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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Quando vence a tradição

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  Enquanto por aqui se discute se a reconstrução que venceu o concurso para o Museu Nacional, destruído por um incêndio em 2 de setembro de 2018, vai descaracterizar a memória monarquista do imóvel, o presidente da França, Emmanuel Macron, bateu o martelo: a reconstrução de Notre Dame será exatamente igual à original, de 1859, como era antes do incêndio de 15 de abril de 2019. Após o incêndio em Paris, o que não faltou foram arquitetos e designers de todo o planeta propondo novas roupagens à torre e a seu pináculo. Pensou-se em telhados transparentes e até na instalação de hortas para alimentar as populações carentes. Partes do governo francês eram também favoráveis a mudanças para alterar os traços originais do arquiteto Viollet-le-Duc. Macron chegou a dizer na época do incêndio que a reconstrução seria “ainda mais bonita do que era”. Nesse caso, contudo, a tradição venceu. O primeiro ministro, Édouard Philippe, ainda anunciou uma competição internacional de reconstrução de um nov

Farsa de erros e crimes

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Uma infeliz sequência conduziu Bolsonaro à presidência. A insatisfação com a corrupção de governos petistas, o anseio pelos donos do dinheiro por uma economia liberal e a facada, que transformou o candidato em vítima e o poupou dos debates, seriam os principais fatores.  O que não dá para entender é como as Forças Armadas mantêm seu apoio ao ex-capitão, que leva seu nome à lama com essa desastrada, para não dizer criminosa, condução da pandemia por um general da ativa. Só poder e salários explicariam, afinal, são 6.157 militares em postos civis, sendo 3.029 da ativa. É também incompreensível a manutenção do apoio pelo mercado financeiro, para quem a demissão do presidente da Petrobras, com vistas a um populista controle dos preços dos combustíveis, já deixou claro que esse governo não tem nada de liberal como deseja a turma da Faria Lima. Nem vai ter. Quando Sérgio Moro, a maior bandeira da luta contra a corrupção, foi defenestrado na queda de braço pelo aparelhamento da PF, supunh

Queiroz pode voltar à cena

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  A estratégia da defesa, que fez Flávio Bolsonaro comemorar essa semana o “fim do pesadelo de dois anos”, ainda pode ser revertida. Graças aos envolvimentos do 01 com as milícias:  As mensagens trocadas entre o faz tudo do clã, Fabrício Queiroz, e Danielle da Nóbrega, ex-mulher de Adriano Nóbrega, matador que presidia o Escritório do Crime, são as provas que podem prosseguir as investigações sobre Queiroz. Na conversa por WhatsApp , em dezembro de 2018, Queiroz explicou a Danielle que ela estava sendo demitida do gabinete de Flávio na Alerj por conta das investigações que ele e o então deputado, hoje senador, eram alvos. A prova, portanto, independe do Coaf, cujo relatório – também em vistas de ser anulado pela Quinta Turma do STJ, sob os auspícios do candidato à próxima vaga no STF, João Otávio Noronha – pode ser anulado se for considerado ilegal. O Coaf, por sua vez, desidratou-se, como por milagre. Em agosto de 2019 o Coaf (Conselho de Controle de Atividade Financeira) passou d

Quando vence o bandido

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  Sabe aquela sensação desagradável de sair do cinema e o bandido levou a melhor? A anulação da quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro, com sua postura cínica e arrogante, traduz o mesmo sentimento.  Pode piorar, se essa vitória da defesa do 01 pleitear o fim da prisão domiciliar de Fabrício Queiroz, onde está desde junho. Como bem disse o colunista Bernardo Mello Franco, pode-se acusar Bolsonaro de tudo, menos de descuido com a prole. Ele está em vias de concluir a maior obra de seu governo: a blindagem do primogênito. Como pano de fundo, vê-se a disputa dos puxa sacos pela conquista da próxima vaga do STF, encabeçada pelo PGR Augusto Aras e por João Otávio Noronha, o “amor à primeira vista” do presidente, peça chave para a decisão que acaba de ser tomada pela Quinta Turma do STJ em relação a Flávio. Toda aquela novela das rachadinhas (que também assombram Arthur Lira, presidente da Câmara), os saques em espécie, a lavação de dinheiro pela loja de chocolates (pel

