Mais um fora dos trilhos na famiglia

 

Enquanto Micheque e Eduardo, o filho 03, foram apontados pelo ex-faz tudo, Mauro Cid, como integrantes da ala mais radical pró-golpe, soube-se da viagem relâmpago a Miami por Flávio, o 01, logo antes da posse de Trump.

Objetivo? Virar a noite de um sábado para domingo no Hard Rock Hotel & Casino, cercado de palmeiras, seis restaurantes, piscina com cascatas e spa. Diárias acima de R$ 3 mil. 

Sobre os ganhos do primogênito do Inelegível nada se soube. Seu acompanhante, o advogado e amigo Willer Tomaz (foto), porém, sacou da boca do caixa US$ 236 mil em dinheiro vivo (R$ 1.549.569,70), lá pelas 6h30 da matina.

A informação é do colunista Lauro Jardim.

Flávio continua honrando a fama de quem compra uma mansão em Brasília por R$ 6 milhões, sem que ele ou sua mulher tivessem vencimentos compatíveis para tal aquisição. Ameaça ainda o ministro Fernando Haddad pela menção às rachadinhas, das quais ele só escapou por ser filho de quem é. 

Já o amigo do senador foi preso pela PF em 2017, como suspeito de intermediar com o então procurador da República, Angelo Goulart Villela, informações sobre as investigações aos irmãos Joesley e Wesley Batista, no caso JBS.

Villela foi acusado de ser um agente infiltrado dentro do MP.

Após três meses de prisão, a Corte Especial Judicial do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região rejeitou a denúncia contra Willer Tomaz e demais suspeitos. Isso, por mudanças nas versões dos delatores e falta de provas.

Ou seja, tutti buona gente...

Eu me pergunto qual a moral que tem um senador da República que vira a noite jogando num cassino nos EUA para anunciar os futuros passos e objetivos da extrema direita na corrida eleitoral de 2026?

Em meio a ataques mútuos entre os candidatos – do goiano Ronaldo Caiado, passando pelo mineiro Romeu Zema, pelo influencer Pablo Marçal e pelo cantor Gusttavo Lima –, Flávio anuncia a pauta do impeachment de ministros do STF e da anistia - "sem sombra de dúvidas" - aos golpistas.

Como se aquele macabro quebra-quebra que assistimos no 8 de janeiro de 2023 em Brasília fosse um passeio no parque...

Patético caso em que os defensores da democracia brasileira – no caso, os ministros do Supremo – seriam penalizados e toda a bandidagem que tentou o golpe – a começar por seu pai – fosse perdoada. Que tal?

Ao mesmo tempo em que “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, corre por três estatuetas no Oscar 2025, será que assistiremos a esse enredo disruptivo na política brasileira?