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Mostrando postagens de março, 2021

Pesadelo sem fim

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  Fico me perguntando por que Bolsonaro persegue tanto o estado de sítio, autogolpe ou seja lá o que for? É inacreditável que um presidente que coleciona erros como ele consiga se manter no poder, mesmo que a cada dia apronte uma sandice pior que a outra. É espantoso como os jornalistas se vejam obrigados a explicar seu comportamento infantil, como se estivessem ensinando o beabá às crianças – no caso, o presidente, sua família e seguidores. Como um moleque birrento, ele afastou colaboradores que ousaram afrontar seus desejos. Foi assim com o ministro Fernando Azevedo Lima, respeitado general, com todas as saias justas que seu viu obrigado a passar – como sobrevoar com o presidente  uma manifestação antidemocrática. Ou com José Levi, que se negou a assinar o pedido para interditar o isolamento proposto pelos governadores junto ao STF. O que levaria um presidente, sem iniciativa para assumir a liderança nacional no combate à pandemia, culpar quem ousou fazê-lo? Sabemos que ele corta

Mea culpa

  Caros leitores, hoje, excepcionalmente, não haverá post. Ontem, Em meio àquela loucura de troca de ministros, recebi um vídeo de uma amiga querida que seria do general Braga Netto. Ele incitava o ‘povo’ a dar um golpe a favor de Bolsonaro. Só depois de publicado soube que era fake . Geralmente o texto está pronto de véspera, no dia de postar faço apenas algumas reparações. Hoje acompanhei todo o noticiário cedinho e fiquei ainda mais escandalizada com o tal vídeo. Especialistas atribuíam a queda de Fernando Azeredo Silva do ministério da Defesa a sua falta de reação diante da entrevista do general Paulo Sérgio, ao falar de uma terceira onda de Covid no país. E à busca por uma terceira via em 2022 por generais da reserva – Mourão incluído -, além da discordância em demitir Edson Pujol, que hoje entregou o cargo junto aos comandantes da Marinha e da Aeronáutica, e à recusa em apoiar o estado de sítio. E, claro, todos destacavam a frase “ preservei as Forças Armadas como instituiçõe

Ousar lutar, ousar vencer!

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  Acabo de receber uma convocação de lavar a alma. Passado mais de um ano de asfixia, imobilizados pela pandemia, eis que surge um holofote no fim do túnel. No sábado 26 de junho poderemos sair às ruas para manifestar nossa indignação represada, na escada da Câmara Municipal, Cinelândia, ainda sem hora marcada. Todos vacinados! Estrategicamente, o brado retumbante Fora Bolsonaro cai no dia do aniversário de 53º   anos da Passeata dos Cem Mil, reproduzida acima por Evandro Teixeira. Não percam!!! Agradeço pelo caminho que começou a ser aberto pelo jornalista José Trajano. Ele cita um twitter da jovem economista Laura Carvalho, propondo que nós, os mais velhos e vacinados, saiamos às ruas. A mensagem chegou a mim através de Luiz Rodolfo Viveiros de Castro (Gaiola) – será parente do inesquecível professor de Antropologia Eduardo Viveiros de Castro? – com “saudações resistentes”. É seu o texto que reproduzo abaixo. “Nós estamos sendo vacinados e em breve tomaremos a segunda dose. Te

S.O.S Museu Nacional

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  A última dos bolsonaristas, que primam por pisotear nossa Ciência e Educação, é limitar o Museu Nacional –  mais antiga instituição científica do Brasil até setembro de 2018, quando foi destruído pelo incêndio, – ao papel de centro turístico e residência da família imperial. Entre os defensores desse absurdo está o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL), descendente dos imperadores. E adivinhem quem articulava a ideia no coração do governo? Acertou quem disse Ernesto Araújo, fina flor da destrambelhada área ideológica. Como se não bastasse isolar o país e sabotar a compra de vacinas, o chanceler chegou a destacar auxiliares para acompanhar de perto a ideia de reformular a finalidade do espaço. O Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e o Ministério do Turismo também têm participado de articulações junto ao MEC para promover esse retrocesso. O grupo parece ter esquecido quem manda no pedaço, desde 1946. "Todas as áreas do Museu Nacional pertence

