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Mostrando postagens de novembro, 2023

Curto circuito entre aliados

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  Se há algo de saboroso é quando ex-auxiliares do inelegível começam a bater cabeça para acobertar seus ilícitos. É o que acontece entre Frederick Wassef, advogado da família, e Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secom do governo anterior. Em depoimento à PF, segundo a Veja, Wassef contou que suas férias nos EUA já estavam marcadas (ao contrário da versão de que ele teria ido lá só para isso), quando começou a receber insistentes ligações de Wajngarten. Este, implorava para que ele fosse à loja Precision Watches , na Pensilvânia, recomprar o Rolex e o Patek Philippe vendidos quase um ano antes no mesmo local pelo ex-faz tudo Mauro Cid. O objetivo era não turbinar ainda mais a crise já iniciada com as joias das Arábias. Estas últimas, como se sabe, avaliadas em R$ 16,5 milhões, foram flagradas no Aeroporto de Guarulhos em outubro de 2021, dentro da mochila do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que virou muambeiro de presidente. Para recomprar o relógio, Wassef teria

Rumo à cadeia encurtado com Gonet

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  No que depender da avaliação de integrantes da PF e do STF, Paulo Gonet, o novo PGR, não continuará a passar a mão na cabeça do inelegível, como fazia o antecessor, Augusto Aras. Conforme a jornalista Andreia Sadi, Gonet tende a agilizar as investigações sobre a delação premiada do ex-faz tudo Mauro Cid, assim como outros episódios que envolvem o ex-presidente, até agora ignorados pela PGR. Um dos principais fatores que apontam neste sentido é a afinidade de Gonet com o ministro Alexandre de Moraes, um dos responsáveis pela delação. Por essas e outras, a PF aguarda o encaminhamento das primeiras denúncias para o primeiro semestre do próximo ano.   Ministros do STF ouvidos por Sadi veem o novo PGR com um perfil extremamente legalista, de quem nem persegue vítimas ou passa panos quentes em potenciais culpados. Apesar de seu perfil conservador (ele votou contra criminalizar o Estado pelo assassinato da estilista Zuzu Angel, por exemplo),   o novo PGR é apontado como personagem c

Flávio volta a se encalacrar

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  A compra por Flávio Bolsonaro de uma mansão por R$ 6 milhões no Lago Sul de Brasília (foto), em fevereiro de 2021, foi criticada até por aliados. A primeira instância do TJ engoliu a transação, afinal, o papai ainda era o presidente. Só que os desembargadores da 4ª Turma Cível do TJDFT derrubaram a decisão judicial na semana passada, segundo o Estadão, e exigem que o senador apresente documentos comprovando renda para fazer a milionária aquisição. A compra ocorreu graças ao empréstimo de R$ 3,1 milhões do Banco de Brasília (BRB), quando o 01 não dispunha de salário para bancar a mordomia. Ou seja, com a decisão as investigações sobre o caso serão retomadas, após recurso da deputada federal Erika Kokay (PT-DF) contra o arquivamento da ação popular movida contra Flávio e o BRB. Kokay alega que a renda de Flávio e da esposa, Fernanda, de cerca de R$ 36 mil, seria insuficiente para obter o tal empréstimo de R$ 3,1 milhões. O próprio banco simulou que as parcelas mensais ficariam

Mais um fracasso bolsonarista

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  Seria cômico se não fosse trágico: a palavra de ordem do ato bolsonarista do último domingo era “em defesa do estado de direito”. Que direito? De depredar a Praça dos Três Poderes em protesto contra a posse do presidente Lula, democraticamente eleito pelos brasileiros? Organizado pelo pastor Malafaia que, além da baixa adesão, não conseguiu atrair sequer o inelegível e seus zeros à esquerda, bem como a ex-primeira dama, que corre atrás da vaga de Sérgio Moro no Senado.  Sendo que ele ainda nem saiu de lá... A participação de 13.321 saudosistas que embarcaram na enganação de Malafaia – provavelmente ele ainda não conseguiu as benesses desejadas para apoiar o novo governo – foi de menos da metade dos 32.691 que estivaram no Sete de Setembro de 2022, transformado em campanha eleitoral. O evento repetiu o baixo quórum das últimas tentativas da turba, como a do 15 de novembro e a manifestação antiaborto de outubro, em Belo Horizonte, esta com a participação do ex-presidente (que tem

