Balaio miliciano


Adriano Nóbrega na Bahia, antes do assassinato

Em meio a esse carnaval miliciano de esconde esconde, prende e solta, com toques surrealistas do juiz que deu o inédito habeas corpus a uma fugitiva que acaba de cumprir sua promessa de voltar para casa para dar papinhas ao maridão, a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio encontraram uma nova conexão entre Adriano Nóbrega, chefão do Escritório do Crime assassinado em fevereiro por operação policial, com Ronnie Lessa, acusado e preso, em março de 2019, por participação no assassinato de Marielle. E, coincidência ou não, vizinho do presidente no condomínio Vivendas da Barra.

Ronnie Lessa, ao ser preso

Segundo o furo do UOL, Nóbrega usava a Garage Store, concessionária na Barra da Tijuca de compra e venda de carros de luxo, blindados, inclusive. E quem andou fazendo pesquisas na Internet sobre essa mesma concessionária foi Lessa, cujo homem de confiança, o empresário Márcio Mantovano, outro que está atrás das grades por desaparecer com as armas usadas no mesmo crime, também frequentava a Garage Store. A nova conexão desvendada pelo UOL, contudo, seria continuidade da antiga relação inciada nos tempos em que Nóbrega e Lessa se conheceram na PM do Rio, na passagem de ambos pelo Bope e na atuação ilegal como seguranças de bicheiros cariocas.

Esse emaranhado de obscuros relacionamentos, que inclui o presidente e seus filhos com Queiroz, sua mulher e Wassef, o Anjo, ex-advogado do clã Bolsonaro que escondia Queiroz antes da prisão, embora afirmasse que mal o conhecia, podem ser um rastilho de pólvora para a próxima explosão. Isso, no caso do casal em questão voltar à prisão após o recesso do TJ1 – cujos juízes já disseram não concordar com o polêmico  habeas corpus concedido por Noronha, o amigo do Rei que sonha com a vaga no SFT - e resolver dar com a língua nos dentes, no melhor estilo lavajatista, hoje em baixa no poder.

Sim, tudo não passa de conjecturas para os que não veem a hora do presidente ser afastado ou pendurar as chuteiras diante de tantos absurdos. Onde há fumaça, contudo, há fogo. Será que as evidências acumuladas, a começar pelo negacionismo presidencial que já matou mais de 70 mil brasileiros, passando pela inoperância, entrega da Amazônia aos bandidos, que já começa a doer, e muito, no bolso, vão devolver esse despreparado ao mesmo ostracismo de onde ele veio? A esperança é a última que morre!  

Queiroz e Márcia, nos bons tempos
 

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