Aos milicos, tudo

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  Nesse momento em que a Petrobras perde R$ 100 bilhões em valor de mercado – mais do que três meses de Bolsa Família –, que o governo não sabe de onde tirar o necessário auxílio emergencial e não consegue abastecer o país com vacinas, é de estarrecer o gasto com os militares.  Como a Saúde, foi o único a ter aumento no orçamento, que chegou a R$ 118 bilhões. Só nos últimos dois meses, a União pagou R$ 128,2 milhões de pensões às 68 mil filhas de militares, só do Exército. Marinha e Aeronáutica não contam. A aristocrática casta acumula benefícios desde o século XIX, devidamente turbinados pelo atual governo. Em 2019, o déficit com inativos e pensionistas das Forças Armadas, correspondentes a apenas 1,16% dos aposentados no país, respondeu por 15,4% do rombo total da Previdência. Com a reforma da Previdência, os milicos mantiveram os direitos à aposentadoria igual à última remuneração, hoje em R$ 30 mil, e de paridade, com igual reajuste entre inativos e da ativa. E, como a alíquota d

O milagre da Flor da Lua

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Era o ano de 1989 quando recebi da editora Salamandra, “Margaret Mee, em busca das Flores da Floresta Amazônica”. O sonho de desenhar a Flor da Lua, que a ilustradora botânica inglesa perseguia desde 1964, se realizou em emocionante e arriscada expedição, em maio de 1988. “Sentia-me enfeitiçada. A primeira pétala começou a se mexer, depois outra e mais outra e a flor explodiu para a vida”, exultou Mee, que  perdeu a vida  no mesmo ano , aos 79, em estúpido acidente de carro em Londres. O risco corrido por Mee para realizar seu sonho, que alçou ao conhecimento mundial a floração do cactus Selenicereus wittii , foi acompanhado pelo conforto de uma transmissão virtual por 200 mil pessoas em 20 de janeiro. O magnífico espetáculo do desabrochar da Flor da Lua foi exibido pela Cambridge University Botanic Garden, na Inglaterra, em cuja estufa repousa um exemplar do cactus amazônico.  Fiquei fascinada quando recebi, pelo Jornal do Brasil, onde trabalhava, o primoroso livro em formato de a

Canhões ao vírus e armas às milícias

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  Estava no Jornal do Brasil, em 2018, quando me surpreendi com a resiliência da greve de caminhoneiros que botou o país de joelhos.  Na época, não havia a interpretação de quem estava por trás do movimento. Hoje se sabe que a orquestração era regida pela extrema direita e pelos correligionários que se formavam em torno de Bolsonaro. O mesmo que, para manter a fidelidade à categoria, demitiu o presidente da Petrobras e, só na largada, causou prejuízos de R$ 28 bilhões, algo similar ao que fez Dilma, que terminou por levar a  empresa de economia mista à falência .  Daquela vez, contudo, o ato populista se voltava a uma parcela bem mais ampla da população. Não há dúvidas de que Guedes já deve estar com seu saco na lua. Claro que ele já percebeu que o chefe não tem nada de liberal, assim como Sérgio Moro sacou que Bolsonaro só falava em corrupção da boca para fora.  Até hoje não houve uma privatização ou movimento do governo a uma economia liberal, enquanto os podres do clã são poster

