Falta ética nas criptomoedas de Trump

 

Enquanto o planeta discute as intenções de Trump entre cortinas de fumaça, como a tomada do Canal do Panamá, a compra da Groenlândia ou anexação do Canadá, ele comete o mais grave dos delitos. Sem contestações.

O líder republicano, que já foi crítico das criptomoedas, acaba de criar a sua própria, a memecoin, pouco antes de sua posse. Não pode haver nada mais antiético que um presidente – além de ser a pessoa com mais acesso às inside informations do país, ele faz os movimentos capazes de impactar o mercado financeiro – criar a sua própria moeda.

Muita gente já foi presa nos EUA por muito menos.

Já no dia da posse foi a vez da primeira dama criar a $Melenia, que provocou a queda da memecoin de US$ 70 para US$ 35. Só que ambas são faces da mesma moeda.

Mais da metade das pessoas que entraram na onda das moedas $Trump e $Melania nunca havia comprado uma criptomoeda antes, como lembra o Canal Meio.

 “É a transmutação de investimento em militância, em que um lado claramente sai no lucro”, acrescenta o site.

Já os apoiadores do Inelegível replicaram o ídolo e lançaram a Patriota Coin, definida por eles como “imorrível, imbrochável, incomóvel e intributável”. É intragável!!!

E começa a virar febre entre políticos usar as memecoins como instrumentos de captação de criptomoedas, para atrair novas fontes de apoio. 

E muita grana.

A adoção de transações em criptomoedas pelo consumidor comum já virou realidade no Brasil e no mundo, impulsionada pelo avanço tecnológico, pelas novas facilidades dos cartões de crédito e outras formas de pagamento, resultado, também, da desconfiança no controle das moedas digitais estatais.

Só que afrontas como a cometida por Trump, jamais.

Ataques à imigração ilegal? É o teatro da vez, enquanto o republicano fica cada vez mais bilionário com sua mutreta...