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Mostrando postagens de dezembro, 2020

Afasta de mim esse cálice!

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  Bolsonaros e Trumps da vida têm algo em comum: o suporte das igrejas evangélicas neopentecostais. Aqui, uma das consequências que somos obrigados a engolir com essa aliança é a ministra Damares, capaz de insuflar grupos a protestarem na porta do hospital onde uma menina de 10 anos, estuprada pelo tio desde os 6, fazia um aborto legal. Em 2010, os evangélicos representavam 10% da população. Esse ano, saltaram para um terço. Existem ramificações esclarecidas dentro deste grupo, porém, a grande maioria é reacionária, conservadora, ignorante e massa de manobra. Como acabamos de assistir com a prisão de Crivella. Conforme Thiago Prado no Globo, são fartos os processos judiciais que apuram lavagem de dinheiro com doações de fiéis. Edir Macedo, tio de Crivella, passou 11 dias no xadrez, em 1990, acusado de charlatanismo. O prefeito, preso nove dias antes de terminar seu mandato, é apenas mais um capítulo dos escândalos que envolvem a Universal. Antes mesmo da igreja ser batizada com s

Odor putrefato do clã

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  O brado de que não iria se vacinar – ao contrário do que se observa com a grande maioria de chefes de estado – não seria uma cortina de fumaça de Bolsonaro diante da única alternativa de imunizante estar nas mãos de dois inimigos: o governador de São Paulo e a China. Embora esta última seja nosso maior parceiro comercial. Como ele terá se sentido diante da imagem de Joe Biden na televisão no momento em que foi vacinado? Pior do que para Bolsonaro, só mesmo para o ídolo Donald Trump, que deixou de lado seu negacionismo no quesito vacina, porém, não teve tempo de faturar essa benesse. Conforme o colunista Carlos Andreazza, no Globo, dessa vez o estratagema de Bolsonaro visava ofuscar o papel feito pela Abin de investigadora particular de sua família. “Óbvio que o Bolsonaro particularmente cafajeste dos últimos dias é produto do caso Abin”, defende. Pode ser.  Em se tratando do presidente, pode ser qualquer coisa. Tanto que o tão esperado esclarecimento sobre os R$ 89 mil depositado

Apocalipse das mentiras

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  O Brasil é o campeão na produção de notícias falsas sobre a pandemia. A conclusão, divulgada pelo Canal do Slow, é resultada da campanha #Pandemiasemfake, desenvolvida pelo Science   e –ela Rede Internacional de Checagem de Fatos (IFCN), via Shuttleworth Foundation. Conforme Estêvão Slow, a era da informação se transformou no "apocalipse das mentiras." Enquanto isso, crescem as iniciativas para investigar esse arsenal que brota nas redes feito praga. A IFCN é uma que orienta o trabalho de checadores no mundo, com um gigantesco banco de dados sempre atualizado sobre fake news relativas à pandemia. Exemplos dessa infodemia: “Quem se vacinar vai virar jacaré", ou “São Paulo fez um estoque de caixões e agora está com 20 mil sobrando.”   E ainda  “Banir a hidroxicloroquina seria uma conspiração da indústria farmacêutica”, entre outras barbaridades.   A iniciativa tem mais de nove mil checadores, em mais de 70 países em 40 idiomas diferentes. De janeiro a agosto de 20

