Soluções mágicas

Nunca a humanidade clamou tanto por uma solução mágica, imediata, para essa pandemia que tanto nos desespera. Cloroquina, transfusão de plasma? São respostas ainda não consagradas cientificamente. Aliás, lamentável as ameaças de morte ao grupo CloroCovid-19, integrado por cientistas das mais relevantes instituições brasileiras, como a Fiocruz, autores do trabalho sobre os graves efeitos colaterais da cloroquina. Ignorância também mata!

A solução mais confiável e imediata ainda leva de 12 a 18 meses, resultada de uma associação entre o governo americano, o Instituto de Pesquisa em Saúde, a Kaiser Permanente e a empresa de biotecnologia Moderna Imunização. Ela se baseia em trechos de RNA, assim como o DNA, um componente das células. O RNA viral da vacina contém a receita para a produção da proteína “S”, gancho molecular usado pela SARS-COV-2 para se conectar com as células humanas. Esse pedaço de RNA dentro das células poderá produzir a proteína “S”, desencadeando uma reação de defesa no organismo, que passaria a fabricar anticorpos ao entrar em contato com o vírus real. A técnica parece segura, porém, ainda sem comprovação de eficácia, já que até hoje não existe nenhuma vacina de RNA liberada comercialmente. 

Outra hipótese promissora, ainda em desenvolvimento, é o antiviral remdesivir, do laboratório Gilead Sciences. Estudo recém publicado do Instituto Americano de Doenças Infecciosas atestou bons resultados nos testes em macacos. Dos primeiros antivirais usados no tratamento experimental de doentes da Covid-19, ele também foi eficiente em testes realizados em um hospital de Chicago. O remdesivir se modifica no organismo para se parecer com um dos quatro elementos do DNA, os nucleotídeos. Segundo o virologista Benjamin Neuman, da Universidade do Texas A&M, os vírus se replicam com rapidez e alguma negligência, e o medicamento se aproveita disso para provocar mutações no vírus que acabam por destruí-lo. 
Até agora, contudo, não há como deter o coronavírus e acalmar mercados e corações. Bolsomínions, portanto, controlem a truculência. De nada adiantam essas carreatas assassinas. A única solução disponível ainda é o isolamento horizontal!