Sem anistia aos culpados
O
jornalista Chico Otávio nos trouxe a recente e inédita condenação pelo TRF-2 do torturador da ditadura militar, Antonio Waneir de
Souza, o Camarão (foto abaixo).
Inês morreu dormindo em sua casa em Niterói, aos 72 anos, em abril de 2015 e não verá o resultado da ação. A defesa de Camarão pode até recorrer, porém, a ação penal não cessa.
Vinte pessoas foram a óbito no local, causado por torturas.
Agora, no rescaldo do último governo, 16 membros das Forças Armadas são investigados. Claro que se o capitão fosse reeleito isso jamais aconteceria.
Nove deles são alvos por sua atuação durante a pandemia. Os demais, por seus atos nas milícias digitais, ameaças ao STF e no caso das joias das Arábias.
O general Pazuello, por exemplo, é
acusado de crime com resultado em morte durante a pandemia. Quem não se lembra
do morticínio de Manaus, após o desleixo do Mistério da Saúde em fornecer o necessário oxigênio aos doentes?
Faz todo sentido. Afinal, militar é treinado para matar.
Outro que
está na mira é o tenente-coronel Mauro Cid. Ele não apenas tentou agilizar a
retirada das joias das Arábias pelo ex-mandatário, como divulgou fake news
junto ao chefe sobre a Covid-19. E ainda fez a cabeça do capetão para promover a
reunião de embaixadores que denegriu as urnas eletrônicas.
Quem também está enrolado é o ex-ministro Bento Albuquerque. Que não apenas fez o papel de
mula com as joias, como deu versões diferentes sobre o episódio.
Primeiro
disse se tratar de um presente para a ex-primeira-dama. Depois afirmou que aquilo
pertencia à União, embora não tivesse se comportado de acordo com essa versão,
que seria resolvida com o pagamento dos impostos cabíveis.
Vimos com
esses olhos que a terra há de comer os nefastos resultados de passar a mão na
cabeça de culpados pelos excessos dos anos de ferro. Seus arautos estão por ai –
a começar pelo deputado que defendeu o torturador Brilhante Ustra no impeachment
de Dilma. E saiu ileso.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes de atribuir os julgamentos ao STF, e não à Justiça Militar, foi um decisivo passo a frente. O que não impede que a covardia volte a nos fazer andar para trás.
Carlos Minc
ResponderExcluirConheci a Inês da foto da esquerda.
Quanto martírio e coragem.
💃💪🏽💥🌲🪘
E mesmo que ganhe a ação nao está mais entre nós para comemorar...
ExcluirRegina Coeli
ResponderExcluirAntes tarde….
Luiz Eduardo Caiado
ResponderExcluirTreinados pra matar e pra mentir também. O problema é que eles não têm o direito de escolher quem é seu inimigo. Isso é função dos civis. Quando essa regra é quebrada...
Jair Neves
ResponderExcluirEssa casta dos militares deve mesmo ser varrida da política. Inclusive retirando o nome de ditadores de vias e praças públicas como faze Flávio dino no Maranhão..
Fátima Figueira
ResponderExcluirSem Anistia, sem Anistia, sem Anistia
Ricardo Bánffy
ResponderExcluirEu fico chocado que existam pessoas que defendam o ex-presidente que defendia a tortura e que homenageou, na tribuna da Câmara, um torturador notório.
Tortura, estupro e violência contra pessoas subjugadas e indefesas são crimes hediondos. Quem os pratica, são monstros. Não podemos jamais esquecer que jair bolsonaro é tão monstro quanto os monstros que ele, descaradamente, apoia e endeusa.
ResponderExcluirAtualissimo seu comentario parabens!
ResponderExcluirNão podemos esquecer que há nova tentativa de golpe em curso
Aqui em Paris assisto uma revolta popular imaginando se algo semelhante acontecesse no Brasil.
LuciaMaria Maesano Barbosa de Souza
ResponderExcluirMILICOS CANALHAS
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ResponderExcluirMaria Cecilia Cassaro
ResponderExcluirA Justiça realmente chegou tarde - e espero que casos semelhantes venham à tona. Anistia plena, geral, irrestrita? Sou contra!