Tempos sinistros

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  Era um domingo quente como outro qualquer. Já tinha almoçado, relaxada, após bebericar a indispensável dose etílica que acompanha as refeições de fim de semana. Quando recebi a mensagem. Vinha de um jornalista que mal conheço, com quem já havia trocado farpas políticas dias atrás. Ele dizia se surpreender como uma jornalista com minha história passou a fazer propaganda antibolsonarista. Costumo evitar postagens em grupos frequentados por essa turma, porém, sempre aparece algum desgarrado. Dei uma resposta azeda: “Não entendo como você se atolou nesse lamaçal”, distante do meu perfil cordato. Pois bem, nesse tal domingo ele me mandou uma mensagem que mencionava a espirulina. Gelei. Tinha escrito uma reportagem para o site em que colaboro falando das propriedades e benefícios dessa alga, que só seria publicada no dia seguinte. Minha interpretação foi instantânea: é um aviso. Lembrei dos  dias de chumbo, quando  trabalhava no Jornal do Brasil, em que  colegas eram ameaçados e alguns,

Bolsonarismo asfixia o Brasil

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  Não foi só o aliado Arthur Lira que deu um cartão amarelo à política errática de Bolsonaro essa semana. Um grupo de parlamentares, da direita à esquerda – entre eles Thabata Amaral (PDT), Rodrigo Maia (DEM), Júnior Bozzella (PSL), Raul Henry (MDB) e Marcelo Freixo (PSOL) - redigiram uma carta destinada à Nação, da qual extraio aqui os trechos mais contundentes: “O bolsonarismo asfixia o Brasil. Tenta nos sufocar com sua agenda negacionista e atitudes inconsequentes. Tudo o que vivemos hoje já era uma crônica de muitas mortes anunciadas. Fomos testemunhas do método bolsonarista de “gestão”, baseado no quanto pior, melhor. O resultado está aí, nos números da pandemia. Temos 300 mil mortos, desabastecimento, inflação, 14% de desempregados, milhões de alunos fora da escola, um plano de imunização fantasma, interferências nas estatais, ataques constantes à ciência, às instituições, aos direitos humanos, uma polícia política dentro do governo que persegue adversários e tantas outras

Próximos capítulos

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  Passado mais de um ano de pandemia, com mais de 300 mil vidas perdidas, eis que Bolsonaro resolve criar um comitê anti-Covid. Agora vai? Aparentemente, após recusar a compra de vacinas em tempo hábil, de sabotar o isolamento, dizer que máscaras trazem riscos à saúde, o presidente resolveu admitir que a situação é grave e que a imunização precisa ser acelerada. Teatro? Antes assim, entretanto. Continua, contudo, a defender o tratamento precoce. Será que não acompanha os danos do kit-Covid já associados à hepatite medicamentosa? Será que não houve ninguém capaz de alertá-lo sobre isso ou Bolsonaro prefere priorizar o escoamento da droga que convenceu o Exército a produzir em larga escala, se lixando para a saúde da população?  Rodrigo Pacheco, por sinal, idealizador do comitê, avisa que é ele quem vai dar as cartas. Boldonaro, pelo visto, será uma rainha da Inglaterra. Houve, porém, outro pano de fundo na reunião de ontem entre o comando dos três poderes, ministros e governadores a

Mentiras e desdém

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  Lembra quando Dilma tentou nomear Lula para a Casa Civil e assim garantir sua imunidade? Era exatamente o que Bolsonaro planejava fazer com Pazuello, em retribuição aos serviços prestados. O presidente pretendia criar o ministério extraordinário da Amazônia para o general chamar de seu e lhe dar foro especial para se livrar dos crimes cometidos na Saúde. O que nos custou mais de oito dias de ministério acéfalo no mais grave momento da pandemia. A posse de Marcelo Queiroga foi consumada ontem fora da agenda oficial. O jeitinho do presidente foi nomear Pazuello para a Secretaria Especial do Programa de Parcerias e Investimentos, vinculada ao ministério da Economia. Deve ser, porém, transferida para a Secretaria Geral, antes que Paulo Guedes, que se presta a engolir um sapo atrás do outro, entre em atrito com o general. Imagino qual não será o clima na reunião de hoje entre o comando dos três poderes e vários ministros, convocada por Bolsonaro para discutir a crise sanitária. Desde

