Avança o lobby das armas
A perpetuação de
guerras – como a da Ucrânia e de Israel contra o Hamas – é a festa da indústria
bélica, que produz a todo o vapor. O estímulo dado pelo inelegível à liberação
de armas no país - pelo qual ele deve ter levado muita grana -, vinha da vitória do lobby das armas.
Em seu primeiro ano de
governo, porém, Lula deu um basta a essa festa, com o revogaço de decretos e portarias
que liberavam geral o acesso às armas.
Flávio Dino, então
ministro da Justiça, apresentou outro conjunto de medidas. Tudo isso gerou uma queda
de 82% em novos cadastros de armas dos ‘cidadãos de bem”.
Conforme a jornalista Flávia Oliveira, as 114.044 armas em circulação em 2022 caíram a 20.822 em 2023.
Essa semana, contudo, a CCJ do Senado aprovou um decreto que começa a minar as medidas que anulam parte do que foi assinado por Lula no Decreto 11.615/2023, resultado de debates entre a PF, Exército, MP, organizações de segurança pública, parlamentares e CACs.
É o que Flávia chama de “estelionato parlamentar”.
O afrouxamento de medidas para o aumento da circulação de armas acarretará mais mortes, como indicam estudos e estatísticas, o que é negado pela famiglia, que fatura com ela.
Como se sabe, o atual governo é minoritário no Congresso, e por isso tem
apanhado feio dos reacionários e bolsonaristas do Centrão, que fazem de tudo para
sabotar seus projetos. Sobretudo pelo orçamento secreto, agora vetado pelo ministro Flávio Dino e seguido pelo plenário da Corte.
Agora que vivemos o auge do embate entre o Judiciário e Legislativo, que brigam como cão e gato, Dino exterminou ainda as emendas obrigatórias. Já o Parlamento desenterrou a PEC que suspende atos monocráticos dos ministros do STF.
E mais: o projeto que permite ao Congresso derrubar decisões tomadas pelo STF, quando cabe à Corte a última palavra.
Enquanto o capitão usava o orçamento secreto para fugir do impeachment, Lula se queixa do "sequestro do orçamento pelo Congresso", que compromete suas decisões e políticas públicas.
Nos próximos dias, por sinal, haverá uma mesa redonda entre os três poderes e a PGR, para tentar desenrolar esse enrosco.
Afinal, nessa guerra declarada as maiores vítimas são a população brasileira e a nossa democracia.
Reinaldo Müller
ResponderExcluirMuito informativo, Celina. Eu já sabia deste contexto. Faço uma ressalva:
A guerra no Oriente Médio não é de Israel contra o Hamas. Esta é circunstancial. Ela é entre Israel X Palestina. Tomou projeção midiática mundial quando havia a OLP -- Yasser Arafat.
O substituto de Yasser Arafat na liderança palestina -- Mahmoud Abbas -- sempre demonstrou uma certa fraqueza (diplomacia?) neste conflito.
Ressalva aceita e assumida
ExcluirFátima MELO
ResponderExcluir🌳🌏🙋🏻♀️❤️🫱🏻🫲🏼😉🌺🏃🏻♀️🏖🍷💃🏻🤫🤣🐆👊🏼🍎🎾✈️♍️
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Carlos Minc
ResponderExcluir😔😔🤔🤔🥸🥸🚴♀️🚴♀️🌻🌏💥💥💪🏽💪🏽🎸🪂🦩
Paulo Augusto Barbosa Praxedes
ResponderExcluirPor que não se convoca a população saber se é favor ou contra as medidas que o congresso, que não nos representa, toma.
Tenho certeza que ganharíamos.
Quem seria a favor da anistia às multas dos partidos que fraudaram a lei de cotas para mulheres e pretos.
Quem seria a favor da liberação das famigeradas emendas parlamentares sem a devida transparência, etc.
Seria ótimo, mas quem faria essa convocação?
ExcluirUma política pública que insere armas de fogo no cotidiano de milhões de pessoas, formadas em violência nessa universidade da violência que é o Brasil, mostra a boçalidade do Inelegível e a irresponsabilidade, para dizer o mi imo, dos seus apoiadores.
ResponderExcluirJorge Lúcio de Carvalho Pinto
ResponderExcluirA busca da paz passou longe. Já a venda de armas vai de vento em popa
Sonia Regina Gomes Soares
ResponderExcluirÉ mais que vexatório.
Sérgio Pereira Bispo
ResponderExcluirApoiamos que, o judiciário e o legislativo decidam trabalhar com efetividade e assertividade, diminuindo os pormenores em contradições, até porque os setores que atendem a sociedade e voltam as atenções à estes poderes são influenciados. 😍🇧🇷
ResponderExcluirLili Flor de Liz
Emoji chorando
ResponderExcluirCiro Araujo
Paulo Augusto Barbosa Praxedes, o congresso representa a maioria proporcional da população com direito a voto que o exerceu sem anular.
Tem muito buraco bem mais embaixo, acima, dos lados, à frente e atrás do que alcança nossa pobre capacidade de ver algo factível nesse cipoal piorado com os algoritmos
Nelson Chapira
ResponderExcluirXô Venezuela! Fala-se tanto no Bannon e na direita ketchup americana. No entanto, há momentos em que o Bozoquistão e as bancadas do atraso parecem se inspirar muito mais ouvindo o passarinho que fala com Maduro.