Economia sobe, política desce

 


Apesar de todo o liberalismo de Paulo Guedes, pela primeira vez, em quatro anos o S&P Global Ratings melhorou a perspectiva de nota para a economia brasileira. 

O país passou de “estável” para “positivo”. Não é pouco.

Os argumentos para a mudança foram o crescimento do PIB e a organização das políticas fiscais e monetárias.

Permanecemos no rating BB-, agora com provável elevação em breve para BB+, com a volta do ansiado grau de investimentos no horizonte.

Como sempre disse aqui, não estou para fazer posts chapa branca, contudo, embora os esforços da equipe econômica – Fernando Haddad, Gabriel Galípolo, Bernardo Appy e Simone Tebet no Planejamento – mereçam elogios, falta equilíbrio entre os três poderes da República.  

É o resultado da polarização – manipulada pelas redes sociais -, que deu margem tão apertada de vitória a Lula, com uma concentração de eleitos de extrema direita nunca vista. Agora colhemos os frutos.

Os primeiros meses de governo foram de luta para não sucumbir às violentas reações dos perdedores, cuja expressão maior se deu no 8 de janeiro.

A frente ampla que elegeu o presidente, ao mesmo tempo, contribuiu para diversificar os interesses. O que seria louvável se vivêssemos numa democracia convencional. 

Só que não é o caso.

Para começar, o presidente da Câmara é um chantagista de apetite insaciável. Que não se conforma em perder o orçamento secreto – a entrega do cofre aos parlamentares feita pelo capitão – e a cada momento faz novas e maiores exigências pela governabilidade.

A ponto de priorizar a votação do marco temporal, de interesse exclusivo do agro ogro e dos que o apoiam, em detrimento do novo formato do governo, que quase caiu.

Com o aumento do PIB, a inflação controlada e dólar a R$ 4,80, o ministro Fernando Haddad aproveitou para lembrar que falta a ação do Banco Central nesses esforços, com a manutenção da taxa de juros estratosférica. Quando já ocorreu mudança expressiva dos indicadores.

Os inimigos acusam o governo de não ter projeto e de apenas requentar antigas propostas. Só que a prioridade é reverter o país em destroços, dominado pela fome, pelo uso do dinheiro público para a reeleição, com 21 árvores destruídas por segundo em 2022 como mostrou o MapBiomas.

E não dá para deixar de comparar a reunião ministerial de nove horas de ontem com a aberração daquele encontro do 22 de abril de 2020. Aquela das boiadas. Empenho, comunicação e resultados. É o que Lula espera de sua equipe. 


 


Comentários


  1. José Jorge Rezende Pereira
    Análise muito equilibrada. Vale a leitura para as reflexões individuais……

    ResponderExcluir
  2. Ana Maria Novaes
    Certamente que verdades vão aparecer e todos percebem o jogo de 🎬 cena de Brasília. Mas, a equipe econômica financeira integrada do Haddad estão certos e a polarização só atrasa.

    ResponderExcluir
  3. Elton SantosStatus
    E com "poucos" meses de governo...!!!

    ResponderExcluir
  4. Ruth Rosa
    Qdo saiu o resultado do primeiro turno, meu sentimento foi de tristeza.
    A esperança na vitória de Lula não apagava minha angústia sobre o que estava nos esperando com o congresso eleito.
    Vivemos uma democracia que mais parece um parlamentarismo do toma lá dá cá.
    Se não bastasse, ainda elegem sempre como presidente da câmara o mais pilantra entre eles.
    Mesmo com todos esses desafios, Lula já entregou, em poucos meses, mais para o Brasil e para os Brasileiros do que Bolsonaro em 4 anos.

    ResponderExcluir
  5. Evandro Lava
    O amor está no ar😂😂😂😂😂😂😂

    ResponderExcluir
  6. Goreti Ribeiro Figueiras Figueiras
    Mais eu creio que Lula nao vai se comrromper e vai dizer Nao traidor Lira um lixo
    Confio que Deus esta dando sabedoria para nossos governantes e eles venceram esse cancer
    Cancer que foi plantado pela Direita
    Mas ele vai morrer

    ResponderExcluir
  7. 23.718 acessos e 313 likes pelo Linkedin

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Starlink dança e Musk surta

Tudo muito inverossímil

Pela Internacional Democrática