Psicopata genocida

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  As técnicas de Steve Bannon usadas por Bolsonaro, de proferir absurdos para ganhar imediata visibilidade, já são públicas. A cada novo desatino, porém, a estupefação vai à lua, como a classificação de “trabalho brilhante” dada pelo presidente à catastrófica gestão do general Pazuello. Ou botar em dúvida se a causa do morticínio é a Covid. Estapafúrdia tese que o quase ex-futuro ministro da Saúde bolsonarista - que tarda pela busca de porto seguro que garanta imunidade ao antecessor - promete investigar. Totalmente descolado da realidade, Bolsonaro teve a ousadia de afirmar que Brasil vem dando exemplo e está na vanguarda no combate à pandemia.  Na semana passada, o psiquiatra forense Guido Palomba, famoso por sua atuação no caso Suzane von Richthofen, parece ter conseguido explicar o comportamento errático do presidente, em entrevista no Jornal da Cultura. Segundo ele, Bolsonaro seria um “psicopata ou condutopata” “São ególatras, ou seja, estão sempre pensando em si mesmos”, defi

Maria Martins ao alcance do olhar

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  Em meio às temperaturas esturricantes e à beleza desse primeiro domingo de outono, tive um privilegiado encontro com Maria Martins (1894-1973), esse gênio da escultura brasileira conhecido por tão poucos. Fui assistir sua exposição na Casa Roberto Marinho, suspensa desta terça-feira a até daqui a duas semanas, por conta das restrições da pandemia. Primeira observação. A própria casa tem em seus jardins uma das obras primas de Martins, Gleme-Ailes (1944), emoldurada pelas janelas ovaladas da residência no Cosme Velho. Não há menções da peça na mostra. A tranquilidade do centro cultural é tanta que o funcionário do estacionamento leva longos minutos para preencher papelzinho burocrático, como se amanhã não houvesse.  Minúcias, perto da exposição que se avizinha.  Nascida em 1894 em Campanhas (MG), Maria muda-se em 1903 para o Rio. Casa-se em 1915 com o historiador Octávio Tarquínio de Souza – pai de suas duas filhas, Lucia (1916) e Maísa (1922). Em 1924 se separa e viaja com as fil

Militares por cima da carne seca

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Que ninguém duvide. O 'Partido Militar' veio para ficar. Isso é o que defende a mais recente investigação do Intercept, não apenas diante dos fatos, como a partir de suas fontes. Hoje são os generais do entorno do presidente que dão as cartas. Sim, eles perceberam o potencial eleitoral de Bolsonaro, o que nenhum dos fardados teria. Apostaram no capitão, só que não gostam dos resultados. Óbvio está que a decisão de assumir o ministério da Saúde não foi de Pazuello. Veio de cima. Os colegas de farda viam nele potencial para superar a crise sanitária. Não foi o que aconteceu, porém. Muito pelo contrário. E agora a responsabilidade criminal pelos milhares de óbitos deve cair no colo do Exército e no de Bolsonaro. Conforme a cartilha militar não é de Pazuello a responsabilidade pela pandemia, e sim do Exército que ele representa. Na prática, voltamos aos tempos em que os fatos eram interpretados por menções e ilações dos generais. Me faz lembrar Hélio Contreiras, valorizado po

