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PF levanta a bola para PGR e STF cortarem

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  Após dois anos de diligências policiais, quebras de sigilo, colaborações premiadas e buscas e apreensões, entre outras medidas judicialmente autorizadas, a PF indiciou o Inelegível, os ministros Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e outros 33 (sendo 25 militares), entre eles, Alexandre Ramagem, Valdemar Costa Neto e Filipe Martins. Foi identificada uma "organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder”. Há provas do comando de tal grupo pelo ex-presidente. A bola foi levantada para a PGR e o STF cortarem. Ou não. Se ambos aceitarem a linha de investigação da PF, os 37 indiciados se tornarão réus. Daí começa a tramitar o processo no Judiciário, com direito a defesa e várias etapas até o julgamento final.   Ou seja,  ainda leva algum tempo para  os mais ansiosos pela punição dos prováveis culpados. As cartas, porém, foram colocadas na mesa. A PF contabiliza a atuação de cinco núc

Bolsonaristas querem controlar a OAB

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  Não se pode acusar os bolsonaristas de desarticulados. Após a entrada no Conselho Federal de Medicina (CFM), em agosto, agora essa gente nefasta luta para influenciar a OAB que, até dia 30, elege suas novas seccionais nos 26 estados do país. O mantra é isolar candidatos “de esquerda”. O próprio Inelegível pediu a cada advogado em recente entrevista que “veja quem está ligado à esquerda e não vote nessa chapa”. Isso porque sua turma achou que a OAB não conseguiu garantir o devido processo legal aos investigados e réus golpistas no STF por ataques à democracia. (O que fica cada vez mais difícil com os avanços da PF). Quer dizer, não livrou a cara desses criminosos. Uma das chapas da seccional paulista é a de Caio Augusto Silva Santos, que tem como candidata a vice Ângela Gandra (foto), filha do jurista Ives Gandra Martins, aquele que considerou que o artigo 142 da Constituição dá aos militares o poder moderador, a última palavra em conflitos entre os Três Poderes. A tribuição que

PF identifica mandantes do golpe

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  Cronologia da tentativa de golpe após as eleições presidenciais, em fim de 2022 e início de 2023: 12/11: Reunião na casa do general Braga Netto entre o ex-presidente, o general Augusto Heleno e o kid preto e general da reserva Mário Fernando*, que imprimiu o plano traçado por eles no Planalto. No mesmo dia, o militar  envia áudio ao ex-faz tudo Mauro Cid, dizendo que o capitão aceitara o assessoramento dos militares para o golpe. 9/12 – O general Estevam Theophilo vai ao Palácio Alvorada dizer ao ex-presidente – recolhido por uma 'depressão pela derrota' - que topava o golpe, desde que este assinasse a minuta. Começa, sob a pressão do agro e de deputados, o planejamento para o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e de Alexandre de Moraes. Por envenenamento. Multiplicam-se os acampamentos nos quartéis militares, sobretudo em Brasília. 15/12 – Data prevista para o início do golpe, batizado de  'Punhal Verde e Amarelo' . 16/12 – Data em que seria criado um Gabinete de C

A relação bipolar Brasil-Argentina

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  Corre o risco do fio desencapado Javier Milei jogar por água abaixo o documento base previamente discutido pelos líderes do G20, agora reunidos no MAM-RJ. A delegação argentina aguarda uma posição do chefe sobre questões que ele discorda, como a taxação de grandes fortunas. Também contra a aliança global contra a fome, sobre a qual, ele já mudou de ideia, porém. E, c omo se vê na foto, o encontro Lula Milei no G20 foi frio e protocolar. O espalha brasas argentino, defensor do neoliberalismo, também não concorda com a inclusão no documento de temas ligados a gênero e à Agenda 2030, o plano de desenvolvimento sustentável da ONU. Se Milei discordar da íntegra documento, todo o trabalho desenvolvido até agora terá sido em vão, porque obrigará à Conferência a terminar o encontro sem um documento final. Nesse caso, qual seria seu objetivo? Transformar a iniciativa em fracasso diplomático para o Brasil e para Lula? Ou apenas marcar presença como voz dissonante, que sabe mais do que

Ameaça aos direitos legais de abortar

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Talvez a PEC 164/2012 seja o mais forte exemplo do divórcio do Legislativo com os anseios populares. Protocolada pelo então deputado Eduardo Cunha, a tal emenda constitucional visa eliminar os direitos conquistados por lei ao aborto, em casos de risco à mãe, anancefalia (falta de cérebro) e estupro. Pode até ser admissível que a aberração seja de autoria de um homem – queria ver se a filha dele engravidasse de um estupro e ela não tivesse recursos para abortar. Pois quem incluiu a pauta na votação da Câmara da última semana foi a deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC). “Cada ser humano, desde o momento da concepção, tem o direito de viver, de ser protegido, de ser cuidado”, argumenta ela. A hipótese de uma filha da bolsonarista ou de Eduardo Cunha engravidarem de um estupro não serviria de exemplo, pois ambos têm recursos para abortar nas clínicas clandestinas frequentadas pelas mais ricas. É andar para trás. Agora, imagine uma menina de 12 anos, moradora da periferia, ca

O que dizem os números

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Nesse momento em que Lula se dá conta de que ou corta gastos, ou seu governo explode – enquanto um terrorista aciona bombas na Praça dos Três Poderes –, circula nas redes um desabafo do presidente, cansado de sofrer pressões dos que estão por cima da carne seca. “A gente discutindo o corte de R$ 10 bilhões, R$ 15 bilhões, e de repente você descobre que tem R$ 546 bilhões de benefícios fiscais para os ricos desse país. Como é possível?” A Confederação da Agricultura, por exemplo, tem uma isenção de quase 60 bilhões. O setor de combustíveis, de quase 32 bilhões, contabiliza.  “Você vai tentar jogar isso em cima de quem? Do aposentado, da dona de casa, da empregada doméstica?” Claro, porque sempre foi assim, em cima dos mais fracos... Lula menciona a desoneração a 17 setores da indústria que acaba de ser aprovada. “Qual é a estabilidade no emprego que eles garantem? Qual é o aumento de salário que eles garantem? Nenhuma. Apenas pegam a isenção fiscal, não têm nenhum compromisso com o povo

Discurso bipolar

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     “A defesa da democracia e da liberdade não será consequente enquanto não se restaurar no nosso país a possibilidade de diálogo entre todas as forças da nação.  E nisso as instituições têm papel fundamental . Por isso, apelo a todas as correntes políticas e aos líderes das instituições nacionais para que, neste momento de tragédia, deem os passos necessários para avançar na pacificação nacional”. (No caso, sua própria anistia). “Qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou”(...) "Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança". (...) "Não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que o processo é seguro e confiável". (...)  Não podemos admitir um ministro do TSE também usando sua caneta para desmonetizar páginas que criticam esse sistema de votação". (...)  "Não vamos mais admitir pessoas como Alexandre de Moraes continue a açoitar a nossa democra