Extrema direita afia suas garras

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  Nessa gangorra entre o bolsonarismo e o resto, não há dúvida de que a decisão da Câmara de manter a prisão de Daniel Silveira – subitamente alçado a celebridade – foi um alívio. Porém, quem acha que essa pequena vitória ajuda a desestabilizar a extrema-direita, se engana. Ela continua   a usar e abusar de suas redes de disseminação de fake news . Partimos pelo banimento  de várias plataformas  de Trump . Ponto para a turma dos 70%. Aqui, a Terça Livre, de Allan dos Santos, também foi banida pelo YouTube, além das contas de Silveira no Facebook, Instagram e Twitter, por ordem de Alexandre de Moraes. Mais pontos para o lado de cá. Enquanto isso, a extrema direita, como os delirantes QAnon, partiu para a rede social Parler. Só que a Amazon cancelou seu contrato com a rede e esta passou um mês fora do ar. A tropa de choque rumou, então, para o Telegram.  Um estudo do site Aos Fatos mostrou que a visualização compartilhada por esses canais aumentou cinco vezes em um mês. Feito praga,

Perseverança espacial

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  Se aqui na Terra, mais exatamente no Brasil, a coisa tá russa, com a conjugação entre a pandemia e o pandemônio que é a (indi) gestão Bolsonaro, o jeito é fugir para o espaço, onde há razões para se comemorar. Quinta-feira, pousou em Marte  o  Perseverance ,  a maior missão da história da NASA, em parceria com a Agência Espacial Europeia . O nome já diz tudo: o prodígio tecnológico, com uma tonelada e 23 câmeras, busca vestígios de vidas passadas no planeta vermelho. Dá para imaginar a festa da equipe ao constatar o sucesso da operação de pouso. Se a viagem tivesse acontecido há 3,5 bilhões de anos, a nave pousaria em meio a um lago de 45 quilômetros de diâmetro, alimentado por um rio que carregava sedimentos. É essa a interpretação científica para a existência da cratera Jezero naquele local. Os cientistas acreditam que naquela época Marte era um planeta tão azul quanto a Terra. Especula-se que teria sido nesse gêmeo gelado que teriam surgido as condições para o surgimento da vi

O que dizem os números

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  Enquanto a média de infecções pela Covid-19 caiu  cerca de 45%  no planeta, entre janeiro e fevereiro, no Brasil foram 2,1 milhões de novos casos nos primeiros 44 dias do ano. Agora, ultrapassamos a barreira dos 100 milhões de infectados, que podem ser o dobro, segundo as secretarias de Saúde.  A média diária foi de 48,5 mil casos e 43.583 óbitos no mesmo período, e 991 mortes diárias. No sábado de carnaval, 11 estados tinham tendência de alta e apenas cinco, de queda. As causas dessa situação catastrófica só não vê quem não quer. Assim como Trump, Bolsonaro poderia evitar muitos dos quase 250 mil óbitos se não tivesse menosprezado a gravidade da pandemia, adotado o negacionismo e remédios ineficazes e sabotado o poder de fogo – sim, essa seria uma linguagem que ele entende - do ministério da Saúde. O quê ele fez quando assumiu o novo presidente da Câmara? Cobrou urgência na medida provisória que sobe para seis o numero de armas que cada cidadão pode ter em casa.   Esse mês o p

Para o circo pegar fogo

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Vivemos um momento tão surreal no país que as pessoas parecem ter se anestesiado.  Enquanto nos descolamos dos índices mundiais de contaminação pelo coronavírus – sim, a pandemia começa a dar sinais de ceder no planeta, enquanto nós mantemos nossos casos e óbitos em ascensão –, a primeira mensagem enviada pelo presidente ao novo presidente da Câmara pede mais acesso às armas pela população.  Quem pode achar isso normal? Bolsonaro quer que cada brasileiro tenha ao invés de quatro – número já dobrado por outra medida sua de 2019 – seis armas dentro de casa. Imagina quanto não leva nesse lobby... Os novos registros de armas concedidos pelo Exército bateram recordes entre 2019 e 2020: foram 178.721 armas, superando os registros de 2009 a 2018, quando havia 150.974.  E Bolsonaro ainda diz que o povo está vibrando em se armar. Invencionice que só serviria aos ricos, porque os pobres continuarão a ser reféns da bandidagem, enquanto o Estado não consegue defendê-los. Os apoiadores de Bols

