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Mostrando postagens de fevereiro, 2024

Dia Nacional da Mobilização

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  No domingo 24 de março, todos os que creem na democracia, reagem ao ato do inelegível do último domingo e lembram dos 60 anos da nefasta ditadura têm um compromisso: as ruas. Assistimos impávidos à demonstração de força do capitão, estarrecidos com gente abraçada à bandeira de Israel – o mais novo país cristão -, multidões que continuam sequestrando nossa bandeira verde e amarela e a se manifestar pelo golpismo. Como atestou a pesquisa local realizada pela USP.       Em reunião no início de fevereiro, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, com a UNE, MST, e PT, concluíram a necessidade de se marcar posição, concretizada no Dia Nacional da Mobilização, que pretende se espalhar pelo país. Ainda sem locais ou horário marcados, não se sabe se o evento se concentrará num local único para turbinar a participação, como ocorreu na Avenida Paulista.  A data foi marcada no Seminário Conjunto das Frentes. O dia surge como desdobramento da Operação Tempus Veritatis , que apura a te

A ascensão da terra plana

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  Daqueles 185 mil que foram à Paulista no domingo, 88% acreditam que quem venceu as eleições foi o inelegível. A estarrecedora estatística, resultado da maciça disseminação de  fake news , foi aferida por pesquisadores do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da USP. Há quem sustente que aquele público era majoritariamente formado por cordeirinhos evangélicos, de fácil manipulação. O fato é que 94% dos entrevistados também consideram que vivemos sub uma “ditadura” no governo Lula. Essa gente sem noção não faz ideia do que é democracia, tudo o que não desejava o capitão com suas ameaças ao Judiciário e às urnas. E as investigações da PF, como a que levou à gravação da reunião de 5 de julho de 2022, quando o ex-presidente afirmou aos presentes que não seria possível aguardar as eleições porque ele ia perder, foi classificada por esses  idioters  como “excessos e perseguições da Justiça.” É o mundo da terra plana. De gente que acha que Israel é cristão, quando os judeus nem conside

Silas Malacheia se encalacra

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  Até agora, o saldo imediato da manifestação do inelegível no último domingo é a possibilidade de o pastor Silas Malacheia ser incluído no inquérito que apura a trama golpista. Segundo a colunista Bela Megale, o pastor pode ser investigado por tentar embaraçar o inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado. Para os investigadores, Malacheia disseminou mentiras no ato de domingo, financiado por ele, para instigar a população contra a investigação da organização criminosa que tentou dar um golpe de estado. Conforme a CNN, o pastor deve ter gasto do próprio bolso cerca de R$ 100 mil com o aluguel de dois trios elétricos e a infra-estrutura necessária ao evento.   E mais: suas mentiras supriram a proibição feita ao capitão de atacar o Judiciário: “Alexandre de Moraes  diz que a extrema-direita precisa ser combatida na América Latina. Como o ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater nem a extrema-direita nem a extrema-esquerda. Ele é guardião da Constituição. O p

Mea culpa da culpa

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  Me programei ir ontem à Paulista. Afinal, estava por perto, para acompanhar o tratamento médico do meu marido no HCor. Porém, quando comecei a ver aquele bando de idioters de verde e amarelo, abraçados à nossa bandeira, desisti. Seria demais para meu estômago ver aquele bando de gente rica, com todas as condições de se educar, desafiar a inteligência alheia naquela manifestação que pretendia aprovar a sequência de ilícitos cometidos pelo inelegível. Pior: em nome da democracia que ele execra. O destaque foi o capitão pedir que se passasse um pano sobre todas as barbáries golpistas, como se tudo aquilo fosse uma sequência de mal entendidos que não mereciam punição. E ainda admitiu que sabia da minuta do golpe... Na hora em que vem à tona a reunião de 5 de julho de 2022, quando ele convoca todos os presentes a lutar contra a eleição de Lula – ou seja, assume o protagonismo na trama – resolve fazer um ato para se redimir. E passar a borracha. Tipo, foi mal...             Ch

Destino inexorável

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  Parece piada de mau gosto. As provas de que o inelegível comandou a tentativa de golpe contra a eleição de Lula começam a pipocar. Ele fica mudo no depoimento à PF e convoca uma manifestação. Para se defender. De quê? Continuar a enganar os trouxas de que não teve nada a ver com a tentativa de golpe? Provar que é inocente quando tudo e todos depõem contra ele? Políticos, aliados e alguns governadores prometem marcar presença. Vão fazer coro à mentira? A capacidade dessa gente de torcer a realidade é assustadora. À frente, o pastor Malacheia, que banca a festa antidemocrática regada a dois carros de som e um tsunami de  fake news . Pior é que quem não tem nada a ver com tudo isso tem de aturar a farsa, como se relevante e verdadeira fosse. A quem interessar possa, agora que Augusto Aras já era, o PGR Paulo Gonet não vai dar vida fácil ao capitão. Como apurou o jornalista Guilherme Amado, há três cenários possíveis para o futuro próximo. E o que pode distinguir esses cenários são as el

