Cidade de Todos
Meu maior acesso nesse pouco mais de um ano de blog, graças ao grupo SOS Patrimônio, se deu com o post “Liberou
geral”. Ele levantava a lebre do absurdo projeto do ministério da Economia para
controlar o uso do solo dos municípios. Procurei o professor, arquiteto e
urbanista carioca Rodrigo Azevedo, titular do escritório AAA de Arquitetura, para
falar a respeito. Fui brindada com um interessante projeto de sua autoria: a Lei Cidade de Todos.
“Estamos
falando de autonomia para os cidadãos, poder de decisão às organizações da
sociedade civil, criatividade para empreendedores e incentivo à economia local.
Chegou a hora da sociedade atuar!”, propõe Azevedo, que responde por projetos
como o do Mercado Ver-o-Peso, em Belém; restauração da Igreja Nossa Senhora da
Glória do Outeiro e do Palácio Laranjeiras, no Rio, entre outros. Ele foi
também secretário de Projeto Urbano em Nova Iguaçu.
O projeto permitiria à sociedade civil construir sua cidade em todos os aspectos
relativos à sua própria qualidade de vida, em quesitos como cultura, educação,
saúde e urbanização. Tudo com recursos públicos já que, para isso, a prefeitura
reservaria parte do orçamento para financiar os projetos.
A organizações da sociedade civil elaborariam esses projetos, como a
criação de uma praça ou rua comercial de pedestres, por exemplo, por uma comissão específica analisada pela prefeitura à luz da Lei
Cidade de Todos.
No fim do
processo, a organização estaria apta a receber e/ou captar recursos públicos
(como IPTU ou ISS). Uma vez aprovado, o projeto seria submetido às instâncias técnicas
para aprovação. “Ao final da obra, realiza-se a prestação de contas e avaliação
do impacto socioeconômico. Com o dinheiro em conta específica, a organização
contrata os profissionais ou empresas e executa as obras. Governo e comunidade
local fiscalizam”, planejou.
Trata-se de
uma proposta ousada e democrática, com potencial de dar certo a partir da responsabilidade e fiscalização da comunidade. Seria uma
ferramenta para destravar o crescimento urbano com sustentabilidade e direcioná-lo conforme os reais interesses da sociedade civil. E não dos políticos da vez.
Alô Eduardo Paes e vereadores!
Projeto para ser discutido e tal ves am.pliado alv aro
ResponderExcluirFantástico
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