EUA têm bomba mais potente que a de Hiroshima

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  Nesse assustador cenário de escalada na guerra entre Israel e Hamas – que faz a guerra da Ucrânia parecer história-da-carochinha -, os EUA anunciaram o projeto de uma nova bomba atômica 24 vezes mais potente que a de Hiroshima. Conhecida como B61-13, segundo O Globo , a arma deve substituir as antigas bombas B61-7. Ambas detêm semelhante poder de destruição, com capacidade máxima de 360 kilotons. Para padrões de comparação, uma bomba de 10 quilotons é capaz de gerar uma bola de fogo de 200 metros de altura. A iniciativa, porém, ainda depende de autorização do Congresso dos EUA para começar a ser usada. No entanto, com essa tendência predominante à extrema-direita, alguma dúvida de que o projeto será aprovado? Conforme as autoridades americanas, a nova arma disponibilizará ao país mais opções contra alvos militares maiores e mais difíceis de atingir. O armamento , que começou a ser fabricado em 2022, também reduzirá a quantidade de bombas B61-12 produzidas. O novo explosivo, mai

Efeitos do liberou geral das armas

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  Em menos de um ano do fim do governo anterior colhemos os piores frutos da política de ‘armar os cidadãos de bem’ (o  lobby  pessoal do filho Eduardo nada mais é que uma fonte de renda): a explosão dos casos de desvios de armas legalizadas para o crime. Sem falar na metralhadora que derruba aviões ainda desaparecida do arsenal de guerra de Barueri (SP) e do fuzil furtado na Academia de Agulhas Negras, esse ano batemos recorde em armas furtadas ou extraviadas dos CACs. A média de armamentos que acaba nas mãos do crime em 2023 é de 126 por mês, ou quatro por dia, segundo levantou  O Globo . De janeiro a outubro foram 1.259 ocorrências. Em 25 de junho, por exemplo, um homem com registro de CAC, de Londrina (PR), avisou à polícia que um assaltante armado roubara duas pistolas e um fuzil adquiridos por ele com autorização do Exército. Os policiais descobriram, porém, que o CAC tentava esconder a venda de armas feita ao tráfico de drogas. Foram apreendidas 18 armas em sua casa. Já

Uma PEC fora de hora

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  Me tornei uma eterna fã do STF por seu papel de garantir a continuidade de nossa democracia. Não tenho dúvidas de que devemos a ele a eleição de Lula – não especificamente de quem foi, mas daquele capaz de derrubar o capitão. De minha parte, achei que determinadas decisões monocráticas foram essenciais para suprir o vazio deixado por Augusto Aras. Houve grita dos oponentes porque o Supremo estaria ultrapassando suas atribuições constitucionais. Não fosse isso, porém, venceria a reeleição, com todos os golpes baixos do inelegível, que não pretendo repetir aqui. Ok. Voltamos a respirar ares mais puros, democráticos, e os votos monocráticos perdem a necessidade, até porque não estão previstos na Constituição. Por outro lado, o que justificaria a votação da PEC pelo Senado neste momento? O que teria movido o até então cordato Rodrigo Pacheco a assumir a inconveniente beligerância entre os Três Poderes agora? Precedida de outras tentativas de derrubar decisões anteriores da Corte