Flor que não se cheira

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  A pepita de ouro apreendida pela PF na casa de Valdemar da Costa Nota parece ser apenas a ponta do iceberg do histórico do presidente do PL com o garimpo ilegal. Avaliada em R$ 11,6 mil, a pepita é típica do ouro retirado direto da jazida, sem nenhum processamento, como costuma ser o material da atividade de garimpagem.  Valdemar foi sócio de mineradoras e, conforme o site ClimaInfo, chegou a ter uma de suas empresas condenadas por dano ambiental, além de manter sociedade com um conhecido defensor do garimpo na região amazônica. No início dos anos 1970, o pai do político, Waldemar Costa Filho, foi sócio do empresário Fumio Horii, que explorava caulim – rocha formada por silicatos hidratados de alumínio -na região amazônica. Em 1996, Costa Neto fundou a VCN Mineração, empresa condenada em 2021 pela degradação de uma área equivalente a 28 campos de futebol nas margens do rio Tietê, em Biritiba-Mirim, no interior de SP. O político também é ligado ao empresário Francis

Exército se prepara para receber presos

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  Como se sabe, o inelegível entrou mudo e saiu calado de seu depoimento ontem à PF sobre as tramas golpistas. Como se isso pudesse reverter a situação de quem está mais enrolado do que linha em carretel. E ele sabe muito bem disso. O desfecho da Operação Tempus Veritas não deve ocorrer antes de novembro e a PF estima que o capitão preste novo depoimento em meados de julho. Isso se não ocorrer alguma provocação durante o ato convocado pelo ex-presidente para se defender (do óbvio), neste próximo domingo. Se algo parecido ocorrer, ele vai preso. Entretanto, após os depoimentos de ontem, inclusive de militares de alta patente também investigados nos planos de golpe, o comando do general Tomás Paiva começou a se preparar para receber eventuais presos por ordem do STF. Segundo a coluna Radar, da Veja , uma fonte do Exército informou que um alojamento no Comando Militar do Planalto, dentro do QG – aquele mesmo que conviveu com os acampamentos bolsonaristas – já foi recauchutado para

Radicais queriam braço armado para golpe

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  Quando o inelegível concedeu cerca de 691 registros de novas armas por dia aos CACs – ou 904.858 registros de aquisição de 2019 a 2022, sabia que plantava um futuro apoio a um eventual golpe que resolvesse impor. Pois em novo depoimento, o ex-faz tudo Mauro Cid admitiu que havia aliados “radicais” do ex-presidente dispostos a “um braço armado” no plano de golpe contra a eleição de Lula. Os radicais esperavam que o capitão assinasse o decreto golpista sob uma interpretação distorcida do artigo 142 da Constituição, que atribui às Forças Armadas um errôneo poder moderador, totalmente desautorizado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF. Segundo Cid, “Bolsonaro queria uma atuação mais contundente do general Paulo Sérgio Nogueira sobre a Comissão de Transparência das Eleições montada pelo Ministério da Defesa”, consequência da pressão que exercia pela identificação de fraude nas urnas. Conforme análise do depoimento, havia duas frentes de atuação, uma mais conservadora, que te

Ex-aliados vão entregar o chefe?

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  Se os antigos – permaneceriam atuais? – colaboradores do inelegível resolverem dar com a língua nos dentes, não sobrará pedra sobre pedra para o ex-presidente. Como se sabe, além do capitão – que tentou adiar, em vão, seu depoimento à PF-, deporão amanhã sobre as tramas golpistas vários ocupantes de cargos de comando no último governo, como o general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI. Se ele fizer o mesmo que o mi(n)to, vai entregar os podres do ex-chefe. Não se sabe o quão vingativo ele é, porém, deve ter ficado atravessado por ter sido entregue ao inimigo pelo ex-mandatário. Coisa que, aliás, ele é useiro e vezeiro em fazer. A defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança de Brasília, Anderson Torres - preso no início do ano passado sob a suspeita de omissão no quebra-quebra do 8 de janeiro de 2023 -, já avisou que seu cliente não ficará em silêncio, como deve fazer o capitão.   “(Ele) responderá a todos os questionamentos da PF”, antecipa o advogado de Torres

