Pior presidente do Brasil

 Que a famiglia passou quatro anos abusando de fake news não é novidade para ninguém. Só que após o estrondoso escândalo de contrabando de joias da União, não há como tentar ofuscar o tamanho da desmoralização do mi(n)to.

Ainda assim Eduardo, o 03, tentou. Só que que caiu no ridículo, ao lançar há duas semanas o calendário para o ano de 2024 – tentativas de resgatar votos para o PL para as prefeituras brasileiras no próximo pleito municipal –, cujo tema é a “trajetória vitoriosa” do papai.

Mais uma tentativa de ofuscar os fatos, justo no momento em que a PF (a qual o inominável tentou cooptar durante sua (indi)gestão) investiga esse suposto esquema de desvio de joias, que envolveu do general quatro estrelas muambeiro ao ex-faz tudo despachante de vigarista.

E antes das novas denúncias de Mauro Cid e do hacker de Araraquara, Walter Delgatti.

O vídeo do tal calendário foi publicado no perfil de Eduardo em seu Instagram, com todas as etapas do que o pretencioso filho considera uma trajetória vitoriosa do pai, a quem chamou de “melhor presidente da história de nosso país”.

Vai do Exército - de onde foi saído após tentativa de explodir o Guandu por melhores salários -, aos 27 anos de Legislativo, onde teve apenas dois projetos aprovados, pela falta de qualidade de suas mais de 170 tentativas frustradas. 

Seriam vitórias? 

Será que essa classificação inclui os roubos, tentativas golpistas, negacionismo que turbinou a morte de 700 mil brasileiros na pandemia, multiplicação de acesso às armas que foram parar nas mãos do crime e destruição ambiental? Será que foram esses os atributos considerados pelo herdeiro?

Chega ao cúmulo de dizer que o desempenho nesses quatro anos é reconhecido até “pelo pessoal da esquerda”. 

Quem, cara pálida?     

Como se não bastasse o total despropósito da publicação virtual, o capitão aparece na capa em “foto histórica”, com a adiposidade adquirida não só pelo desapreço ao trabalho como pelo excesso de mordomias gastronômicas (o leite condensado foi abandonado após a publicidade inicial) e a cicatriz da facada, cuja veracidade ainda é questionada. E cujo autor, Adélio, anda desaparecido.

Os efeitos dessa facada são conhecidos de todos, como o próprio ex-presidente deu a letra durante sua recuperação hospitalar: “A campanha já está ganha. Agora, é só esperar”.

Talvez inflado pelo sucesso inicial do candidato bolsonarista na Argentina, Javier Milei, sobre o qual exerceu influência como relatei em post recente, Eduardo resolveu apelar. Só mesmo o gado para acreditar nessa mais nova campanha de fake news...