Silvinei se encrenca mais

 

Silvinei Vasques, o ex-diretor geral da PRF, está preso desde agosto de 2023, sobretudo por ter comandado a operação que dificultou a votação dos nordestinos e que deu vitória a Lula.

O bolsonarista roxo também acaba de ser denunciado pelo MPF por fraude licitatória pela compra de 15 ‘caveirões’ por R$ 13 milhões, da empresa Combat Armor.

Além de não haver uma justificativa para a aquisição de tantos blindados, os veículos da Combat Armor falharam em testes balísticos do Exército. Sequer subiam ladeiras.

Testes mostraram que a empresa não tinha capacidade operacional e técnica para produzir este tipo de veículo.

Para o procurador Eduardo Benones, do MPF-RJ, os caveirões eram “inservíveis”. Segundo ele, “a chegada da Combat coincide com a ascensão de Silvinei Vasques na PRF". A empresa fechou no primeiro semestre de 2023.

Cheira a sócio oculto...

Ou seja, aparentemente, Vasques não era só um queridinho do inelegível, como foi alçado ao posto para viabilizar a entrada da Combat neste mercado.

A Combat, que não tinha histórico de produção de veículos blindados, ganhou licitações e recebeu pagamentos do governo federal entre 2020 e 2022 para fornecê-los a ao menos cinco órgãos públicos.

Maurício Junot, dono da empresa, também foi denunciado e recebeu um pedido de prisão preventiva. Antônio Ramirez Lorenzo, chefe de gabinete do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, a quem eram feitos os pagamentos pelos blindados, é outro que foi alvo de denúncia.

Nas licitações realizadas, as propostas dos concorrentes tinham preços irreais. As investigações indicam que as licitações dos mesmos concorrentes se repetiam e com propostas muito acima do preço. A Combat ganhava, na maior parte dos casos, pela modalidade "maior desconto”. Quer dizer, um jogo de cartas marcadas.

Criada no Brasil em 2019 e, por meio dessa jogada fraudulenta, a Combat Armor chegou a ser investigada pela CPMI dos Atos Golpistas. Ficou concluído que cerca de 37% dos pagamentos da PRF à Combat Armor vinham de empenhos emitidos em 2020 e 2021, pagos nos últimos três meses do exercício de 2022.

 As investigações indicam que a empresa era useira e vezeira em descumprir prazos e, pior, entregava produtos com padrões inferiores ao que havia sido acordado, que punha em risco a vida dos policiais.

E, como se não bastasse, contribuiu para introduzir o nefasto Silvinei Vasques no cenário brasileiro.