Quando a Justiça é injusta

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  Longe de mim me fazer de vítima, porém, não consigo me ver em outro lugar diante do absurdo que tenho passado. Como já contei aqui, a Justiça do Rio desfalcou minha poupança em R$ 16.645 no início do mês que celebra o Natal. Dessa vez, sem o décimo terceiro - minha única fonte de renda - já antecipado pela pandemia. Meu advogado, Marcus Siqueira, obteve um despacho do juiz que ordenou, em 9 de dezembro, que o dinheiro me fosse devolvido. Respirei aliviada, apesar da injustiça sem tamanho por uma injusta segunda condenação – da primeira foram R$ 12 mil, já cinco anos, para cobrir as custas do processo -, a qual não me restou outra alternativa senão entubar. Pois bem, a Justiça entrou em recesso em 19 de dezembro e, 10 dias depois do despacho judicial, não vi a cor do meu dinheiro. O que só deverá acontecer a partir de fevereiro, quando os da toga voltam ao trabalho. Com isso, passo o Natal, o período de acertar contas como o seguro do carro, IPTU, IPVA, sem poder recorrer às minhas

Hora de plantar e de colher

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  Ontem minha irmã me mandou um áudio do astrólogo Sérgio Seixas, referência para uma amiga querida que já não está mais aqui (nada a ver com a Covid). Ele alerta para a importância astrológica dessa segunda-feira 21, carregada de significados. O dia coincide ainda com o celebrativo solstício de verão para o Hemisfério Sul, enquanto o solstício do Hemisfério Norte aborda despedidas de nossos ancestrais, dos nossos mortos e das sementes já prontas para brotar. Para Seixas, contudo, mais influente que o solstício é a conjunção em grau exato de Saturno e de Júpiter com Aquário. “No próximo ano, o pessoal de Aquário, Libra e Gêmeos vai passar por momentos auspiciosos por conta da posição de Júpiter”, apontou. “Para todos, de modo generalizado, essa conjunção emanará vibrações aquarianas durante 20 anos”, prevê. Segundo o astrólogo, também se abre na data um ciclo de 200 anos do elemento ar, conjunção que transita em Aquário, Libra e Gêmeos. Ele encerra outro ciclo de 200 anos de conjun

Roteiro para um impeachment

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  Cena Um : Ainda na transição do governo Temer para o Bolsonaro, Carlos, o 02, tentou instalar uma estrutura paralela à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) dentro do Palácio do Planalto, descartada pelo general Heleno, chefe do GSI. Cena Dois : Em agosto, o chefe do GSI e o diretor da Abin, Alexandre Ramagem – candidato de Bolsonaro para dirigir a PF -, se reuniram no Palácio do Planalto,  fora da agenda oficial,  com as advogadas de defesa de Flávio Bolsonaro. Embora nenhuma das partes admita, o objetivo era encontrar nos órgão federais orientações para livrar o 01 do processo de rachadinhas na Alerj. Cena Três : Em 5 de dezembro, o auditor-fiscal Christiano Paes Leme, chefe do Escritório da Receita Federal, com 13 anos de casa, foi exonerado “a pedido”. Porém, conforme a Folha, a causa foram as pressões da defesa do agora senador Flávio Bolsonaro. Paes Leme teria sido figura chave no levantamento das operações financeiras do filho 01. Cena Quatro : Na semana passada, a É

Culto à contaminação e à morte

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Passados 11 meses de pandemia, o Uruguai ostenta menos de 100 óbitos (contra os nossos mais de 182 mil). O sucesso de nosso vizinho no combate à pandemia se deve a Gonzalo Moratorio, que acaba de ser reconhecido pela Revista Nature como um dos dez cientistas mais importantes do mundo. O reconhecimento se deveu ao desenvolvimento de um teste que trouxe os resultados tão espetaculares a seu país. Gonzalo se dedica há mais de 15 anos a estudar a evolução dos vírus, bagagem que o conduziu à tão bem sucedida experiência, agora, como pesquisador responsável pelo Laboratório de Evolução Experimental do Vírus do Instituto Pasteur de Montevidéu. Foram 150 mil testes, o que inseriu o Uruguai no hall dos países do planeta que mais testaram em casos de positivos detectados.  “No final, conseguimos uma receita fácil de reproduzir, que tinha a mesma sensibilidade e especificidade de qualquer um dos testes recomendados pela OMS”, resumiu ele ao El País.   Inveja do bem. Por aqui, o cenário lembra