Por que Pesadello durou tanto

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  Em 16 de maio, quando o general Pazuello assumiu interinamente nossa combalida Saúde, o Brasil contava 15.633 óbitos. Essa semana, quando seu substituto foi anunciado, já eram mais de 280 mil. Como Bolsonaro pode ter tido a cara de pau de definir sua gestão como um “trabalho brilhante”, com aquela sua dicção trôpega? Muito difícil crer que alguém possa acreditar nisso. Se brilhante fosse, por que removê-lo em meio à maior crise sanitária do século? Nessa troca de Pesadello por Quidroga - como o humor brasileiro já batizou -, a única melhora visível é a de temperamento. Sai um arrogante, que não se envergonha de dobrar o salário e se manter na ativa – para a desgraça do Exército, diretamente envolvido no desastre – e entra um médico, que não entende de saúde pública mas pelo menos é mais afável que seu antecessor. Pego carona no canal MyNews, do qual me tornei membro, que explica o por que de Pazuello ter se prestado ao papel de para-choque de Bolsonaro. Ele esperava que o preside

Livres para o que der e vier

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  Queiroz e Márcia já podem flanar em liberdade, com a bênção do ministro Gilmar Mendes. A tentativa de anular as provas no STJ, porém, não prosperou. Outro dia uma colega jornalista comentou em um post meu que as ‘rachadinhas’ são prática generalizada nos gabinetes do Legislativo. Além de não serem um delito menor, porém, saltam aos olhos quando praticadas pelo clã. Essa semana a jornalista Juliana Dalpiva, do UOL, uma das maiores especialistas no assunto, fez um balanço da situação no Canal Meio. De saída, ela confessou seu espanto diante da compra de uma mansão de R$ 6 milhões pelo 01 numa das áreas mais nobres da capital.  Se surpreendeu com a 21ª aquisição feita pelo atual senador tanto pelas dimensões do imóvel, quanto pelo custo. Sensação extensiva ao processo, “cheio de perguntas sem respostas” A palavra chave da lavagem, segunda ela, é dinheiro vivo, que não dá para rastrear no longo prazo. “Fernanda, mulher de Flávio, não registrou um único saque de 2010 a 2014. Irreal...

Campanha pela vida é lançada na Fiocruz

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  Nesse momento em que vivemos a pior crise sanitária dos últimos séculos, sem que o governo federal esboce reação para contê-la, nasce uma nova postura da sociedade. Será lançada hoje, na Fiocruz, a campanha   “Rio pela Vida Mobilização contra a Covid-19”, por lideranças culturais, religiosas, políticas, comunitárias, sindicais, empresariais, científicas e profissionais de saúde, “para enfrentarmos tudo isso com determinação”. O movimento caminha junto ao Pacto pela Vida, proposto pelos governadores, e à carta do CONASS por medidas de cientistas e profissionais, com alertas diários. O pacto anunciado deve ser aplicado no estado do Rio de Janeiro com a participação da sociedade civil em torno de uma agenda capaz de salvar vidas e controlar a disseminação do SARS COV-2. Para isso, são essas as medidas urgentes propostas: - Rígida restrição da circulação de pessoas. -   Deflagração de uma grande campanha de distribuição e uso adequado de máscaras e da prática do distanciamento soci

Ainda reféns do Pesadello

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Pior que não nos livramos do Pesadelo, codinome do general que respondia pela (falta de) Saúde nos últimos dez meses. Especialista em logística que nunca fez curso de logística, Pazuello protagonizou uma trágica comédia de erros:  A inação à falta de oxigênio no Amazonas, a troca da sigla AP por AM que levou 78 mil doses de vacina ao Amapá e 2 mil ao Amazonas. Fora os testes padrão ouro abandonados, a prescrição da cloroquina e o desleixo com as vacinas. Por que fez tudo que seu chefe mandou. Até a nomeação do médico Marcelo Quidroga, porém, Ludmila Hajjar, a indicada do presidente da Câmara para o cargo, viveu seus piores momentos. Ao entrar na casa do presidente, aguardando o convite para a Saúde, ela jamais poderia imaginar que as milícias digitais já começavam a espalhar fake news para detonar sua carreira médica.  Isso além das ameaças de morte, extensivas a sua família. Quem passou aos celerados seguidores o nome do hotel onde ela se hospedara em Brasília, também alvo de ameaç