Inelegível depõe à PF na quinta-feira

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  O inelegível deve prestar depoimento à PF sobre as tramas golpistas nesta próxima quinta-feira 22, segundo a colunista Andrea Sadi. Paulo Cunha Bueno, advogado do ex-presidente confirma a informação. Será o começo do fim? O mais curioso, que não chega a surpreender por se tratar de quem se trata, é que a defesa do capitão nega seu envolvimento na tentativa de golpe: “Jair Bolsonaro jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam".  É para rir ou para chorar? Para começar, o circo que assistimos em gravação ao vivo de 5 de julho de 2022, arquivada no computador do ex-faz tudo, Mauro Cid, mostra por 'a' mais 'b' as estratégias traçadas pelo mi(n)to para se perpetuar no poder. Ele diz claramente a seus ministros e demais presentes que eles não podem esperar o resultado das eleições para agir. “Vocês sabem o que está acontecendo. Achando que esses caras estão de brinca

Parlamentarismo bastardo vai para o brejo

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O duelo entre Arthur Lira e o governo Lula é o estrebuchar do que o cientista político Christian Lynch chama de “parlamentarismo bastardo”, criado em 2015 por Eduardo Cunha dos estertores do presidencialismo de coalizão. Na época, uma “reação centrônica” aos avanços da Lava Jato, classificado por eles como semipresidencialismo. Os objetivos eram deixar de depender do Executivo para obter as verbas necessárias à reeleição de seus membros, além de transformar a imunidade em verdadeira impunidade. O orçamento é conquistado pelas emendas de execução obrigatória, enquanto o Executivo é pressionado a indicar PGRs e ministros do STF garantistas.  “O céu de brigadeiro do parlamentarismo bastardo, implantado sob Michel Temer, foi a segunda metade do governo Bolsonaro, quando este desiste de seu projeto de governar”, observa Lynch. Lira assume a presidência da Câmara para restaurar e ampliar o parlamentarismo bastardo. Seu projeto pessoal é esvaziar o poder politico de Renan Calheiros em A

Unger desmente ajuda ao inelegível

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  Caros leitores, reproduzo abaixo texto publicado na Carta Capital neste domingo 18. E peço desculpas por ter postado, involuntariamente, uma fake news  que achei impossível por ter como fonte a conceituada jornalista Monica Bergamo:  "O filósofo Roberto Mangabeira Unger afirmou ser falsa a informação de que ele pretende apresentar um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal para evitar a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A possibilidade foi inicialmente ventilada pela jornalista Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira 15. Segundo a Folha, Unger entenderia que poupar Bolsonaro de uma eventual prisão seria uma forma de pacificar o País. Ainda de acordo com o jornal, ele também teria consultado amigos da área jurídica, incluindo integrantes de tribunais superiores, e políticos sobre a iniciativa. Em nota, Unger negou que atuará junto a Bolsonaro para tratar de sua situação jurídica, mas evitou dar mais detalhes do que pensa em relaçã

Unger quer ajudar o inelegível

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  O filósofo Roberto Mangabeira Unger, até então ligado à esquerda, afirmou que pretende apresentar um  habeas corpus  preventivo ao STF para evitar a prisão do inelegível. E mais: o professor da Universidade de Harvard, desde 1971, defende que seria mais democrático permitir que o capitão concorra às eleições em 2026, o que permitiria um debate com Lula sobre as políticas públicas para o país. Quem informa é a colunista Monica Bergamo, segundo ela, após um encontro realizado entre Unger e o mi(n)to. Será que o filósofo sabe que em quatro anos de governo o ex-presidente foi incapaz de propor quaisquer políticas públicas? Será que ele sabe o quanto o ex-mandatário conspirou para se eternizar no poder e que sua atividade mais frequente era promover motosseatas, ao invés de governar? Será que Unger levou dinheiro do ex-mandatário?   O filósofo traíra foi ministro de Assuntos Estratégicos de Lula entre 2007 e 2009. Apoiou Ciro Gomes em suas campanhas presidenciais e che

Pazuello também conspirou

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  Os estragos provocados pelo general Eduardo Pazuello, segundo deputado federal mais votado no Rio pelo PL, não se limitaram ao morticínio de sua gestão à frente do ministério da Saúde. Ele também participou das tramoias que pretendiam eternizar o inelegível no poder. Enquanto o capitão fazia cena com uma ferida na perna logo após o pleito de 2022, seus aliados revezavam-se no Planalto para conspirar. Pazuello era um deles. Investigações da PF acessaram conversas por aplicativo e registros de entrada no Palácio para reverter o resultado das urnas. Segundo O Globo, Pazuello - aquele do "um manda, o outro obedece" - esteve no Palácio Alvorada em 7 de novembro de 2022, das 7h30 às 18h20. Conforme o ex-faz tudo Mauro Cid, o general “integraria o grupo de radicais que queriam reverter o resultado das eleições”. A PF cita o áudio gravado em 8 de novembro de 2022, onde Cid informa (aparentemente referindo-se ao então comandante do Exército, general Freire Gomes) que o ex-pres