Bolsonaro sabia de tudo
Quem poderia acreditar que Bolsonaro nada sabia sobre as negociatas feitas com a Covaxin? O gado, talvez. Após lançar mais essa mentira de pernas curtas, o presidente condenou sua equipe de fake news a malabarismos para encobrir o óbvio: Pazuello - que já deixara o ministério em 20 de março - e seu subalterno, Élcio Franco, teriam sido acionados. Já a CGU recomendou o cancelamento do contrato, três meses após a denúncia. Resta saber se a reação a novo escândalo de corrupção se limitará à demissão do servidor Roberto Dias. Já Renan Calheiros, relator da CPI da Covid, não vai deixar barato. Muito pelo contrário. Segundo disse ao UOL, a responsabilidade do presidente diante do superfaturamento do contrato vai muito além da “mera prevaricação”. Segundo ele, Bolsonaro teria participado de todas as etapas da aquisição da Covaxin. Telefonou ao primeiro-ministro da Índia, mandou mensagem e botou na fita o Itamaraty, que praticou lobby durante todo o processo. A conclusão se baseia