Trapaças da famiglia Bolsonaro

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  Desde setembro de 2020, antes de o STJ anular o uso de dados da quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro, o UOL analisa 607.552 operações bancárias em 100 planilhas sobre os indícios da prática de 'rachadinhas' por Jair Bolsonaro, quando deputado federal, seus filhos Flávio, Carlos e também a ex-mulher do presidente, Ana Cristina Siqueira Valle.  As revelações são pesadas e ainda podem ter consequências, já que o MPF recorreu da decisão do STJ junto ao STF. Por oito anos (de 1998 a 2006), B olsonaro empregou em seu gabinete Andrea Siqueira Valle, irmã de sua segunda mulher, Ana Cristina Valle. Um ano e dois meses depois que a cunhada deixou de trabalhar para Jair, Ana Cristina teria ficado com os R$ 54 mil acumulados na conta de Andrea, hoje equivalentes a R$ 110 mil.  A quebra de sigilo foi autorizada porque Andrea também trabalhou para Flávio. Ouvido pelo UOL, o  advogado de Andrea, Magnum Cardoso, que disse "repudiar veementemente o vazamento dessas informações”. Já a

Três anos depois, Marielle vive!

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Mais um ano se passou. Ontem fizeram 1.095 dias sem que saibamos quem foram os mandantes ou o que motivou o assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes. Nova placa homenageou a vereadora nesse domingo, contudo, o máximo avanço da força tarefa do MP responsável pelo caso foi a abertura de acesso ao Facebook. Já a desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, que mentiu ao ligar a vereadora do PSOL ao tráfico de drogas, foi absolvida pelo STJ - o mesmo tribunal que cancelou o processo das rachadinhas do 01 - no início de março. Além disso,  Talíria Petrone,  amiga de Marielle, a mais votada vereadora  em Niterói  pelo mesmo partido, em 2016, teve de se mudar da cidade, após sofrer ameaças. Sabe-se que nada vai acontecer enquanto continuarmos a ser governados por milicianos,   vizinhos do ex-policial Ronnie Lessa, preso como suspeito de participar do crime. É gente misógina que, ainda por cima, cultua a morte e se lixa para os direitos humanos. Me aproximei quando pedi a Mar

A boiada de Zambelli

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  As nomeações de Bia Kicis para a CCJ e de Carla Zambelli para presidir a Comissão de Meio Ambiente são um soco no estômago dos brasileiros.  A primeira é investigada pelo STF pela organização de atos antidemocráticos, e a segunda – ambas bolsonaristas do mais duro núcleo de seguidores – segue na linha tão familiar a esse governo, de nomear a raposa para cuidar do galinheiro. Além da total falta de intimidade de Zambelli com as pautas ambientais, seu único predicado é a proximidade com o ministro Ricardo Salles, este sim, o símbolo máximo da crescente destruição de nossas florestas.  Essa intimidade vem da defesa intransigente da deputada de todos os crimes ambientais que têm sido cometidos por Salles. As conexões políticas da dupla Zambelli/Salles foi investigada pelo jornalista Luís Indriunas, do site De Olho nos Ruralistas. Ele encontrou o elo de ligação entre os dois: a empresa de papel e celulose Suzano.  Vieram do controlador da companhia, o empresário Jorge Feffer, doações

Velório de um país chamado Brasil

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  Párias? A vergonhosa denominação já é passado. Fomos ‘promovidos’ a ameaça global. É o que testemunha o correspondente Jamil Chade, em post reproduzido pelo amigo Cláudio Savaget que resumo aqui.  “Recebi um telefonema de um casal de diplomatas de um país da América do Sul. Precisavam voltar a seu posto na Europa e, antes do voo, a companhia aérea deu aos passageiros a péssima notícia: o avião teria de fazer escala no Brasil. O medo os levou a duvidar se deveriam embarcar.(...) Ao entrar na sede da ONU em Genebra fui parado pelo correspondente do New York Times assombrado com o que leu sobre a reação de Bolsonaro diante da crise.  Em alguns locais, os comentários vêm permeados por ironias e até uma solidariedade sincera com o que ocorre no Brasil. Em outros, o tratamento vem de forma mais séria. Mas todos com profunda desconfiança sobre o país. Os berros das manchetes dos jornais britânicos estampavam uma "caçada" das autoridades sanitárias a uma pessoa com o "vír