Perfume de liberdade

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  Um ano sem ir ao cinema para uma cinéfila como eu é quase como passar fome. Essa semana fiz um teste de covid e o resultado deu positivo. Tive a doença, assintomática, possivelmente na mesma época em que que meu marido adoeceu. A bordo de meus anticorpos, a única pequena mudança que introduzi nessa vida de pequenos prazeres – o que já é uma vantagem diante de tanta dor – foi a volta à tela grande. Estava conformada em ver bons filmes na Netflix, porém, todos os meus sentidos foram inundados por uma enxurrada de emoções. Enquanto o genial franco belga “Belle Époque”, de Nicolas Bedos, desfilava diante meus olhos atônitos, quase como se fosse a primeira vez, um turbilhão de sensações adormecidas brotava dentro de mim. A permissão de sentir a respiração como se não existisse a voracidade do vírus, o privilégio de deixar fluir os sentimentos, o encantamento diante de um roteiro criativo. Perfume de liberdade. Tudo com o charme maduro e magistral desempenho de Fanny Ardand, em contras

A origem das ideias de jerico

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                         O americano Benjamin Teitelbaum explica o Tradicionalismo (foto El País)   Nem fascistas, nem nazistas. Governos autoritários como os de Bolsonaro e Trump são Tradicionalistas, o que não quer dizer menos radicalismo de extrema direita e conservadorismo extremado. A conclusão é do etnógrafo americano, Benjamin Teitelbaum e está em seu livro “ Guerra pela eternidade”  (" War for eternity: inside Bannon’s far-right circl e",  no original, tradução da Editora da Unicamp). Os 15 meses de pesquisa do autor incluíram entrevistas com Steve Bannon, ex-estrategista da Casa Branca, Olavo de Carvalho, o filósofo do clã Bolsonaro e Aleksandr Dugin, guru de Vladimir Putin. “Há um elemento de destruição no Tradicionalismo que não necessariamente existe no facismo”, comparou ao El País o professor de Assuntos Internacionais e Etnomusicologia da Universidade do Colorado. Entre outras pérolas, o Tradicionalismo estimula o racismo de teorias terraplanistas que negam a

À Revolta pela Vacina!

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  É inacreditável que após esse festival de erros com a vida dos brasileiros na pandemia a popularidade de Bolsonaro permaneça estável. Gostaria de ver a cara quando quando o primeiro paulista se vacinar...A conta, porém, virá após o fim do auxílio emergencial. Assim mesmo, como é possível que a população não enxergue que o governo está se lixando para a saúde dos brasileiros e só pensa em reeleição? E que Bolsonaro não perceba que a vacina é o único jeito de destravar a economia? Nunca é demais lembrar o que tem acontecido por aqui desde que a pandemia se instalou. O negacionismo começou por negar a gravidade da doença, “uma gripezinha”, que depois Bolsonaro disse que não disse, “não sou coveiro” e outras pérolas talvez menos importantes que os fatos: a troca de ministros da Saúde em meio ao caos por não quererem recomendar a cloroquina, hoje abandonada nos depósitos, e por pregarem o isolamento – até agora a única maneira segura de evitar o contágio. Mandetta previu que no ritmo

Ganhou mas não levou

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  Nesse momento em que se escancaram as relações promíscuas entre o clã Bolsonaro e milicianos, são estarrecedoras as constatações feitas ontem por Marcelo Freixo no Globo sobre o Rio. Ele lamenta dizer que Eduardo Paes ganhou, mas não levou. Isso por que 57,5% - um pouco mais da metade – do território e do município do Rio são controlados por esses grupos paramilitares. Desde que realizou a CPI das Milícias, em 2008, Freixo observa que havia uma distinção entre as atividades econômicas desses grupos que gravitam à margem dos militares e os traficantes de drogas. “Doze anos depois, esses negócios evoluíram, se tornaram mais poderosos e estão cada vez mais parecidos”, denuncia. Um passou a se apropriar do comércio do outro: traficantes investem no controle do gás e do gatonet nas favelas, enquanto os milicianos mergulham de cabeça no narcotráfico. E ambos atuam na venda ilegal do tabaco contrabandeado do Paraguai, atividade que já corresponde a 60% do comércio de cigarros – também m

