Democracia Já!


As ruas se uniram em torno das Diretas Já

Estamos quase na metade da claudicante, ineficaz e trágica gestão Bolsonaro, que despreza a vida humana, a natureza, a educação e a cultura, por hora calado em sua pregação pelo golpe de estado. Esse fatídico e mortal 2020 já passa da metade e a cada dia se aproximam as eleições presidenciais. Diante da falta de grandeza da oposição em formar uma frente ampla, capaz de deter a besta em 2022, fica aqui minha modesta sugestão por um movimento capaz de unir alhos e bugalhos até lá: Democracia Já!

Essa semana, o papo do jornalista Pedro Dória com o sociólogo Celso Rocha de Barros, no Meio, girou em torno da busca por uma alternativa capaz de vencer Bolsonaro nas próximas eleições presidenciais. Me chamou atenção quando Barros mencionou a dificuldade enfrentada pelo ex-governador do Mato Grosso, Dante de Oliveira, para criar a campanha Diretas Já, entre 1983 e 1984. Jovem repórter do Jornal do Brasil, como a grande maioria das pessoas que eu conhecia, aderi prontamente, sem pensar duas vezes.

Para quem olhava de fora, porém, parecia fácil e óbvio criar este tipo de movimento em hora tão dramática, quando os militares não queriam lagar o osso de jeito nenhum. Pois não foi nada fácil, conforme explicou o sociólogo. Aos que não aguentavam mais a ditadura, contudo, foi só embarcar na canoa das gigantescas manifestações que se sucederam, e a cada dia atraíam mais adeptos. Tacada de mestre.

E agora o que mais precisamos é de uma nova tacada de mestre. Sobretudo porque num segundo mandato, Bolsonaro não hesitaria em botar suas garras de fora. Do Maranhão, Flávio Dino se articula para formar essa frente, enquanto Ciro Gomes, consolidado como liderança de esquerda, se digladia com o PT, que não quer perder o protagonismo de maior partido do país, embora não se engaje na tão desejada frente progressista. Rodrigo Maia se consolida como articulador do Centro, sem fôlego, contudo, para abrir o pedido de impeachment.

O que falta para os partidos e lideranças do centro à esquerda se unirem e evitarem uma nova catástrofe em 2022? Quem terá a habilidade para fazer a tão necessária costura politica que agregue todos esses segmentos em uma única voz, independente de suas diferenças e egos? Vamos arregaçar as mangas antes que seja tarde?

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