Negacionismo atávico

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  Não é de hoje que autoridades se comportam de maneira negacionista no Brasil. A diferença, porém, é que no passado, quando a gripe espanhola matou 15 mil pessoas só entre setembro e novembro de 1918, o conhecimento científico ainda era ínfimo por aqui. Entre 1918 e 1920, período de maior atividade da pandemia no Brasil e no mundo, tivemos três presidentes: Wenceslau Braz, Delfim Moreira e Epitácio Pessoa. Cada com seu jeito diante da pandemia. O para-raio inicial foi o médico Carlos Seidl, diretor geral de saúde pública, que correspondia a ministro da Saúde. Foi ele quem poupou o então presidente Wenceslau Bras. No segundo semestre de 2018 o bicho começou a pegar, quando a espanhola desembarcou nos portos brasileiros. Em meio às mortes que começavam a se multiplicar,   ninguém foi mais alvo de acusações do que Seidl. Diante das primeiras notícias sobre a gripe espanhola o governo brasileiro negou sua gravidade.  Os assustadores índices de mortalidade, contudo, obrigaram a adoção da

De volta à majestade

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  O Parque Guinle volta a viver seus momentos de glória, com a restauração do portão que saiu de Paris em 1911, das forjas da Schwartz & Meurer, no Boulevard de La Villete, direto para o parque que ornava o palacete do industrial Eduardo Guinle (1846-1912). A prefeitura chegou a ser condenada pela Justiça a realizar a obra, que acabou tocada, por seis meses, pelo projeto Revitaliza Rio, iniciativa da Carioca DVA e do ICCC, em parceria com a produtora Das Lima. O financiamento veio da iniciativa privada pelas leis de incentivo à Cultura. O restauro foi chancelado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade e executado pela Concrejato. Valeu a pena. Com sua majestade, tombado pelas três esferas de poder, o portão voltou a ser o mais belo e aristocrático da cidade . Para uma antiga frequentadora como eu, estranhei que os anjos sobre a as esfinges, antes no cinza chumbo do bronze, agora são dourados, como em 1912, quando o conjunto foi inaugurado. Os leões que ladeiam o portão, rep

Carta de desejos

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  Que o Programa Nacional de Imunização (PNI) sempre foi motivo de orgulho para os brasileiros não é novidade. E nessa hora, em que mais precisamos dele, sua estrutura tem sido ignorada pela gestão negacionista de Bolsonaro e Pazuello.  General que, por sinal, jamais fez curso de logística, como acaba de constatar o Correio Brasiliense que investigou seu histórico na AMAN.  Sua ignorância e despreparo expostos no Senado semana passada até agora só serviram para o presidente Rodrigo Pacheco endossar o discurso bolsonarista, sentar em cima da CPI e dar tempo para mais mortes nos assombrarem. Quem afirma é a microbiologista, Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência: “O PNI não é órgão independente, mas braço técnico do ministério.  Seus dirigentes, no entanto, deveriam valer-se de canais oficiais e da mídia para esclarecer a população e os gestores sobre a aplicação correta do protocolo e tranquilizar quem ainda teme as vacinas”, disse ela em sua coluna no Globo.

