Holofote no fim do túnel

Professor Adrian Hill, do grupo de Oxford
No que depender dos resultados, uma equipe da Universidade de Oxford disponibilizará milhões de doses da vacina contra o coronavírus já a partir de setembro, conforme o The New York Times. Testes realizados em macacos foram bem sucedidos, e, até o fim de maio, serão concluídos os testes em mais de 6 mil voluntários. Os cientistas estimam que se as agências reguladoras aprovarem o produto final em caráter emergencial, as vacinas poderão chegar ao mercado nos próximos cinco meses. 
Por sinal, estudo da Universidade de Cingapura (http://ddi.sutd.edu.sg) que monitora a pandemia, prevê para 30 de maio o término em 97% da pandemia no planeta, os 100%, só em 1º de dezembro. No Brasil, a primeira etapa chegará em 1º de junho, e, se Bolsonaro parar de atrapalhar, estaremos livres do coronavírus até 29 de agosto.  
Enquanto isso, outra companhia, chinesa, a Sinovac, também aferiu bons resultados na vacina por eles produzida em macacos rhesus, e já começou os testes em 144 participantes. Ainda é cedo, contudo, para prever quem vencerá essa 'corrida armamentista biológica'. Só se espera que seja o quanto antes! 
Já a mais nova ferramenta, do Laboratório Pasteur-TheraVectys, associado a um laboratório de vacinas, poderá dar um salto de qualidade no monitoramento seguro do isolamento, para liberar as pessoas já curadas da Covid-19. Trata-se de um teste sorológico, capaz de determinar com precisão a qualidade dos anticorpos dos que tiveram contato com o coronavírus.
Pierre Charneau, virologista e diretor do laboratório, só aguarda a autorização das autoridades francesas para começar a comercializar o novo teste. Sua maior vantagem é a capacidade de especificar o grau de imunização dos pacientes já recuperados. Para isso, é colocada uma proteína do vírus em contato com o sangue do indivíduo. É a presença de anticorpos que gera o resultado positivo.
E entre os mais novos destaques nessa guerra ao coronavírus estão a notável descoberta da pneumologista brasileira, Elnara Negri, de que o vírus provoca trombose no pulmão dos doentes e pode ser tratado com anticoagulante. Outra conclusão importante é a de que não se trata de uma doença respiratória, e sim, sistêmica, que causa prolongada hipóxia. Esta, por sua vez, provoca a falta de oxigênio no sangue, afetando vários órgãos do corpo. Ambas publicadas aqui, são novas e promissoras frentes de tratamento.
Como o Brasil desdenhou das regras sanitárias, até o fim de maio muita dor nos aguarda. Enquanto as boas novas não virarem realidade, o jeito ainda é continuar a praticar o isolamento.   
   

Comentários

  1. Vai ter muito efeito colateral tanto nas vacinas apressadas quanto nos antivírais. Mas é preciso deter a pandemia.

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  2. Grande repórter, estou lendo a melhor cobertura do covid aqui. Não estou brincando. Parabéns e continua me traduzindo a crise, amiga Celina.

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  3. Alguém acredita nessa vacina, que o Brasil lidera? A gente não lidera nada

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