Leo Índio é denunciado pela PGR

 

Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, sobrinho do Inelegível e próximo de Carluxo, pode ser o primeiro membro da famiglia a ser preso por tentativa de golpe de Estado.

Isso porque a PGR ofereceu denúncia contra o bolsonarista ao STF, o que pode torná-lo réu e culminar com sua prisão.

Na denúncia, a PGR sustenta que há provas suficientes da atuação de Leo na intentona golpista, com atos de vandalismo. Ele foi denunciado por associação criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado por violência e deterioração do patrimônio público.

Filho de Rosemeire Nantes - irmã da ex-mulher do capitão, Rogéria Nantes, mãe dos três filhos mais velhos do ex-presidente - em 2023 Índio teve seu celular, passaporte e um pendrive apreendidos pela PF, na 19ª fase da Operação Lesa Pátria, da PF. Começavam ali seus ilícitos.

Sem curso superior ou profissão, Léo Índio disse ao STF que era vendedor, até tornar-se assessor de Carluxo. Já em 2019 virou assessor do vice-líder no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), com salário de R$ 22 mil. Deixou o cargo quando Rodrigues foi pego pela PF com dinheiro na cueca.

Depois disso, foi dar uma mãozinha ao tio presidente.

Em agosto de 2021, ajudou a arrecadar dinheiro para o ato de 7 de Setembro na Paulista, aquele em que o tio chamou Alexandre de Moraes de "canalha". E, junto a Zé Trovão, articulou o movimento para afastar os 11 ministro do STF.

Chegou a ser exonerado por não trabalhar quando assessorou a liderança do PL no Senado. Concorreu a deputado em 2022, como Léo Bolsonaro. Perdeu.

Segundo a Revista Fórum, a denúncia da PGR contra Léo Índio indica que o próprio ex-presidente e seus ministros de estimação podem ser os próximos a serem denunciados, o que deve ocorrer até o fim deste mês ou início de fevereiro.

Será a etapa final do caminho que poderá levar o ex-presidente, finalmente, a ver o sol nascer quadrado.