A subversão das Forças Armadas

 

Este ano foram destinados R$ 122,85 bilhões à Defesa. Ainda assim, fora os militares envolvidos no 8 de janeiro, ainda resta uma metralhadora capaz de derrubar aviões desaparecida do Arsenal de Guerra de Barueri (SP).

Recentemente foi roubado um fuzil na Academia de Agulhas Negras, e a mais nova notícia fora dos trilhos vem do UOL, que descobriu que a Aeronáutica não compartilha com a PF e o MP as informações sobre voos ilegais na Amazônia.

Para que tanto dinheiro a um setor que deveria cuidar de nossa segurança que tem subvertido a sua função precípua?

Embora a FAB catalogue os voos ilegais que atravessam a região Amazônica, as informações não são repassadas aos órgãos responsáveis por investigar o crime organizado. Apesar de insistentes pedidos tanto da PF quanto do MP de compartilhamento dessas informações. 

São dados que poderiam ser preciosos para apoiar, por exemplo, as investigações em território Yanomami sobre os garimpos ilegais, situação ainda fora de controle. 

Esses voos atendem aos interesses dos que praticam crimes ambientais, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Qual poderia ser o objetivo da Aeronáutica em ocultar dados que poderiam trazer grande auxílio às investigações?

De que lado eles estão? 

Pois a FAB tem a cara de pau de alegar que os voos ilegais são catalogados e monitorados exclusivamente para uso interno, para apoiar atividades de inteligência e ações de policiamento do espaço aéreo. E o que fazem com isso?

A Aeronáutica confirmou à CGU que existe um banco de dados e que falta compartilhamento, inclusive após os pedidos de informação do UOL sobre o controle do espaço aéreo.

A FAB manteve o veto aos dados, alegando risco à "segurança nacional", com base em um decreto da ditadura militar para manter o sigilo. Segurança de quem?

Francamente! Parece até brincadeira de soldadinho, ao negar a quem de direito informações cruciais, essas sim, à segurança nacional. Ou será que eles estão por trás do garimpo ilegal e do tráfico de drogas?

O que o ministro José Múcio acha desse absurdo?