Corrupção em gotas

 


Bolsonaristas adoram encher o peito e alardear que nunca houve corrupção no atual governo. Ok, se comparado aos monstruosos desfalques da gestão petista eles poderiam até ter essa ilusão, porém, sem base na realidade. 

Começamos pelo escândalo das rachadinhas, o desvio de dinheiro público que envolve Jair, Flávio, Carlos – quando eles ainda eram deputados – e as ex-mulheres do presidente.

O crime fica mais abrangente com os laços nada republicanos do presidente e seus filhos com milicianos como Fabrício de Queiroz e Adriano Nóbrega, condecorado por Flávio quando estava atrás das grades. 

Já Queiroz, operador de longa data da famiglia, depositou no ano passado R$ 89 mil na conta da primeira-dama, logo apelidada de Micheque.

Em 2019, a Controladoria-Geral da União apontou irregularidades na licitação de R$ 3 bilhões que financiariam a compra de equipamentos de informática para escolas brasileiras, no Programa Educação Conectada do MEC. 

O então presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Carlos Alberto Decotelli, principal responsável pela licitação, foi premiado com o ministério da Educação, que perdeu antes de assumir. 

A roubalheira, que daria mais laptops a 355 escolas do que o número de alunos, foi interceptada antes de sua implantação.

Fora os gastos abusivos do governo com a cloroquina, em detrimento da vacina, outro escândalo, revelado pelo portal Metrópolis, revelou além do péssimo uso do dinheiro público, o mau gosto da família com seus hábitos alimentares.

No ano passado, o governo gastou R$ 15 milhões só em latas de leite condensado. Seria a matéria-prima para a confecção de brigadeiros nos quartéis? Tudo bem que gosto não se discute. Sabe-se, contudo, que Bolsonaro adora comer pão com esse veneno, condenado pelos nutricionistas graças a seu absurdo teor de açúcar. 

E mais a bagatela de R$ 2,2 milhões com chicletes, fora os R$ 31,5 milhões com refrigerantes. Fico só imaginando o tamanho da conta do dentista...

Como disse o colunista Merval Pereira, a mera comprovação de envolvimento de Bolsonaro com atos corruptos já seria mais que um motivo para um impeachment em qualquer país minimamente civilizado. 

Isso sem falar com a concordância ao sinal verde de Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, à destruição das florestas e à nefasta condução da pandemia.     

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