Efeito científico do capitão na Covid-19

 

                                           Covas rasas se espalharam pelo país

Não foram apenas o comportamento negacionista, de dizer que a Covid-19 é uma ‘gripezinha’, de estimular as pessoas a se aglomerarem, a dispensarem o uso de máscaras e a adotarem a cloroquina, sem eficácia. 

O ‘efeito Bolsonaro’ sobre a doença acaba de ser identificado por uma pesquisa realizada pela UFRJ, em parceria com o Instituto Francês de Pesquisa e Desenvolvimento (IRD).

O levantamento cruzou dados de todos os 5.570 municípios brasileiros com as informações sobre a expansão da doença e os resultados da votação do primeiro turno, que elegeram Bolsonaro. A conclusão é coerente com  o comportamento dos bolsomínions: existe de fato uma ligação entre aqueles que escolheram o presidente com a expansão da Covid-19.

A conta é assim: nos municípios onde houve 10 pontos percentuais a mais de votos para o Capitão Corona, ocorre um aumento de 11% no número de contaminados e de 12% a mais de óbitos. 

“O estudo mostrou que a Covid-19 provoca mais estragos nos municípios mais favoráveis ao presidente Bolsonaro”, sustenta a pesquisa reproduzida pelo UOL. 

Os pesquisadores chegaram a ponderar se este resultado seria uma consequência do ‘discurso ambíguo’ do presidente. “Este discurso induz seus partidários a dotarem comportamentos de risco com  mais frequência e a sofrer as consequências”, acrescenta o texto. 

Para os participantes do estudo, esse foi o efeito comum a esses municípios majoritariamente eleitores de Bolsonaro que mais se destacou.

 “Em princípio, não haveria razão para explicar o motivo pelo qual as cidades que votaram mais no presidente terem uma incidência de mortes superior a de outros municípios estudados.” Só se espera que eles não sejam punidos pela petulância de constatarem óbvio.

Essa nefasta influência do mandatário sobre o comportamento de seus eleitores também se repetiu em outra pesquisa, realizada em conjunto entre a Universidade Federal do ABC (UFABC), Fundação Getúlio Vargas e USP. 

Ela concluiu que em quase todas as situações em que o presidente minimizou a pandemia, o isolamento social caiu. Proporcionalmente, os casos de infectados e mortes subiram.

Ou seja, a ciência comprova em números o que todos já sabíamos na prática.   

  

Comentários

  1. A ciência não mente, mas, infelizmente isso não é suficiente para convencer bolsominios

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  2. Infelizmente, porém, de grão em grão a galinha enche o papo...

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