Coringa deve estar gargalhando


Atenção: o 15 de março se aproxima e o maior ataque de Bolsonaro à democracia tem tudo para reativar a perversa atuação de sua milícia virtual. Essa tática, ainda sob estudos na academia, deve estar de prontidão para levar uma equivocada multidão às ruas, acreditando piamente estar lutando pelos seus interesses, quando, na verdade, será uma gigantesca massa de manobra das técnicas da ciberguerra travada desde a eleição de Trump, turbinada pela empresa russa IRA, uma das muitas que se multiplicam nesse tipo de confronto online no cenário internacional.
O alerta sobre esse método está na publicação de número 76 do Canal do Slow, entre outras também esclarecedoras exibida no Youtube, onde um especialista analisa o exponencial crescimento da candidatura de Bolsonaro e esclarece bastidores dessa batalha com enorme potencial de detonar a democracia que, neste ritmo, pode se tornar peça de museu por aqui. Tudo a partir da manipulação da opinião pública, do ataque às reputações e da viralização das fake news e memes por um exército de robôs, ciborgs e humanos via redes sociais. Com um potencial de destruição que nem mesmo o diabo seria capaz de inventar. Ou será que foi ele quem inventou?
Na pré-campanha de 2018 pesquisadores da FGV analisaram 5.415.492 tuítes feitos por contas automatizadas. 50% deles de campanhas políticas, sendo 22,96% associados à esquerda e a Lula, 21,96% ao conservadorismo e a Bolsonaro. O jogo sujo, de ambos os lados, virou em setembro de 2018, quando os presidenciáveis foram citados em 406.742 disparos por 38.789 robôs. Bolsonaro liderou as citações com mais do que a soma de todos os candidatos: 276.767. Começava a aprimorar seus métodos para a ascensão. Cuidado: se a população perde a qualidade do debate e passa a reagir a robôs programados a democracia vira pó!
Os robôs são programados a reagir a outros robôs de forma que a viralização ocorre em progressão geométrica, apoiada em táticas multiplicadoras que usam hashtags - como #Bolsonaropresidente, tuitada diariamente às vésperas das eleições. Estratégia como essa, chamada de Botnets, se mistura a bolhas humanas criadas nas redes sociais, conforme pesquisa publicada na Revista Nature. São contratados os serviços de empresas com estoques de robôs inseridos nessas Botnets, levando multidões a consumirem materiais falsos de propaganda política, construída também a partir de gigantescas estruturas de whatsApp que estimulam máximas bolsonarianas, como a apologia à ditadura, ao golpe militar, às armas e contrária aos Direitos Humanos. Coringa deve estar gargalhando!

   

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