Queiroz chantageia o clã

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  Após longa temporada de hibernação, eis que Fabrício Queiroz – o operador das ‘rachadinhas’ do então deputado Flávio Bolsonaro – volta a mostrar as garras. Mais exatamente em mensagens de voz por whatsApp a Alexandre Santini, ex-sócio de Flávio na loja da Kopenhagen , onde empareda o clã. Revelados pelo Portal Metrópoles, os recados de Queiroz cobram dinheiro da famiglia para se manter em silêncio sobre os podres que conhece.     “Eu tô precisando de uma grana emprestada aí e depois eu vejo com o amigo (Flávio) lá pra te pagar aí, cara”, pede. “Eu sei que eles (os Bolsonaro) estão numa sinuca de bico do c... Acho que eles queriam tudo na vida, menos esses problemas que estão enfrentando com esse bandido aí voltando ao poder”, diz, referindo-se à eleição de Lula. Queiroz admite que já recebeu apoio financeiro deles, reclama por considerar não ser tratado como outros aliados do clã e admite conhecer seus rolos muito bem.   “A mulher do Victor tá lá pendurada no gabinete ganh

Economia melhora e mercado não vê

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Não é novidade para ninguém a parcela de responsabilidade do empresariado brasileiro pelos 21 anos de ditadura militar vivida no Brasil. Eles só começaram a largar o barco depois que a inflação fugiu totalmente ao controle. Pois outra casta privilegiada mantém o gosto. Na mais recente pesquisa Genial/Quaest com agentes do mercado financeiro, 39% acham que o ministro Fernando Haddad se enfraqueceu com a polêmica do déficit zero e só 12% o acham mais forte. 100% creem que a meta não será cumprida. Os que avaliam negativamente Lula e Haddad passaram de 47% para 52%. Já a avaliação positiva desceu de 65% para 46% e para 43%. Na pesquisa de março, 73% viam risco de recessão em 2023. Só 27% achavam o contrário. Agora a equação virou: 27% acham que pode haver recessão e 73% pensam o contrário. Por que não há como acreditar nisso com o atual cenário. 51%, acreditam que o PIB crescerá menos de 3%, bem mais que a aposta inicial, de pouco mais de 0,5%. Detalhe: 67% deles atribuem o cres

PGR denuncia trogloditas do PL

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  Coincidência ou não, dois parlamentares denunciados pela PGR por violência doméstica e racismo são bolsonaristas. Do PL. Um deles é o retumbante Zé Trovão (PL-SC), aquele que trovoava ameaças dos caminhoneiros contra o país. Conforme o G1, sua ex-noiva, Ana Rosa Schuster, teve o pescoço apertado por ele no último domingo, enquanto o parlamentar ameaçava: "Vou acabar com você!", no momento em que ela recolhia seus pertences para deixá-lo. Com isso, Ana Rosa conseguiu obter medida protetiva da Justiça do DF após levar o caso à polícia civil.   Apelidado Trovão por motivos óbvios, Marcos Antônio Pereira Gomes foi eleito deputado federal com 71.140 votos em outubro de 2022. Aliado do capitão, o truculento chegou a ser preso em outubro de 2021 por descumprir ordens judiciais. Na época, ele se apresentou à PF. Antes, contudo, saiu do país e ficou foragido por cerca de dois meses. Acabou liberado e foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica. Em nota, Trovão afirmou que

É vital escapar das armadilhas

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  De apavorar. Conforme a colunista Vera Magalhães, viralizou um post de apoiadores do novo presidente argentino com a assustadora ameaça: "Javier Milei 2023/Donald Trump 2024/Jair Bolsonaro 2026". Milei levou. Apesar de todo o carisma do adversário, seria mesmo quase impossível que a vitória coubesse ao ministro da Economia de uma gestão com 140% de inflação ao ano. Porém, se o vencedor fizer a metade das loucuras que promete não chega nem à metade do mandato. Assistimos de camarote ao cenário da possível vitória de Trump nos EUA, apesar de todas as suas trapaças, inatingíveis pela Justiça em terras de Tio Sam, ampliadas pela quase impossibilidade de reeleição de um presidente tão velhinho, previamente condenado pela idade avançada. Além disso, os democratas não conseguiram encontrar um nome à altura para competir com o demo em pessoa. E tudo indica que ele voltará ao trono. Sinistro. Aqui, ao menos o TSE conseguiu condenar o capitão por duas vezes à inelegibilidade

