Por uma constituição digital
O xeque-mate de Elon Musk ao ministro Alexandre de Moraes – embora tal qual o inelegível
em 7 de setembro de 2021, que ameaçou desobedecer o STF e depois voltou atrás –
é a prova da urgência para a regulamentação das redes sociais.
Era só o
que faltava virarmos reféns de bilionários, que acham que podem
tudo. Ele agiu no X para desestabilizar, para jogar uns contra os outros nesse país já
tão polarizado. O que aconteceu foi uma ducha de água gelada para acordar a
quem de direito, para que fossem tomadas as devidas providências.
Como se
sabe, Arthur Lira fez o contrário. Jogou no lixo quatro anos de
trabalho sério do deputado Orlando Silva (será que por ele ser do PCdoB?),
convocando um novo grupo de trabalho para o PL das redes sociais e mudando de relator.
Fez o oposto diante da urgência trazida pelo episódio.
E é o youtuber
Felipe Neto, que participou ativamente desses quatro anos de construção do
projeto brasileiro, quem começa por sugerir que se remova a palavra 'regulamentação' do texto, por seu peso, que remete a censura.
“Penso na construção de uma constituição digital. Óbvio que não seria uma
constituição, mas que se crie o jargão, as pessoas não têm medo dessa palavra. Afinal, estamos falando da criação de leis para o nosso ambiente digital”, argumenta.
E faz todo
o sentido.
Essa semana
vi n Netflix o filme “Einstein e a bomba atômica”, e fiquei particularmente
impressionada com a contundência dos
discursos populistas de Hitler e a cega obediência de seus verdadeiros adoradores.
Einstein
foi considerado um embuste pelos nazistas. Era judeu e teve de fugir da Alemanha com uma mão na
frente outra atrás para uma cabana no interior da Inglaterra.
Por que
será que o negacionismo é um componente intrínseco à ideologia fascista?
Hitler me
fez lembrar o inelegível discursando para seus fanáticos seguidores, proferindo
absurdos dos quais foi obrigado a voltar atrás, porque a barra teria pesado para ele,
apesar de tudo. Faltava pouco, contudo, para ele chegar aos finalmente, como
diria Odorico Paraguaçu.
Como se sabe, quem melhor domina as redes sociais é a extrema-direita, no mundo, e os bolsonaristas, no Brasil. O que está faltando para parlamentares tão bem remunerados, cheios de mordomias, se mexerem para acudir o país no que ele mais necessita nesse momento?
Ou será que o que eles querem é ver o circo pegar fogo?
Eles querem ver o circo pegar fogo.
ResponderExcluirParlamentares só pensam no próprio umbigo. Lira bota fogo no Brasil sem o menor constrangimento, só porque além de filho da puta é muito macho.
ResponderExcluirJean Schleuderer
ResponderExcluirTantas questões ...
Rei Arthur desfez o trabalho do Orlando Silva para implicar com o Governo; pouco lhe importa o PCdoB ou qualquer outro.
Sim, os discursos de Adolfo, desde os tempos das famosas cervejarias de Munique, são o retrato do populismo fanático. Discursos ocos, palavras vazias, histrionismo, aplausos e gritos entusiásticos.
O Fascismo se vale muito da ignorância, medos e preconceitos. Por isso o negacionismo de 'coisas' que podem ser manipuladas como ataques à boa e segura tradição lhe faz todo o sucesso.
Nossos parlamentares: movem-se apenas pelo interesse eleitoreiro para decidir se votam sim ou não.
Redes sociais: sem regulação (que considero improvável, se não de direito então de fato) estaremos de portas abertas para um já próximo governo fascista.
Jornalista e escritora
Excluir8 h
Jean Schleuderer Sim, será a tragédia líquida e certa que vai nos esperar
Carlos Minc
ResponderExcluir🤔🌻💃🌏🪂🎷🦉🌲🎸🦋🦩📽️🚴♀️