Tem brazucas em teste inovador

Enquanto o Brasil vive um de seus piores momentos diplomáticos, como o maior vilão do combate à Covid-19, graças ao negacionismo de Bolsonaro – governo que também nos levou ao pódio da destruição ambiental no planeta –, dois brasileiros integram uma importante inovação científica mundial. São eles Rodrigo Curvello e Diana Alves, que fazem doutorado na Universidade Monash, na Austrália, onde pesquisadores criaram um exame de sangue capaz de detectar, em apenas 20 minutos, se a pessoa está infectada ou se já sofreu infecção pelo coronavírus. A maior diferença em relação a outros testes rápidos é a simplicidade e baixo custo da experiência, que pratica um método parecido ao de laboratórios que identificam o tipo sanguíneo das pessoas. Porém, com uma pequena mudança: ele usa uma nova molécula, copiada do próprio coronavírus, que só reage diante da presença dos anticorpos contra a doença. Outra diderença é que os demais testes dão o chamado falso negativo. “Nós testamos em baixa escala e todos os testes comprovaram a presença ou a ausência do vírus”, garante Diana. Conforme Rodrigo, a equipe concluiu a primeira etapa, chamada pela ciência de prova de conceito. A próxima são os testes em larga escala, para demonstrar que o teste pode ser usado e adotado em países que necessitam de uma testagem em massa, como é o caso do Brasil. A rapidez dos resultados poderá ser crucial à adoção de políticas públicas, trazendo mais eficiência ao rastreamento e ao isolamento das pessoas. O teste procura a aglutinação ou um agrupamento de glóbulos vermelhos causados pelo coronavírus em 25 microlitros do plasma das amostras de sangue. Enquanto o atual teste do cotonete é usado para identificar pessoas infectadas, este novo ensaio de aglutinação detecta a presença e a quantidade de uma substância no sangue, e pode determinar se alguém foi infectado recentemente, mesmo após a infecção estar curada. O artigo científico, publicado pelo grupo na Revista ACS Sensors, explica que um laboratório simples conseguiria examinar até 200 amostras de sangue por hora para detectar o coronavírus. Já os que dispõem de equipamentos mais modernos, fariam até 700 amostras por hora, ou quase 17.000 por dia. O artigo explica ainda que a rápida identificação poderá determinar a extensão da infecção viral nas comunidades, necessária no longo prazo. A equipe foi liderada pelo BioPRIA e pelo Departamento de Engenharia Química da Universidade Monash, incluindo pesquisadores do Centro de Excelência ARC em Ciência Convergente BioNano e Tecnologia (CBNS). Agora, os pesquisadores buscam registrar uma patente para a inovação, para atrair apoio comercial e do governo e assim aumentar a produção. Viva a ciência!

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