Está tudo contaminado

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  Durante a ditadura militar eu temia tanto os policiais quanto os bandidos. Porém, como mostra “Milicianos: Como agentes formados para combater o crime passaram a matar a serviço dele” (Objetiva), que acaba de ser lançado, não mudou muito. Embora por razões distintas. O livro, de Rafael Soares, nasceu após mais de um ano de apuração em mais de dez mil páginas de processos judiciais e documentos, além das dezenas de fontes entrevistadas. Monta a nefasta história das milícias fluminenses. O depoimento do ex-miliciano André Vitor de Souza Corrêa, o Dufaz – na esperança de fechar acordo com a Justiça -, por exemplo, disseca a parceria entre as forças de segurança e a milícia. Ele conta que circulava armado pela cidade com farda da PM, embora não fosse policial. Segundo disse, os PMs vendiam armas apreendidas em operações contra o tráfico para a milícia e entregavam aos paramilitares os rivais detidos para serem executados. Seu depoimento contribuiu para a condenação de 26 milician

Dino, o alvo preferencial

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  Quando o capitão pintava e bordava durante seu governo, era um consolo ouvir a voz ponderada de Flávio Dino, que chegou a ser apontado como alternativa à presidência. Embora seu estado natal e a filiação ao PSB prejudicassem. Pois Lula encontrou um lugar sob medida para ele, com espaço sobressalente para seus quilos extras. Tão perfeito que o troco não custou a vir a cavalo. Conforme a Revista Fórum, quando Dino anunciou no início de outubro investimentos de R$ 900 milhões para combate ao crime organizado e, um mês depois, criou o Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), para rastrear o caminho percorrido pelo dinheiro do que ele chamou de “narcomilícias”, começou a fritura. De parte dos governistas e sobretudo da oposição. “É um escárnio, um absurdo, inaceitável que os industriais da morte estejam com mansões em Angra dos Reis, avião, helicóptero. Isso é um tapa na cara dos cidadãos honestos do país”, argumentou ele o lançar o Cifra. O pri

A subversão das Forças Armadas

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  Este ano foram destinados R$ 122,85 bilhões à Defesa. Ainda assim, fora os militares envolvidos no 8 de janeiro, ainda resta uma metralhadora capaz de derrubar aviões desaparecida do Arsenal de Guerra de Barueri (SP). Recentemente foi roubado um fuzil na Academia de Agulhas Negras, e a mais nova notícia fora dos trilhos vem do UOL, que descobriu que a Aeronáutica não compartilha com a PF e o MP as informações sobre voos ilegais na Amazônia. Para que tanto dinheiro a um setor que deveria cuidar de nossa segurança que tem subvertido a sua função precípua? Embora a FAB catalogue os voos ilegais que atravessam a região Amazônica, as informações não são repassadas aos órgãos responsáveis por investigar o crime organizado.  Apesar de insistentes pedidos tanto da PF quanto do MP de compartilhamento dessas informações.  São dados que poderiam ser preciosos para apoiar, por exemplo, as investigações em território Yanomami sobre os garimpos ilegais, situação ainda fora de controle.   E

Troca de seis por meia dúzia na PGR

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  Após a rasteira providenciada contra o ministro Flávio Dino, que praticamente enterrou suas chances de passar ao STF – embora ele também vá muito bem onde está -, as perspectivas de substituição na PGR são trágicas. Paulo Gonet (foto) é hoje o franco favorito para ser indicado ao cargo por Lula. A troca está prevista para até a próxima segunda-feira. Depois, será a sabatina no Senado. Ao que parece, Lula prefere afagar os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, defensores do nome do subprocurador para a PGR, do que zelar pelo seu futuro próximo. Mais um Aras ninguém aguenta... Já citei aqui dois episódios nefastos envolvendo a criatura em questão. Gonet, à época membro da extinta Comissão dos Mortos e Desaparecidos, votou contra o consenso de que Zuzu Angel foi assassinada pela ditadura, apesar de todas as provas coletadas pela filha, Hildegard Angel, de que o acidente que a matou foi provocado por agentes militares. Quer dizer, ele foi contra fazer justiça a Z