O golpe retardado

 


Na minha modesta compreensão, compartilho o pensamento de Lula: “Sobre aquela tentativa de golpe, eu acho que o Bolsonaro queria fazer aquilo no dia 1º de janeiro”.

Ou seja, na mesma data da posse.

A opinião foi expressada em entrevista ao site 247: “Acontece que tinha muita gente, e eles, então, resolverem recuar e fizeram aquilo no dia 8”, especulou.

Faz todo o sentido.

Até por que sabe-se que todo o esquema montado de segurança funcionou como um relógio na posse, ao contrário do que aconteceu uma semana depois. 

Sobre a eventual prisão do capitão, ele lembrou que a decisão não cabe ao presidente:

“Tem muitos processos contra ele, eu quero que ele tenha presunção de inocência, o que eu não tive. E, se ele for julgado culpado, que ele pague o preço da sua culpabilidade. Não cabe ao presidente da República dizer: ‘Tem que prender fulano’ ou não. Fulano e Beltrano têm que ser julgados”.

Sobre o atual estágio de seu relacionamento com as Forças Armadas Lula fez uma brincadeira, ao dizer que não vai ficar “de biquinho” com elas.

“Eu, pela Constituição brasileira, sou o chefe supremo das Forças Armadas. Então, a Aeronáutica, a Marinha e o Exército obedecem a um comando do presidente da República. Eu faço questão de fazer aquilo que for necessário. Eu não vou ficar de biquinho com as Forças Armadas”, afirmou.

O presidente defendeu ainda que a investigação sobre militares que participaram da invasão e depredação dos Três Poderes se dê pela Justiça civil, e não pela militar.

 “Todas aquelas pessoas que participaram da movimentação de 8 de janeiro, daquele golpe, vão ser punidas. E quem participou do golpe será punido pela Justiça civil, e não pela Justiça militar.”

Para Lula, “o cidadão que inventou de quebrar coisa e ele é sargento, coronel, general, ele será punido pela Justiça”. Acrescentou que já dá para crer na despolitização militar:

“Eu tenho hoje a palavra das três Forças de que vai ter um esforço muito grande para despolitizar as Forças Armadas”.

Lula deixou claro que não é contra a participação de militares na política, desde que eles sejam reformados antes disso. “O que não pode é ficar utilizando as Forças Armadas para fazer política”, como cansou de acontecer no governo anterior, até com general subindo em palanque eleitoral.

 


Comentários

  1. Neusa Ribeiro
    Verdade mas graças a Deus tiramos esse fascista viva Lula sempre presidente ❤️

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  2. Tião Santos
    A democracia será sempre uma alvo a ser atingido pelos facistas.

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