Eleições regidas pelo imponderável
Do alto do seu comprometimento com o bolsonarismo, voz dos interesses da extrema direita no Brasil, Arthur Lira retardou o que ele já havia derrubado: a votação do PL2630, a oportuna e necessária regulamentação das redes sociais, atrasando até a criação do grupo de trabalho. Já foi um escárnio quando o presidente da Câmara jogou no lixo quatro anos da árdua dedicação do relator Orlando Silva (PCdoB-SP), diante das absurdas críticas que apontam os necessários limites às redes sociais como censura, típicas dos bolsonaristas, experts em torcer a realidade. Além de invalidar o que já havia sido feito, impôs a condição de mudar a relatoria e propôs a criação de um grupo de trabalho para começar tudo da estaca zero. O que já era um atraso ficou mais atrasado ainda, porque o grupo de trabalho não foi sequer criado até agora. E azar de quem considera essa uma causa essencial à democracia, sobretudo após a invasão de privacidade do abusado bilionário Elon Musk, um dos mais poderosos