Filho de Musk desanca Trump

 

Tenho um querido amigo de infância que mora nos EUA e me alertou: “O perigo não é Donald Trump, e sim Elon Musk”. Realmente, a cena que o mundo assistiu na última quarta-feira parece confirmar o parecer, quando o pequeno X Æ A-Xii, filho de Musk de 4 anos, que acompanhava o pai num encontro com o presidente dos EUA, mandou:

“ Eu quero que você cale a sua boca.” E pouco depois, desafiou: “ Você não é o presidente, precisa ir embora “, para jornalistas atônitos, que entrevistavam Musk pela primeira vez desde que ele assumiu o comando do o Departamento de Eficiência do Governo (Doge, na sigla em inglês).

O auge da cena foi quando o pequeno tirou uma meleca do nariz e grudou na mesa do presidente...

E Trump calado ficou. Só não se soube se ele chegou a manifestar algum mal estar...O pai? Nem aí.

Quem mais saboreou foram os críticos e oposicionistas de Trump, que jamais teriam coragem se dirigir a ele daquela forma. O  menino, de nome estranho, nasceu do relacionamento de Musk com a cantora Grimes, também mãe de outros dois filhos do bilionário, todos com nomes estranhos, Exa Dark Sideræl e Techno.

Já Justine Wilson é  mãe dos filhos Griffin, Vivian, Kai, Saxon, Damian e Nevada. Por último, o magnata teve outros três filhos com Shivon Zilis - sua atual mulher: Strider, Azure e o caçula que nasceu no início de 2024, de nome ignorado.

A entrevista começou pouco após Trump assinar um decreto ampliando os poderes de Musk. À vontade em seu crescente poder - um novo Goebells -, o CEO da Tesla voltou a dizer que a burocracia federal americana foi corrompida por trapaceiros e funcionários que fraudaram dinheiro.

O bilionário acusou funcionários da agora destruída Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) de receber propinas. Chegou a dizer que os EUA patrocinaram a posse de Lula.

Segundo ele, alguns, da burocracia, conseguiram acumular dezenas de milhões de dólares em patrimônio líquido na posição que ocupavam, sem provar.

E, apesar do jornalista da Associated Press ter sido barrado na coletiva por ter se recusado a escrever "Golfo da América", ao invés de "Golfo do México" –  como determinou o presidente por decreto –, o CEO da SpaceX afirmou que ele e sua equipe tentavam ser “o mais transparentes possível”...

Quando, na real, a equipe de Musk trabalha em sigilo e a toda hora surpreende funcionários federais ao invadir agências e obter acesso a dados confidenciais. O próprio bilionário é "funcionário especial do governo", quer dizer, seu registro de divulgação financeira não será tornado público.

Os críticos de Musk afirmam  que ele opera com um poder irrestrito, sem responsabilidades. Dezenas de processos foram movidos contra os esforços a jato do governo para derrubar a burocracia. Assim como aqui, em que o STF faz frente aos ataques do Inelegível e sua turba, vários juízes federais norte-americanos já sustaram estas ações.

Como se sabe, Musk foi o maior doador da campanha eleitoral de Trump, com mais de US$ 250 milhões. Ele convocou uma equipe de jovens engenheiros para impulsionar um programa de eficiência no governo, sem que ninguém tenha que prestar satisfações.

O bilionário também é acusado de hipocrisia ao criticar os burocratas "não eleitos", quando ele próprio não foi eleito. Fora que a SpaceX tem contratos de bilhões de dólares com o mesmo governo que seu CEO fiscaliza..

Ou seja, a democracia norte-americana já era...