Inelegível passa vexame na Argentina

 

Mesmo convidado por Javier Milei, que assumia a presidência da Argentina, o inelegível colecionou micos em sua viagem aos hermanos, no país vizinho.

Apesar de ovacionado ao chegar em Buenos Aires, o capitão terminou por passar vergonha dentro e fora da Casa Rosada.

Tudo começou quando tentou entrar de penetra na foto oficial do presidente argentino, junto aos demais chefes de estado presentes à cerimônia.

Ele acabou barrado depois que os presidentes Luis Lacalle Pou (Uruguai), Santiago Peña (Paraguai), Gabriel Boric (Chile) e Daniel Noboa (Equador) denunciaram ao cerimonial a presença de um intruso na foto. 

Na realidade, a primeira vergonha começou quando o mi(n)to teve de pedir autorização à Justiça para sair do Brasil e acompanhar a posse do ultradireitista. 

Após o primeiro vexame, ele e sua comitiva foram escorraçados de um restaurante em Buenos Aires sob os gritos “Lula!” e “Fora Bolsonaro!”, logo após a posse.

Segundo o site Agenda do Poder, as imagens viralizaram nas redes. Na X, ex-Twitter, o assunto "Bolsonaro vergonha mundial" foi o mais comentado na última madrugada.

Como se não bastasse, a Câmara desembolsou ao menos R$ 12.989,92 dos cofres públicos pelo trem da alegria com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), alguns dos integrantes da comitiva (na foto acima são ao todo 37).

Como se sabe, só em 2021 o ex-presidente também passou por duas situações constrangedoras. Em setembro de 2021, sua comitiva não pôde nem entrar na sede da ONU, em Nova York, na abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU.

Ele e seus ministros comeram pizza na calçada, porque não tinham se vacinado contra a Covid-19. Um mês depois, durante o jantar oficial do G-20, em Roma, os únicos interlocutores que lhe deram atenção foram os garçons.

Era como se ele sequer tivesse comparecido.

Dessa vez, na Argentina, foi pior ainda. Porque ele estava escorado pela numerosa comitiva, da qual participaram os governadores aliados de São Paulo e Rio de Janeiro, alguns ex-ministros, como Marcelo Queiroga, da Saúde e o deputado caminhoneiro Zé Trovão, alvo de processo.

E respondia a um convite pessoal, não aceito, por exemplo, por Lula, depois que Milei o chamou de ladrão e corrupto. O que Lula jamais poderia imaginar era que o vaiado seria o ex-mandatário, mesmo com a cara de pau que o caracteriza.