Zambelli é denunciada pelo PGR

 

Finalmente, parece que alguma coisa vai acontecer àquela louca que saiu de arma em punho contra um negro na reta final do pleito de 2022. A deputada bolsonarista Carla Zambelli foi denunciada pelo PGR Paulo Gonet como mandante do crime de invasão do sistema cometido pelo hacker Walter Delgatti.

Ministros da 1ª turma do STF (Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino) decidirão se recebem a denúncia após a manifestação da defesa.

O texto do PGR sustenta que Zambelli e Delgatti "buscavam obter vantagem de ordem midiática e política, que adviria do projeto de desmoralização do sistema de Justiça".

Segundo a defesa de Delgatti,"Walter é réu confesso na invasão do CNJ, portanto não é surpresa a denúncia em seu desfavor. Sobre a denúncia a Carla Zambelli, só confirma que Walter falou a verdade".

A deputada, porém, diz ter recebido a notícia da denúncia com surpresa e afirma que não há "prova efetiva" de que ela colaborou. Cínica.

Conforme a PF, a invasão do site do CNJ ocorreu em novembro de 2022. Em 4 de janeiro de 2023, Delgatti inseriu documentos falsos no sistema do órgão, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, assinado pelo próprio magistrado.

Pegou pesado...

O hacker disse à PF que Zambelli redigiu o falso mandado, o que é negado por ela.

Embora a PF não tenha encontrado trocas de mensagens entre Zambelli e Delgatti — ele disse apagar as conversas por precaução —, foram achados nos equipamentos pessoais de Zambelli os quatro documentos falsos inseridos pelo hacker no sistema do CNJ às vésperas do 8 de janeiro.

E, segundo o colunista Lauro Jardim, a dupla também é acusada de um movimento que poderia ter levado à soltura de Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, líder do Comando Vermelho no Mato Grosso.

Preso há mais de 20 anos, as penas de Sandro superam 200 anos, por falsificação, roubo, homicídio e sequestro, entre outros. Em 10 de janeiro de 2023 foi descoberto o “o alvará que poderia ter levado à soltura de sentenciado a duas centenas de anos de reclusão”, cinco dias após ser emitido.

De acordo com o PGR, uma minuta do mandado de prisão contra Moraes foi gerada no computador de Delgatti às 17h12 do dia 4 de janeiro de 2023. Um arquivo com o mesmo teor foi acessado por Zambelli às 18h39 do mesmo dia.

Os dois arquivos têm o mesmo código, o que indica que foi repassado entre eles. O que falta mais para provar o crime?