Domingão imperdível
Hoje é o último dia para apreciar as exposições “Enquanto” e “Livros e Arte”, na Casa Roberto Marinho. O espaço, no Cosme Velho, corresponde a uma viagem ao que há de melhor no mundo em matéria de museus. Não só pelas mostras em si, como pela beleza da casa propriamente dita e de seu jardins. Nesse verão tórrido, também é um bálsamo assistir aos filmes sobre as mostras e a própria casa, em confortável poltrona com ar condicionado. De tudo o que vi, o destaque fica para os quadros de Roberto Magalhães, o monstro dos pinceis que completa 80 anos. Isolado em Mauá, ele expôs sua produção dos tempos de quarentena, como sempre, impactantes. Porém, o auge de seu vigor estão nas telas de “Livros de Arte”, onde o “Ministro do Inferno” nos remete, sem escalas, a Pazuello, embora sem desnecessárias citações explícitas. Sem dúvida nosso ministro da Saúde personifica aquele tenebroso personagem. “Enquanto”, por sinal, é a prova viva de que os artistas não dormem no ponto. Carlos Vergara, Lu