O novo golpe de Moro

Lula não pode falar de teorias da conspiração porque é presidente. E não tem provas. Eu posso, porém. 

Uma leitora do blog me enviou um vídeo do Plantão Brasil, onde o jornalista Thiago dos Reis demonstra por A + B o mais novo golpe de Sérgio Moro.

O delegado que investigou a suposta ameaça sofrida pelo senador, Martin Bottaro Purper (foto), é o mesmo que Bolsonaro escalou para tentar provar que o atentado de Adélio Bispo foi tramado pelo PT. Quando as investigações mostraram que ele agiu sozinho.

Bottaro é amigo da juíza Gabriela Hardt, que é amiga do ex-juiz. É bolsomion e lavajatista. Hardt autorizou a divulgação das investigações logo após Lula ter falado ao site 247 que queria f...Moro (quando ele estava preso).

Foi uma ideia brilhante do trio: associar Lula ao PCC e, ao mesmo tempo, devolver Moro à ribalta, diante de sua apagada insignificância no Senado.

Bottaro prometia fazer um escândalo sobre Adélio Bispo na época das eleições, o que não conseguiu. Agora estaria operando essa nova maracutaia, para derrubar Lula.

A prova apresentada de que Moro era um dos alvos do PCC é uma anotação de WhatsApp de um dos bandidos, mandada para sua namorada, com quatro códigos para quatro palavras, para ele se lembrar depois.

Uma das palavras era Sérgio Moro, cujo código era Tóquio (Casa de Papel?). Depois, acharam anotações do PCC – algo bem ao estilo da Lava Jato -, com os dados do Moro. Só que num texto com letrinhas bonitinhas e uma estrelinha vermelha, com caprichado título em vermelho.

Quando bandidos do PCC escrevem com uma letrinha dessas?

As anotações diziam que a facção gastou R$ 3 milhões com esses planos e incluíam uma prestação de contas. Nela, num dos e-mails, um bandido disse ter doado dinheiro ao Intercept, o mesmo veículo que trouxe à tona a Vaza a Jato, iniciando a derrocada do ex-juiz.

E o advogado de dois criminosos do PCC que estão presos sustentou que Moro nunca foi alvo da facção, e ela também não ameaça autoridades como senadores.

O delegado é bolsomion e lavajatista e amigo da juíza, que é amiga do Sérgio Moro. Os três são amigos. Os três fizeram uma operação para ligar Lula e o Intercept ao PCC. Para pegar os inimigos do Moro no mesmo conluio.

Lula, portanto, estava certo quando acusou Moro. Só não poderia ter dado com a língua nos dentes sem provas, ainda por cima no cargo que ocupa. (Está em falta uma voz no governo que o alerte para fugir dessas armadilhas).

Espera-se que Flávio Dino tenha a competência para desvendar essa tramoia, antes que seja tarde!