Serviço sujo para o PCC

A instrução normativa da Receita Federal, de janeiro, que ampliava a fiscalização sobre as fintechs – um das principais ferramentas de atuação do PCC - foi implodida pelas fake news do do deputado Nikolas Ferreira. A falsa narrativa, dizendo que o governo  tributaria trabalhadores informais que usavam o Pix, também foi impulsionada pelo bolsonarismo. Resultado: uma onda popular contra o governo, que cedeu à pressão e revogou a tal instrução normativa. A norma – que obrigava bancos digitais e fintechs a enviarem informações sobre operações acima de R$ 5 mil no Pix - como os bancos são obrigados a fazer - só durou 15 dias, por causa de Nikolas e dos golpistas. Foi graças ao deputado mineiro e aos golpistas, portanto, que a instrução normativa, que poderia detectar movimentações financeiras do PCC, só durou 15 dias. A revogação da regra foi festejada como vitória de Nikolas: “O governo arregou por vocês usaram as redes sociais para verbalizar suas opiniões sobre a tentativa desse governo de arrancar nosso dinheiro”, exultou Gustavo Gayer (PL-GO). Todos sabiam que Nikolas mentia, porém, sustentaram a farsa, como uma vitória para o bolsonarismo e para o PCC. Na prática, o crime organizado ganhou mais alguns meses para continuar faturando sem ser incomodado. A sofisticação é tanta que a facção já opera nos combustíveis,, na agricultura, indústria, comércio e no mercado financeiro. Negocia imóveis e aplica em fundos de investimento de fintechs próprias em vários estados, por empresas legítimas.  A ponto do tráfico de drogas virar um negócio secundário do grupo. A economia formal brasileira financia diretamente o crime organizado na multinacional do crime que virou o PCC. E não faltam indícios da existência de uma bancada que represente a facção no Congresso. (Fonte Intercept). Será que um dia saberemos quem eles são?