Não passarão!
Réu! Ou
melhor, réus!!! Ontem foi um dia histórico, em que um ex-presidente que
conspirou desbragadamente para permanecer no poder – com todo tipo de
golpes baixos, antes, durante e depois – vai pela primeira vez para o banco dos réus, e generais quatro
estrelas são julgados por um tribunal civil.
Para quem
passou a vida enganando os trouxas, deve ter sido um baque e tanto. Cuja
carreira começou a despontar após o plano de explodir a estação de tratamento
do Guandu por aumento do seu soldo de capitão do Exército.
Impune,
claro.
Daí em diante, foi uma sequência de atos para conquistar a extrema direita, inicialmente ainda em cima do armário. No elogio a Brilhante Ustra no processo de impeachment de Dilma Roussef ele falava direto aos porões e aos torturadores da ditadura, ainda impunes, também.
Na campanha criada para armar a população e ter suas futuras milícias, enquanto o descaso com o Meio Ambiente e aos povos originários eram senha à classe dominante, cansada do PT. Fora sua atuação como despachante de causas militares.
Foram quatro anos de pesadelos, cujo auge se deu na pandemia, com seu explícito pouco caso pela vida humana que nos rendeu 700 mil mortos, o segundo lugar naquele mórbido ranking. A negação das vacinas, o culto à cloroquina, enfim, tudo o que nos levou à tragédia anunciada.
Mais uma vez, perdoada pela vista grossa
do então PGR, seu aliado, Augusto Aras. Só que agora ele se chama Paulo Gonet.
No último
ano de governo o projeto golpista se intensificou. A campanha contra as urnas
eletrônicas – que pode prejudicá-lo, com Donald Trump elogiando nosso sistema eleitoral, enquanto Bolsonaro voltou ontem a defender o voto impresso (teria sido uma desesperada tentativa de falar aos seus, que o abandonam?) -, contra o STF e Alexandre
de Moraes.
Que,
pacientemente, montou um indestrutível castelo de cartas, com um implacável
cerco a seus mal feitos, que incluíram gastar dinheiro a rodo pela reeleição,
comprando apoio de caminhoneiros a taxistas e, sobretudo, do agro ogro.
E, na hora H, se mandou para os EUA – escola agora copiada pelo filho Eduardo, que ainda pode
se dar muito mal com essa fuga, talvez relacionada a uma futura fuga do
pai. Achando que a distância o livraria de qualquer responsabilidade.
Perdeu, Mané.
Dessa vez não colou. As manobras continuaram – e continuam – no Congresso, com
uma absurda tentativa de anistia antes mesmo da condenação. Dele e dos 33 indiciados pela PGR, em escandalosa admissão
de culpa.
O júbilo,
pelo visto, será extensivo aos generais de estimação, que enredaram o golpe
como uma aranha faz sua teia. E aos sonsos auxiliares, que pousaram de
honestos enquanto cuidavam de toda a retaguarda para a consumação do golpe.
Não passarão!
Pascoal Da Silva Antonio
ResponderExcluir#SemAnistiaPraGolpista
MarliAuxiliadora Almeida
ResponderExcluir#Sem Anistia
Lilian Fontes Moreira
ResponderExcluirMuito boa análise!
Obrigada!
ExcluirCesar Pinho
ResponderExcluirVerdade. Bananinha para ele e para os covardes que fogem.
Cesar Tartaglia
ResponderExcluirMeme com cabeça de touro (Res) e Bolsonaro (réu)
Carlos Minc
ResponderExcluir💪🏽💪🏽💪🏽💃💃💃🪂🪂🪂🌏🌏🌏💥💥💥🌻🌻🌻
M Christina Fernandes
ResponderExcluirFiquemos atentas à evolução do projeto de lei da anistia no Congresso, a luta vai ser árdua.
Parece que esta já está perdida
ExcluirTania Rodrigues
ResponderExcluirNão passarão.
Clinio Carvalho Guimarães
ResponderExcluirSem anistia para canalhas golpistas
Zoé Freitas
ResponderExcluirNão passarão!!!!🙌😡
Tião Santos
ResponderExcluir5x0, muito melhor que 4x1!
Aurival Pardauil ·
ResponderExcluirNão passarão!
Bruno Torres Paraiso·
ResponderExcluirCelina Côrtes traça um panorama à perfeição do trajetória do Inelegível até a aceitação da denúncia do PGR pela primeira turma do STF. Quem viveu os horrores da ditadura de 1964, como é o meu caso, e sou anistiado político, sobre o horror que é a tortura, a perseguição e horror de ficar sendo seguido por agentes da ditadura. Perdi um emprego no IBGE e não pude tomar posse no antigo Banco Nacional da Habitação por haver sido vetado pelos militares que faziam a triagem dos que tinha ficha no DÓI-CODI. Eu estudei direito e fiz doutorado, o primeiro do gênero na UFRJ, na área de Direito Público, mas nem pude fazer a tese impedido que fui pelos militares de fazer as pesquisas necessárias. Acabei indo para a carreira de jornalista, depois de terminar o curso de Jornalismo gráfico em turma pioneira da ECO-UFRJ. Foi a forma que encontrei para sobreviver em contexto tão adverso. Lembro que cobri o enterro no General Costa e Silva no Cemitério São João Batista. Lembro bem da Dona Yolanda de cima de túmulo onde eu estava para fazer a matéria. Corri risco de ser preso, mas fui à luta. Fui chamado três vezes pelo general Frota para explicar reportagens que havia feito e ameaçado por ele de ser preso, mas uma das fontes da matéria, o padres da época da Igrejinha do Forte Copacabana, hoje demolida, salvou por pouco minha pele ao dizer que eu tinha reproduzido na matéria apenas o que ele havia me dito na entrevista. O jornalismo me salvou, apesar dos maus tempos que passava o Correio da Manhã, de coisa piores que poderiam ter acontecido comigo. Fui para o jornal indicado pelo diretor da ECO, o pintor, escritor, jornalista e também diretor do Biblioteca Nacional. Quem viveu a ditadura de 1964, enquanto viver nunca vai esquecer aqueles temos de trevas,
Nossa, não conhecia sua história. Comecei no JB em 1980, na Geral, e acompanhei de perto a tragédia que foram os cinco últimos anos de ditadura. Mas não cheguei a sofrer na pele, como vc. Sem anistia! Ditadura nunca mais!!!
ExcluirJeline Rocha
ResponderExcluirTexto perfeito! E NÃO PASSARÃO! 🙏🏼🙏🏼🙏🏼
Virginia Azevedo
ResponderExcluir👏👏👏👏
Wladimir Ganzelevitch
ResponderExcluirSó uma retificação: era o soldo de tenente, não de capitão. A legislação contempla essa excrescência: ao se reformar, o militar é promovido.
Ainda mais essa!
ExcluirTêtê Gouvêa Vieira
ResponderExcluir👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