A história se repete
Há cem anos, ao meio dia de 21 de novembro de 1918, soaram as sirenes em São Francisco, nos EUA. Era o anúncio do fim do confinamento e o convite à volta à normalidade. Fora um árduo ano de sacrifícios, sob as duras medidas adotadas para conter a gripe espanhola, que matou 50 milhões de pessoas no mundo. A Primeira Guerra acabara dez dias antes e a população saiu às ruas, cheia de motivos para comemorar. Ninguém aguentava mais o isolamento. Todos voltaram eufóricos aos restaurantes, aos teatros e jogaram suas máscaras no lixo. Festejavam a vitória à mais mortal pandemia que até então já atingira o planeta. São Francisco fora das primeiras cidades americanas a se submeter ao distanciamento e ao uso obrigatório de máscaras. Só que poucas semanas após aquele relaxamento os casos e as mortes voltaram a subir. E quando as autoridades tentaram reativar as medidas obrigatórias de prevenção, que ninguém aguentava mais, começaram os protestos. A “Liga-Anti-Máscaras” - cuja existência já m