Financiadores começam a ser punidos

No primeiro julgamento de um financiador dos atos golpistas, na última sexta-feira, Alexandre de Moraes votou pela condenação do réu Pedro Luís Kurunczi, acusado pela PGR de contratar quatro ônibus que levaram 153 pessoas de Londrina a Brasília em 6 de janeiro de 2023, por R$ 59 mil. O julgamento, que ocorre no plenário virtual do STF e tem prazo de deliberação até agosto, é apenas a ponta de um iceberg , como mostra o relatório "Agrogolpistas" da publicação De Olho nos Ruralistas, Observando o Agronegócio , que identificou 142 empresários responsáveis pelo suporte logístico ou financeiro dos atos golpistas. Em 89 páginas da acusação, constam bancos e multinacionais diretamente ligadas aos empresários que financiaram o terror, como Santander, Rabobank e John Deere, além dos contratos de fornecimento e parceiras com o BTG Pactual e Syngenta, que integram a cadeia de financiamento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Os 142 correspondem a 10% dos nomes analisado...