Nasce nova frente de esquerda

Flávio Dino, o grande articulador
A boa notícia de hoje vem do Maranhão, estado que tem ocupado a rabeira do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no país, atrás apenas de Alagoas. Isso graças à longeva influência do clã Sarney, que começou a ser quebrado em 2010, quando Flávio Dino (PCdoB) venceu de Lobão Filho (PMDB), candidato da familia. E voltou a ganhar de Roseana Sarney, em 2018. É Dino quem lidera o mais consistente movimento criado até agora contra Bolsonaro, com fôlego para enfrentar o presidente em 2022, com a criação de um novo partido capaz de aglutinar a esquerda. Nesses tempos em que a palavra comunista virou sinônimo de ladrão, por conta das fake news difundidas pelos olavistas e bolsanaristas, o governador planeja a junção entre o PSB e o PcdoB (é bom, portanto, que comunista saia da sigla). Embora não admita que seria ele o cadidato do partido, por enquanto chamado de “MDB da esquerda”, Dino tem convsersado virtualmente com Marcelo Freixo (Psol), Rodrigo Maia (DEM), Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, e o apresentador Luciano Huck. São personagens que assinaram os recentes manifestos contra Bolsonaro, embora dificilmente tivessem afinidades para enfrentar um primeiro turno. Os maiores obstáculos para essa movimentação são Lula, que se negou a assinar o manifesto Basta!, assim como o PT e o PDT, que não abrem mão de entrar na disputa com candidato próprio, a saber, Ciro Gomes e Fernando Haddad. Este último, conforme Thiago Prado, do Globo, se divide em dois. O primeiro faz tudo o que seu chefe mandar, e o segundo simpatiza com a ideia de a esquerda se organizar em um amplo movimento. Este tem sido o assunto frequente nas conversas entre Haddad, com Dino e Freixo, embora ele ainda não pense em deixar o PT. Enquanto isso, os 70% continuam obrigados engolir absurdos como o elogio de Bolsonaro a sua ‘excelente’ equipe de ministros, “a começar com o da Saúde”, incapaz de evitar a morte de quase 80 mil brasileiros – mais que um Maracanâ lotado. Será que o capitão é cego? Isso sem falar na escalada do desmatamento que tende a dar prejuízos financeiros gigantes ao país, e ao fato de o acesso às armas por civis ter crescido 601% nos últimos 10 anos, de acordo conm levantamento do Globo. Em 2009 foram registradas 8.692 novas armas, número que passou a 60.973 em 2019. Ao cemitério coletivo que virou o Brasil, soma-se a tendência do país virar um deserto de faroeste

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