Nem tudo está perdido

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  Confuso o rescaldo das primeiras ações dos novos comandantes da Câmara e do Senado alinhados a Bolsonaro. Na quinta-feira, o cacique Rodrigo Pacheco saiu do interrogatório ao Ministro Pazuello – um desastre, que ouviu calado críticas a Bolsonaro e a si próprio e que não tem formação em Logística! – com panos quentes: “temos que acreditar no que ele diz, que vai vacinar todos os brasileiros até o fim do ano”, tergiversou, quando todos vemos a catastrófica gestão do pau mandado do presidente que, pasmem, continua a defender a cloroquina. Pacheco tenta adiar a decisão pela abertura da CPI da Pandemia, que até a noite de quinta-feira tinha 31 assinaturas – uma a mais, portanto, do que o necessário. O governo lançou Pazuello às feras do Senado justamente para tentar impedir que essa CPI vá para frente. Na câmara, o esperto Arthur Lira estreou a primeira votação com a autonomia ao Banco Central, questão de longa data consensual entre os parlamentares. Qual a importância da independênci

DNA da passagem da boiada

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  Não bastou a sucessão de incêndios que devastaram a Floresta Amazônica e o Pantanal no segundo semestre de 2020. A confissão do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles  de que passaria a boiada , na fatídica reunião ministerial de 22 de abril, se confirmou por um estudo da UFRJ.  Liderado pelas ecólogas Mariana Vale e Rita Portela, ele aferiu uma redução na aplicação de 72% das multas durante a pandemia. A malandragem de Salles era aproveitar a atenção da mídia sobre a Covid-19 para impor mudanças nas regras ambientais que não precisariam passar pelo Congresso. Segundo as especialistas, desde o início do governo de Bolsonaro 57 atos legislativos serviram para enfraquecer as regras de preservação ambiental.  Quase a   metade desses atos, ou 49%, aconteceram após a pandemia de Covid-19. O pico se deu em setembro de 2020, quando as queimadas cresceram 30% em relação a igual período de 2019. O estudo foi baseado em publicações do Diário Oficial da União, com foco em "atos infra

Milagres do aparelhamento

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  O matador Adriano Nóbrega, ex-capitão do Bope e líder do Escritório do Crime, foi assassinado 9 de fevereiro de 2020 na controversa operação que dividiu policiais da Bahia – onde ele estava foragido – e do Rio de Janeiro.  Por duas vezes, o nome de Bolsonaro foi citado nas escutas telefônicas de sua irmã, Tatiana Nóbrega, que começaram em 6 de fevereiro de 2020. Só que este monitoramento foi suspenso, sem explicação, em 21 de fevereiro do mesmo ano. Em 14 de fevereiro Tatiana lamentou, em ligação interceptada junto a uma desconhecida, a dificuldade para liberar o enterro do irmão. Disse que ele mexia com muita gente e citou o presidente Jair Bolsonaro.  No dia seguinte, Luiz Carlos Felipe Martins, o Orelha, um dos homens de  confiança do miliciano, afirmou que “Adriano dizia que se fodia por ser amigo do Presidente da República”.  Foi dessas conversas que saiu a denúncia, pelo MP do Rio, das ligações de policiais e ex-policiais com a milícia de Rio das Pedras e da Muzema, na Zona Oes

Vacina para todos até setembro!

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  Em meio às discussões sobre a participação do setor privado na campanha de vacinação, eis que Luiza Helena Trajano, CEO do grupo Mulheres do Brasil e do Magazine Luiza, mete a mão na massa com a energia de quem cava soluções. É dela a iniciativa, junto a um grupo de empresários e entidades, de viabilizar a vacinação de todos os brasileiros até setembro. Lufada de oxigênio, diante do imobilismo do Executivo, que só pensa em aumentar o acesso da população às armas (imagino o quando esse governo ‘sem corrupção’ não estará levando com esse lobby). “Queremos usar nossa experiência, nossa força, para ajudar a destravar os problemas. Por exemplo, coisas que pelo rito normal demorariam um mês, queremos solucionar em 15 dias”, disse ela ao Globo. “Tem muita gente jogando contra, muitas pessoas com resistência à vacina, precisamos esclarecer isso”, acrescentou. “A gente não discute política, não procura culpado. A gente discute como levar a vacina até todas as pessoas de nosso país”, dei