Moro e Dallagnol, de heróis a vilões
Desde a Vaza Jato, o império de ética e moralidade erguido em torno do ex-juiz Sérgio Moro e do então procurador Deltan Dallagnol só fez desmoronar. O cargo no ministério da Justiça no governo do capitão seria a gota d’água. Se fatos novos não continuassem a se suceder. O mais recente foi a denúncia de extorsão sofrida da dupla pelo advogado da Odebrecht, Tacla Duran. Agora, chegou a vez do proprietário da empresa, Emílio Odebrecht, em seu livro de memórias publicado pela Topbooks. No Estadão, o empresário acusa a força- tarefa de criar uma “fábrica de delações” para forjar provas. Ele relata blitz de madrugada nas celas dos executivos da construtora, em Curitiba, para forçar depoimentos por meio de humilhação. Era a tática para assegurar o fluxo de operações. Como se sabe a operação prendeu Marcelo Odebrecht, filho do empresário e outros quatro diretores da construtora, então, a maior do país, que sofreu um apagão de contratos, bloqueio de recursos e fechamento de cante