Inelegível cercado pelos tubarões

 


Brasileiros têm memória curta e, a essas alturas, talvez este seja o único trunfo dos golpistas e dos que idealizaram a tentativa de tirar Lula do poder.

Esta semana acompanhamos dois importantes movimentos: o fim do inquérito da PF sobre o envolvimento de autoridades no 8 de janeiro e a empurrada de barriga de Arthur Lira ao movimento de anistia capitaneado pelo PL na Câmara.

A movimentação golpista ocorreu entre novembro de 2022 e o 8 de janeiro de 2023, cartada final para coroar o que não dera certo até então. Documentos e troca de mensagens confirmam que o Inelegível pediu aos três comandantes das Forças para darem o golpe com ele.

O capitão declararia Estado de Defesa para restabelecer a ordem pública (quebrada pelo 8 de janeiro); o governo montaria uma comissão eleitoral provando que houve fraude, os militares prenderiam ministros do STF e uma nova convocação eleitoral manteria o mi(n)to no poder.

Quem mostrou este cenário foram fontes de alto estirpe: os ministros do Exército, Gomes Freire, e da Aeronáutica, Batista Júnior, que apontaram ainda a adesão à proposta do capitão pelo ministro da Marinha, Garnier Santos.

Se as Forças Armadas dessem este suporte para mudar quem manda no país seria o golpe. Que não deu certo porque os dois militares seguiram a Constituição.

Quem protagonizou a última cartada foi o então secretário de Segurança, Anderson Torres, que desmontou todo o aparato montado para prevenir a invasão anunciada à capital no 8 de janeiro e fugiu para os EUA. Ele e o chefe assistiram ao quebra-quebra de longe, de camarote.

A última esperança era Lula impetrar uma GLO e botar os tanques na Esplanada dos Ministérios. O que não ocorreu graças ao alerta de Janja, a primeira-dama.

O Inelegível se lixa para a anistia (antes mesmo da condenação) à arraia miúda, sim, pessoas simples, porém adultas que sabiam o que faziam. Ele a quer para si, para os generais da reserva (Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira), o almirante Garnier, Anderson Torres e Filipe Martins, planejadores e participantes.

 Agora, o ex-presidente está em seu momento mais fraco desde que deixou a presidência. “Toda a direita entendeu que ele é popular, mas não consegue ganhar eleição. Tarcísio de Freitas ficou maior do que ele, assim como Gilberto Kassab. Waldemar da Costa Neto tem mais poder do que ele. Ronaldo Caiado deu uma volta nele. Arthur Lira tirou o projeto da anistia da frente”, aponta Pedro Dória no Canal Meio.

Ou seja, “Bolsonaro está descoberto, cassado, sem direitos políticos, sem aliado que dependa de seus votos em cargo importante. O flanco abriu e os tubarões começaram a cercá-lo. A gente vai assistir a essa dança nos próximos episódios”, conclui. Já não é sem tempo!

(Charge José Pedrali)

Comentários

  1. Bom dia. Bolsonaro foi descartado. Já deu o que tinha de dar. Não precisam mais dele.

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  2. Francisco Denys
    Sem anistia para golpistas e baderneiros!!!

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  3. Evanise Arruda Neto
    Realmente, está demorando s prisão dos mandantes do golpe. Sem anistia!!!!!

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  4. Susana Stedile
    Queremos ver este daí preso!!!

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  5. Chico Salles
    Cadê a cadeia prá o Bolsonaro vamos cobrar até ele ser preso Xandão Bolsonaro está solto.

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  6. Idelbe Do Amaral Villanova
    Avisei....um dia o urubu morre no bico da Águia

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  7. Lucchesi Carlos
    Chegou a hora de prestar contas. Toda essa turma vai pagar caro por seus crimes. Vão na leva dos condenados pelo assassinato da vereadora Mariele, porque, em verdade, são piores que estes. É preciso enjaular toda esta corja por longos anos.

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  8. Claudio Branco
    Narrativas e mais narrativas.

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  9. Sandra Mara Rios
    Em 8 de janeiro os golpistas tinham saúde, disposição, idade, coragem... hoje são doentes, fracos, apelam por acharem q tem algum direito... cadeiaaaa SEM ANISTIA...

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  10. Cleodesio Torres Galindo
    Estou me deliciando com a derrocada desta Extrema Direita satânica!

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    1. Somos dois, mas no caso, o Inelegível é um braço que deixou de interessar a esse desgraçado setor que encontrará outros caminhos para se manter por cima da carne seca...

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  11. Fernando Veiga Barros
    Exatamente. Bolsonaro, após deixar a PR, era considerado "patrimônio líquido eleitoral", por grupo dominante da política nacional. Acreditavam que ele poderia funcionar como talismã, na caça de votos. Verificou-se que isso não seria verdade, necessariamente. Hoje, Bolsonaro está mais para "patrimônio eleitoral a descoberto", com os inconvenientes de que pensa e fala muito bobagem, além de traçar estratégias eleitorais que, nem sempre, são compatíveis com os planos de seus pretensos correligionários. Por isso, não apenas a busca, pelo grupo político de Bolsonaro, de um nome viável e de consenso político, mas, fundamentalmente, por um nome viável e de bom senso político. De hoje, para o futuro, testemunharemos a luta pelo horroroso espólio político de Bolsonaro.

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  12. Socorro Seabra
    Justiça divina no tempo do pai celestial.

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  13. Durva Freitas
    Cadeia pra "todos" os golpistas #

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  14. Rosa Pires
    #SemAnistiaPraGolpista
    Cadeia nele!

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  15. Alzira Caetano
    Estou incrédula. Vão enrolar até esfriar totalmente...

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  16. Luis Carlos Paiva
    Barco com furo grande no casco e tubarões ao redor, esperando o petisco cair na água......

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