Exército se prepara para receber presos
Como se
sabe, o inelegível entrou mudo e saiu calado de seu depoimento ontem à PF sobre
as tramas golpistas. Como se isso pudesse reverter a situação de quem está mais
enrolado do que linha em carretel. E ele sabe muito bem disso.
O desfecho
da Operação Tempus Veritas não deve ocorrer antes de novembro e a PF
estima que o capitão preste novo depoimento em meados de julho. Isso se não
ocorrer alguma provocação durante o ato convocado pelo ex-presidente para se defender (do óbvio), neste próximo domingo.
Se algo
parecido ocorrer, ele vai preso.
Entretanto,
após os depoimentos de ontem, inclusive de militares de alta patente também
investigados nos planos de golpe, o comando do general Tomás Paiva começou a se
preparar para receber eventuais presos por ordem do STF.
Segundo a
coluna Radar, da Veja, uma fonte do Exército informou que um alojamento
no Comando Militar do Planalto, dentro do QG – aquele mesmo que conviveu com os
acampamentos bolsonaristas – já foi recauchutado para receber possíveis prisões.
“A gente
precisa se preparar. Pela antiguidade da pessoa presa, é preciso que a gente
tenha uma estrutura melhor, até porque sofremos inspeção do STF, logo após as
prisões”, explicou o militar.
Para os milicos, antiguidade refere-se a generais e oficiais de alta patente. A
prisão em unidade militar também é direito do ex-presidente, que foi capitão. Até seus aliados acham que o QG do Exército seria apropriado para recebê-lo.
Caso ele
seja preso.
Os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto estão entre os investigados no STF, após serem flagrados em trocas de mensagens golpistas delatas pelo ex-faz tudo Mauro Cid. Ontem, ambos ficaram em silêncio, assim como o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, entre mais 21 militares e civis.
Só sete falaram.
Entre eles, Valdemar
Costa Neto e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres responderam às perguntas da PF. A estratégia da PF, aparentemente mal sucedida, era tomar todos os
depoimentos simultaneamente, de forma a que os investigadores pudessem se
comunicar, se necessário.
Ainda é impossível saber se houve algum avanço.
Odilon Carvalho
ResponderExcluirCOVARDES
No mínimo...
ExcluirEdson Coelho Silva
ResponderExcluirComo é difícil prender um rico no Brasil, mesmo q ele tenha matado 700.000 pessoas!
Reinaldo Müller
ResponderExcluirOlá Celina Côrtes! Como vai? Tenho "reservas" quanto a depoimentos.
As pessoas vendo o imbróglio em que se meteram, se retratam, distorcem os fatos, mentem novamente, manipulam pessoas, etc.
Acredito mais em provas fáticas, concretas, materiais, documentais.
Em tempo: "Follow the money" (Coaf).
abraços,
Creio que nada deve ser desprezado. Hoje mesmo li no Metrópolis que a PF vai dispensar novas colaborações de Mauro Cid por conta do que conseguiu na quinta-feira que, sabemos, foi muito pouco
ExcluirReinaldo Müller
ResponderExcluirCelina Côrtes, há "correntes" bolsonaristas na própria PF. Isto é desanimador. Quisera fosse a PF independente, imparcial, íntegra em sua plenitude. Investigações com lisura.
Essa praga deixou tudo contaminado
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