O que o jornalista Fernando Gabeira chamou de fracasso por
falta de continuidade – aos que caluniam a retirada dos garimpeiros da área Yanomami como jogo de cena – seria resultado de uma ação deliberada das Forças
Armadas, para a Agência Pública.
O Ministério dos Povos Indígenas e a Funai não têm aeronaves,
barcos, armas e pessoal em número suficiente para cumprir o decreto de Lula
de 30 de janeiro de 2023. Quem poderia fazê-lo seriam as Forças Armadas, a PF
e a Força Nacional. Que, deliberadamente, desobedecem, ou sabotam, as ordens
presidenciais.
Hoje, vários pontos da terra Yanomami continuam à mercê dos
garimpeiros e de invasores armados, o que impede o atendimento à saúde
nesses locais. E impõem aos povos indígenas assustadora desnutrição dos seus.
Embora os números do governo do inelegível sejam imprecisos e subnotificados,
foi contabilizada a morte de 692 crianças de até 9 anos entre 2019 e 2022. Enquanto
a malária também grassa pelo território. Em 2023, morreram 29 Yanomamis.
Conforme resumiu a liderança Junior Hekurari à Globonews sobre o ano
de 2023, “o Exército não deu a mão aos
Yanomami”. E não foi só ele.
A aeronáutica também não conseguiu eliminar os voos clandestinos. Como este
bloqueio nunca foi eficaz, a PF, por sua vez, não tinha como retirar
os garimpeiros de lá.
Ou seja, os militares foram incapazes de instituir a paz dentro do
território. É uma vergonha à nona maior economia do mundo dispor de Forças
Armadas que sequer conseguem controlar de dois a três mil garimpeiros.
Eles recusaram-se a corrigir
46 pistas de pouso dentro da terra indígena, sob o argumento de não ser um assunto da alçada militar. São pistas que ajudariam na logística da
distribuição de alimentos e no transporte das equipes médicas para evitar que a tragédia continuasse.
À demanda de distribuir 5,3 mil cestas básicas pelos rios no
território, eles passaram a cobrar da Funai R$ 1,6 mil pela tarefa, adiada durante três meses.
Segundo o advogado indígena Terena Luiz Eloy, cerca de 40 mil cestas
básicas estavam paradas até novembro para serem distribuídas. Havia comida, só que não chegava.
Detalhe: o orçamento aprovado da União para a Defesa em 2-23 foi de R$
124,4 bilhões.
Conforme a Pública, não há descrição melhor para definir o que
aconteceu durante 2023 como uma sabotagem de militares contra a
autoridade presidencial de Lula.
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Tião Santos
ResponderExcluirBom dia querida, que vergonha 🙏🏾🌺🇧🇷
Cristina Reis
ResponderExcluirO que vejo também é que a mídia golpista diariamente sabota o governo Lula. Não há um dia que a Empresa Globo, até porque não assisto nenhum canal aberto a não ser a TV Brasil, que não fale mal de todas as políticas públicas. Essas Empresas de Comunicações só existem através de concessão, e é um absurdo que não exista um dispositivo jurídico que possa inibir a prática antidemocrática e com a falta de imparcialidade. Tanto a mídia tradicionalista, as Forças Armadas, as seitas evangélicas e os diversos setores empresariais são contra o progresso do Brasil, principalmente, quando os seus interesses econômicos são contrariados. E pior, a camada mais baixa da pirâmide social está entrando nessa.
Luiz Antonio Câmara
ExcluirCristina: com o devido respeito, esse discurso de golpismo da "grande imprensa" é o da extrema direita psicótica que esteve no poder de 2019 a 2022. É evidente que, de 2023 para cá, na administração do país, água virou vinho. Mas o governo Lula (a milhares de anos luz de distância do governo do Perverso) não é isento a críticas, ainda que da rede majoritária de TV.
Carlos Alberto Baião
ResponderExcluirEnquanto o governo não substituir o Ministro da Defesa e alguns comandantes das FFAA essa sabotagem continuará. Simples assim.
Jorge Lúcio de Carvalho Pinto
ResponderExcluirSabotagem contra os povos originários e contra o povo brasileiro
Luiz Antonio Câmara
ResponderExcluirCelina; não há dúvidas de que, como novo governo, a política genocida em relação ao Poro Yanomami foi afastada. Mas, com o devido respeito, a negligência governamental e continuidade do drama do povo Yanomami devem, sim, ser debitadas ao Presidente Lula e ao seu ministério. Ele é o comandante máximo das Forças Armadas, da PF e da Força Nacional.
Sim, em última análise vc tem razão, embora estas causas não devam passar desapercebidas. Creio que vai tudo na conta do Múcio, com sua preocupação, também orientado por Lula, de agradar aos militares
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