Roubada pela (in) Justiça

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                                     O assassinato do juiz que continua a me assombrar Quando parecia que nada poderia piorar, piorou. A Justiça do Rio roubou R$ 16.645 da minha poupança, reserva que mantenho para pagar as contas. Detalhe: estou desempregada e vivo de aposentadoria. Em 24 de julho de 1993, assinei a reportagem “Juiz suspende decisões do presidente do TRT”, no Jornal do Brasil, contra o ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, José Maria Mello Porto. Como em “Fanny & Alexander”, ele ainda me assombra. Outro detalhe: em 5 de maio de 2015 levei o mesmo susto. A Justiça rapou da minha conta bancária outros R$ 12 mil. O então todo poderoso Mello Porto processou a repórter e o jornal por danos morais, por um texto que não falava nada além da verdade. Nem sua morte, provocada pelos sete tiros que levou na Avenida Brasil em seu Audi prata - o que já demonstra quem ele era- em 3 de agosto de 2006, deu fim a esse vergonhoso processo. Me lembro de depor no Fórum,

Surge a luz no fim do túnel

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  Será que papai do céu vai presentear os brasileiros nessa Natal com a derrocada final de Bolsonaro? O jornalista Guilherme Amado, da Época, prestou o inestimável favor de obter provas do que já se suspeitava: a interferência da Abin, para livrar a cara de Flávio Bolsonaro, nas rachadinhas. Colocar um órgão público a serviço do crime é improbidade administrativa, passível de impeachment. Outro grave risco que corríamos nesse crescente processo de aparelhamento de nossas instituições foi a definição da lista tríplice para o próximo procurador geral do Rio. O candidato do presidente,  Marcelo Rocha Monteiro, ficou em quarto lugar, o que não dá margem ao governador em exercício, Cláudio Castro, nomeá-lo para agradar a Bolsonaro.    Quem assumir o cargo vai herdar as  investigações dos casos Marielle Franco e Fabrício Queiroz. Como se sabe, foi deste último que saiu a denúncia, pelo próprio MP-RJ, de Flávio Bolsonaro por lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema de rachadinha

Loucura ou desdém?

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                                              Parecem robôs, mas são seres humanos em foto da Catracalivre “Estamos no finzinho da pandemia”. Em que planeta será que vive o autor da frase? Há dois dias, publiquei aqui um post questionando a sanidade de Bolsonaro.  O comentário poderia ser mais um indício de loucura, parece, porém, algo pior. Enquanto o presidente se nega a encarar a realidade da multiplicação de casos e óbitos pela Covid-19, o ministério da Saúde nega ter comprado a vacina de Oxford - o que é mentira – até agora, a única a ser oferecida no país. Enquanto a vacinação começa pelo mundo afora, fica escancarada a incompetência e o desleixo do governo diante da urgência sanitária.   Em setembro, o ministro Pazuello anunciou a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, contudo, foi desautorizado pelo presidente, que insiste em brigar com a China e em meter a política nessa questão de vida ou morte.  Os insumos, como seringas e freezers, também relegados. O uso de máscaras

