Carreatas: apenas o começo



Pela primeira vez, desde o início da pandemia, os brasileiros manifestaram sua indignação diante desse governo inoperante, mau caráter, que tantas mortes poderia ter evitado. 

Em 23 estados do país a população saiu às ruas em carreatas pelo seu mais básico direito: acesso às vacinas. Foram movimentos que ensaiam a tão necessária união, da direita à esquerda, e voltam a se apropriar de nossa bandeira verde e amarela, também pelo fora Bolsonaro! 

Foi preciso a morte de dezenas de manauaras por falta de oxigênio no pulmão do mundo, absurdo também deflagrado pelos mal feitos do governador Wilson Lima (PSC), para a sociedade sai para as ruas e manifestar sua revolta.

 

O primeiro termômetro veio das redes sociais, território até então dominado pelos bolsonaristas. O ódio as fake news que inundavam as páginas virtuais começaram a ser substituídas por críticas ao presidente. Conforme o colunista Chico Alves, apenas 5,8% dos comentários sobre a vacina defendiam Bolsonaro, enquanto 90% malhavam o presidente.

 

Não entendi por que o Globo, jornal que assino, cujos colunistas têm prestado valoroso serviço para trazer luz ao que Bolsonaro tem feito de pior, reservou apenas dois parágrafos às carreatas. 


O que aconteceu? Não importa. As notícias estão na Internet. Só no Rio ocuparam 4 km das ruas da cidade, do Centro à Zona Norte, sob a convocação das centrais sindicais e partidos políticos.       

   

Ontem já falei aqui sobre a sucessão de barbaridades cometidas pelo general da Saúde, mais perdido que cego em tiroteio, cuja principal função é desviar a atenção pública da óbvia responsabilidade de Bolsonaro sobre o descontrole da pandemia no país.

 

Até o procurador pau mandado pediu investigações sobre Pazuello, depois da pressão que sofreu dos procuradores. De qualquer forma botou na mira outro pau mandado, que nada mais tem feito do que obedecer ao chefe.


Enquanto isso, os podres poderes começam a se desentender. O Centrão já reclama para si a Casa Civil e a Secretaria de Governo, hoje ocupadas por militares. Os generais mantêm vista grossa aos desatinos do presidente, que permanece na sua estratégia de armar a população, prestigiar a turma da baixa patente, as PMs e os milicianos. 


E a cada dia cresce o risco de eleição na Câmara do candidato de Bolsonaro, Arthur Lira. Uma das melhores imagens que vi essa semana nas redes foi a de Rodrigo Maia sentado em cima dos 61 pedidos de impeachment de Bolsonaro.

O atual presidente ainda tem uma semana para agir. O que espera para abrir um processo antes da sua sucessão? Seria sua chance de entrar a história. Acorda! 

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