Inelegível será carta fora do baralho

 

Já mencionei aqui que Valdemar da Costa Neto elencou Tarcísio de Freitas como o candidato nº 1 da extrema direita em 2026. Pois é, o Inelegível - perto de ser condenado à prisão pelos inquéritos enviados pela PF à PGR - magoou.

Mesmo fora das eleições por duas decisões do TSE em função da reunião de embaixadores, onde atacou as urnas eletrônicas e mostrou-se como a melhor opção à sucessão, o capitão ainda se considera o principal candidato da direita às eleições.

“Eu sei que não sou nada no partido, agradeço muito o Valdemar por ser presidente de honra, mas o candidato para 2026 é Jair Messias B.”, sustentou o Inelegível em entrevista concedida após o comentário de Costa Neto.

(Ontem o presidente do PL já tinha voltado atrás do que dissera e reiterou que o ex-presidente é o único na direita capaz de vencer Lula em 2026).  

A segurança do mi(n)to baseia-se em dois argumentos. O primeiro é que Kassio Nunes Marques assume a presidência do TSE em 2026 e André Mendonça será seu vice. Como se sabe, ambos foram os únicos indicados por ele ao STF.

O segundo é a aprovação de uma anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro, ele incluído, sobre a qual corre toda sorte de chantagens do PL ao Congresso, como o apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato de Arthur Lira para sucedê-lo, decisão que pretende anunciar após o segundo turno das eleições municipais.

Conforme a colunista Malu Gaspar, o capitão tem a certeza de que será o nome de 2026, de acordo com o que ouviu de seu entorno. Porém, o que há de mais iminente e concreto nisso tudo o capitão parece ignorar. Ou finge ignorar.

Os inquéritos da PF sobre a falsificação dos comprovantes de vacina e o roubo das joias, já nas mãos do PGR, devem ser enviados em novembro pelo mesmo ao STF, que tem prazo definido para julgá-los.

E o mais cabeludo processo, da tentativa de golpe no 8 de janeiro, deve chegar a Paulo Gonet até dezembro, que já se pronunciou sobre a “organização criminosa” integrada pelo ex-presidente. Ou seja, vai ser difícil escapar desses três inquéritos, todos eles recheados de provas.

Segundo a jornalista Eliane Catanhede, a PF encontrou novas provas, ainda sigilosas, sobre a participação do ex-presidente nos atos golpistas, através de um aparelho israelense usado no celular do ex-faz tudo Mauro Cid.

Para piorar o lado do capitão, como também foi dito aqui, a elite paulista já teria embarcado em outra canoa, influenciada pelo satânico comportamento de Lamarçal e pela conclusão de que seu ex-apoiado será carta fora do baralho.

Quer dizer, tudo indica que o futuro do Inelegível será mesmo atrás das grades. E, ao contrário dos EUA, aqui presidiário não pode concorrer à presidência.