Legislativo, o risco da vez

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                                             Rodrigo Maia, em foto da Revista IstoÉ Cresce o risco do Legislativo – após a PF, PGR, Anvisa, Abin, GSI, ministérios da Saúde, Meio Ambiente e Relações Exteriores e Fundação Palmares – trabalhar para Bolsonaro, neste processo de esgarçar a democracia. É verdade que Rodrigo Maia (DEM) não levou à frente o tão desejado  impeachment  por grande parcela da população, porém, a então popularidade do presidente o inviabilizaria. Ele se manteve, contudo, como uma voz reativa aos absurdos cometidos pelo presidente – como é o projeto que apresentou para obrigar o governo a comprar os imunizantes. O fato é que, esperançoso de que o STF rasgasse a constituição e lhe garantisse continuidade, Maia deixou de lado sua sucessão. E agora, a esquerda e a centro-esquerda voltam a se dividir, embora a formação de um bloco pudesse ajudar a barrar o líder do Centrão, Arthur Lira (PP), nome de Bolsonaro, que ontem lançou sua candidatura. Embora ainda cogite in

Mil dias depois, Marielle vive!

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  Era o dia 14 de março de 2018, quando recebi a estarrecedora notícia do violento assassinato de Marielle Franco. Discutia-se a Intervenção Federal no Rio, a mesma que ajudou a abrir as portas à participação do Exército no governo Bolsonaro. Como subeditora de Cidade do Jornal do Brasil – que voltou ao papel de 2018 a 2019 –, pedi uma análise sobre o tema à então vereadora. “Últimas palavras”, foi a manchete do texto escrito ao JB por Marielle, estampado na capa do jornal. Mil dias se passaram. E até hoje não se sabe quem foram os mandantes ou as razões do bárbaro crime, que levou também o motorista Anderson Gomes. Dois ex-policiais estão presos aguardando julgamento, enquanto a importância da mulher se agiganta como um símbolo da esquerda, fonte de inspiração para outras mulheres negras, ativistas sociais, moradoras de favela, mães e bissexuais, como ela As homenagens internacionais continuam a pipocar. Marielle virou nome de jardim em Paris, nomeou estação de metrô e da rua em f

Salve-se quem puder!

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  Ontem, Gabeira pinçou exemplos que põem em dúvida a sanidade do presidente, nesse momento, por sinal, em que ele anuncia sua intenção de encerrar os programas de saúde mental pelo SUS...Assim como Collor assombrou o Brasil com olhar insano na TV, imagens e falas de Bolsonaro têm surpreendido aos que o observam e escutam. “Sai das solenidades correndo e olhando o relógio. Se detém para olhar o céu, cercado de seguranças, acena para o vazio da Esplanada. Foi visto falando no ouvido de um Dragão da Independência e, se há mulheres bonitas na solenidade, lança olhares sedutores .”  Fora o desabafo: “Minha vida é uma desgraça. É problema o tempo todo, não tenho paz para absolutamente nada”. O fato de até hoje não ter reconhecido a vitória de Biden nos EUA pode não significar muitas coisa, afinal, ele continua a copiar Trump. Já a ameaça de pólvora contra o país mais poderoso do planeta é de estarrecer, assim como torpedear a vacina, única maneira de conter a pandemia. As barbaridades

Mais tragédia ambiental à vista

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  Quatro anos após as Olímpíadas de 2016, que turbinaram de 30 mil para 60 mil a disponibilidade  de quartos para  hospedagem na cidade, a rede hoteleira tem penado para manter a ocupação. É nesse quadro que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou que vai transformar o Museu do Meio Ambiente, o primeiro da América Latina, com público de 600 mil visitantes por ano, em hotel butique. Foi lá que tive o privilégio de assistir a uma das mais espetaculares exposições já vistas no Rio de Janeiro, “Genesis”, com fotografias de Sebastião Salgado, em 2013.  Sem considerar o obrigatório freio causado pela epidemia do coronavírus, nem só de exposições vive o nobre espaço. O museu também é palco de programas educativos e debates voltados à construção conjunta do conhecimento da sociedade. Mas o que isso importaria ao pirotécnico Salles?     Por exposições como a já mencionada, o Museu do Meio Ambiente é um dos espaços de lazer e cultura mais queridos dos cariocas. Inaugurado em ju