Elas não usam black-tie
Elas não usam black-tie. Encantam, porém, qualquer olhar
ao florescer na primavera. Quem usou essa expressão para definir as belas
florezinhas que brotam no mato, sem status - ao contrário das rosas e orquídeas -,
foi um especialista do Jardim Botânico que entrevistei há muitos anos, cujo
nome, infelizmente, não me lembro mais.Adotei a ‘terminologia’, que se encaixa com perfeição à
floração das Sibipirunas (Cenostigma pluviosum),
Guapuruvus (Schizolobium parahyba), e Cássias Rosa (Cassia grandis), as duas últimas da família das fabaceas. Todas têm
em comum o fato de pertencer à Mata Atlântica ou, ao menos, são nativas do
Brasil.
Vistas ao longe, tanto o Guapuruvu quanto a Cassia
Rosa parecem pinceladas impressionistas, com seus suaves tons amarelo e rosa
salmão. Já a Sibipiruna, facilmente confundida com o Pau Brasil pela semelhança
da folhagem, ostenta flores amarelo ovo, de marcante personalidade.
As três são
igualmente grandes, com potencial de crescer a quase 30 metros de altura. É
tanta flor que – assim como os ipês - formam tapetes sob suas copas.
Dificilmente passariam desapercebidas aos olhares mais atentos, embora a grande
maioria ainda desconheça seus nomes. Simplesmente, porque elas não usam black
tie...
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