três maiores florestas tropicais do mundo (Amazônica, do Congo e de Bornéu) removem ao menos 107 milhões de toneladas de carbono da atmosfera.

Esse total acumulado é capaz de compensar 26% das emissões brutas de carbono provocadas pelo desmatamento global, ou 10,52 bilhões de toneladas, e pela degradação gerada por ação humana: 2,91 bilhões de toneladas.

A informação é da Folha e aponta a liderança desse novo estudo ao Inpe e à Universidade de Bristol, no Reino Unido.

Comentários

  1. Airton Genaro
    Pois é, esperar responsabilidade e conscientização desse tipo de gente é como dizem "pregar no deserto" pois tem muito dinheiro envolvido ganho sem fiscalização e controle... sem responsabilizar os mandantes desse crime ambiental vai continuar o caminho para o caos ambiental para o país...

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  2. Arregaçar as mangas, na preservação ambiental, na educação, na culrura, na saúde....

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  3. Theodora Rufino:
    N basta parar de desmatar , replantar !! Disso NINGUÉM fala é só ver o q Sebastião Salgado e a mulher fizeram na fazenda da família e o tempo q levou. Colocar os "soldadinhos" para trabalhar reflorestar noite e dia ! Vai levar MUITOS anos e já passou da hora de começar

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  4. Lialda Cavalcanti
    Concordo plenamente......UMA MISERA TOTAL...E o povo Nordestino Não sabe votar( Sei a escrita certa)😔

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  5. Eduardo Monte
    Parabéns !!! Desenvolveu um bom artigo !
    As armadilhas deixadas pelos bosonaristas estão sendo desmontadas !

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  6. Izabel Silveira
    O negócio é persistir na regeneração e bons propósitos! 💪🫶

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  7. Rodrigo Cunha
    Lula tem a difícil missão de remontar o sistema de proteção ao meio ambiente, totalmente desabilitado pelo governo anterior!

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  8. Meri Laite
    Quando acabara esta tragédia? As FAs, que tanto dizem proteger a Amazônia, onde estão???

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